segunda-feira, 30 de junho de 2014

CRÍTICA DA SÉRIE 'UNDER THE DOME'

'Under the Dome' estreou nesta madrugada na TV Globo. Baseada em uma obra de Stephen King, a trama preza pelo mistério e aventura. Confira nossa crítica a respeito e decida: Vale a pena passar as madrugadas acordado assistindo?

Por Sandro Bahiense


O melhor mistério desde 'Lost'
'Under the Dome' tem estréia empolgante e promete surpreender

Uma e meia da madruga. Estava me preparando para dormir quando, zapiando, me deparei com a estréia de 'Under the Dome'. Lembrei-me vagamente da Globo anunciando o início da série, mas, admito, pela parca divulgação da Vênus Platinada para o programa havia até esquecido. Ainda bem que dei aquela última zapiada...

Fui dormir as duas e trinta satisfeito. Se valeu a pena passar a madrugada assistido? Ah sim, valeu, e muito! 'Under the Dome' é a melhor série de mistério desde 'Lost' e com algo que merece empolgar: Ao contrário dos criadores da trama da ilha secreta, 'Under...' é criação de Stephen King, mestre na criação e, principalmente no término de histórias. Logo o desfecho do mistério deve ser bem mais atrativo.

Veja também: http://outros300.blogspot.com.br/2014/06/10-filmes-baseados-em-livros-de-stephen.html

Aliás o mistério em si valeu pela série. Atuações, edição e direção ficaram devendo. Nada empolgou quanto, por exemplo, os filmes baseado nas obras de King, mas tudo bem, pois não prejudicou o programa.


O primeiro programa fez questão de elucidar algumas pequenas questões dando "migalhas" aos fãs o que nos fará, fatalmente, contar os segundos pelo episódio seguinte. O ritmo mesclado entre o mistério e a aventura faz o sono dissipar. Bom sinal.

Apesar disso sinto falta da época em que a Globo exibia suas séries em horários dignos, pois apenas uma pequena parte da população está de férias, sofre do insônia, ou os dois, como eu. Portanto uma da matina é, no mínimo, brincadeira de mau gosto. Mas se você é da noite, a opção é esta.

A série passa no canal a cabo TNT, mas já vai para a segunda temporada, então se você quer ver por lá o ideal é ver os primeiros episódios na net. Fica a dica. Seriássa!

sexta-feira, 27 de junho de 2014

"10 FILMES BASEADOS EM LIVROS DE STEPHEN KING"

Mestre do terror? Confere. Mestre do suspense? Confere. Mestre das adaptações para o cinema? Confere também. Stephen King é um fenômeno de vendas no mundo da literatura e, não bastando, filmes adaptados de suas história também são grande sucesso a ponto de ter sido difícil selecionar somente dez, mas tentamos... Confira, abaixo, dez filmes baseados em livros de Stephen King:


CEMITÉRIO MALDITO (Pet Sematary - 1989) - Quando os membros da família Creed mudam-se para uma casa no interior do Maine (EUA), são alertados que o local está ao lado de um terreno maldito. De acordo com o vizinho, além do cemitério de animais, construído por crianças que perderam seus bichos atropelados na rodovia, existe um cemitério indígena. O roteiro é baseado no romance ‘O Cemitério’ de Stephen King.


NA HORA DA ZONA MORTA (The Dead Zone - 1983) - Johnny Smith, um professor de literatura, sofre um acidente de carro e fica seis anos em coma. Quando recupera sua consciência, ele descobre que ganhou poderes de clarividência. O filme é baseado no livro homônimo de Stephen King. A história também foi adaptada em uma série de TV.


CHRISTINE - O CARRO ASSASSINO (Christine - 1983) - O próprio diabo esconde-se no chassi do Playmouth Fury de 1958. O veículo seduz Arnie, um rapaz de 17 anos, e exige uma devoção absoluta e incondicional. Quando alguém tenta intervir no ‘relacionamento’, Cristine causa destruição por meio de vingança. O roteiro é baseado no livro homônimo de Stephen King.


A COLHEITA MALDITA (Children of the Corn - 1984) - Isaac Chroner, um menino pregador, vai para Gatlin, no Nebraska (EUA), e faz com que as crianças assassinem todos os adultos da cidade. Um dia, um casal vai até a localidade para registrar um crime. No entanto, eles são aprisionados e descobrem que têm poucas chances de escaparem vivos, pois as crianças praticam um culto que utiliza sangue humano para adubar a terra. O roteiro é baseado no conto homônimo de Stephen King.


LOUCA OBSESSÃO (Misery - 1990) - Um famoso escritor é resgatado de um acidente de carro por uma fã obcecada por seu trabalho. Quando ela descobre que seu personagem favorito será ‘assassinado’ pelo autor, ela começa a torturá-lo. O roteiro é baseado no livro ‘Misery’ de Stephen King.


CARRIE, A ESTRANHA (Carrie - 1976) - Carrie White é uma adolescente que vive isolada com sua mãe, uma fanática religiosa. Na escola, ela sofre bullying constantemente. Um dia, uma de suas colegas, Sue Snell, fica com pena da garota e pede para que seu namorado a convide para um baile. No entanto, Carrie tem poderes paranormais e está disposta a destruir seus inimigos em uma vingança.


À ESPERA DE UM MILAGRE (The Green Mile - 1999) - A história se passa no Corredor da Morte de uma prisão do sul dos EUA, em 1935. O filme mostra o relacionamento comovente entre o guarda da penitenciária e um preso que possui um dom misterioso e miraculoso. O roteiro é baseado no best-seller ‘The Green Mile’ de Stephen King.


O ILUMINADO (The Shining - 1980) Durante o inverno, uma família fica isolada em um hotel. No local, o pai é influenciado por uma presença maligna que o deixa violento, enquanto o filho tem visões horríveis sobre o passado e o futuro. O roteiro é adaptado do livro ‘The Shining’ de Stephen King. Apesar de ser ter se tornado um dos filmes mais famosos do mundo, o autor não aprovou a direção de Stanley Kubrick e fez a sua própria adaptação, uma minissérie de TV, em 1997.


CONTA COMIGO (Stand by me - 1986) - O escritor Gordie Lachance relembra um fato da sua infância. Quando tinha 12 anos e vivia em Oregon (EUA), ele e mais três amigos saíram em uma aventura na mata em busca de um corpo desaparecido. O roteiro é baseado no conto ‘O Corpo’ do livro ‘Quatro Estações’ de Stephen King.


UM SONHO DE LIBERDADE (The Shawshank Redemption - 1994) - A história é sobre Andrew Dufresne, um banqueiro que passa fica preso na penitenciária de Shawshank durante quase 20 anos. Ele é condenado por assassinar sua própria esposa - apesar de sempre atestar ser inocente. Na prisão ele se torna amigo de ‘Red’ e consegue conquistar a proteção dos guardas, que estão envolvidos em um sistema de lavagem de dinheiro. O roteiro é baseado no conto ‘Rita Hayworth e a Redenção de Shawshank’ do livro ‘Quatro Estações’ de Stephen King.

terça-feira, 24 de junho de 2014

40 ANOS DO ÁLBUM "BAND ON THE RUN", DE PAUL MCCARTNEY AND WINGS.


Em 1973, o ex-beatle Paul McCartney havia lançado quatro discos experimentais e sem aprovação da crítica, ele possuía alguns hits isolados, como “My Love”, “Live and let die”, “Maybe i’m amazed” e “Another Day”. Entretanto, ainda não havia produzido um álbum de fôlego, no nível de seu tempo com os Beatles. Essa situação mudou quando, em dezembro, Paul lançou o álbum “Band on the run”, que foi seu primeiro disco de ouro após o fim dos Beatles. O magnífico álbum é vencedor de dois Grammys, está na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame e conquistou a 75ª posição na lista dos "100 melhores álbuns britânicos de todos os tempos", da revista Q Magazine (2001).

Após gravarem “Red Rose Speedway” (1973), Paul, Linda McCartney e Denny Laine procuravam um estúdio da EMI que não se localizasse na Inglaterra. Os Wings, então, escolhem um estúdio em Lagos, na Nigéria. Entretanto, nem tudo correu bem nessa escolha. Um dia antes da viagem, o guitarrista principal Henry McCullough e o baterista Denny Seiwell deixaram a banda. “Quanto mais crises, mais material”, revelou McCartney em 1984. Porém, os entraves possibilitaram que McCartney criasse um álbum antológico.

O disco se inicia com a canção progressiva “Band on the run” (“Se algum dia sairmos daqui, tudo que preciso é de um chopp por dia”). A faixa tem muitas variações e lembra muito o elaborado lado b de “Abbey Road”, dos Beatles. A eufórica “Jet”, por sua vez, tem um riff poderoso e ótimos backing vocals. A balada “Bluebird” tem luz própria e um ótimo solo de saxofone. Já alegre “Mrs. Vanderbilt” tem refrão fácil e também é uma ótima canção. O rock “Let me roll it” é supostamente uma resposta de Paul a “How do you sleep?”, de John Lennon. Aqui, McCartney conduz a guitarra no melhor estilo Lennon (“Cold Turkey”). O sol também brilha nas baladas “Mamunia” e “No words”, essa última em parceria com Laine. “Picasso’s last words” versa acerca da morte do pintor Pablo Picasso. “Nineteen hundred and eighty-five”, por seu turno, encerra o disco no melhor estilo “Sgt. Pepper’s”, com direito a citação da faixa-título. Assim, o álbum é brilhante do começo ao fim. Até o crítico e parceiro John Lennon aprovou. Por tudo isso, “Band on the run” foi um sucesso de crítica, de público e de vendas, e se revelou como o momento mais inspirado da carreira do ex-beatle.




Ricardo Salvalaio é Professor de Língua Portuguesa, Escritor e membro da Academia de Letras Humberto de Campos.


segunda-feira, 23 de junho de 2014

CRÔNICA. DEVOLVAM A MINHA LEGIÃO URBANA!!!!

Brigas pela TV e internet, batalha judicial, disse me disse e, principalmente, muito desrespeito à memória de um gênio. O que virou a Legião Urbana? Confira uma crônica a respeito da disputa pelo espólio da maior banda de rock do país.

Por Sandro Bahiense


Até tu, meu filho?
Memória de Renato Russo é jogada no lixo por seu próprio filho

Desde a morte do gênio Renato Russo que a Legião Urbana não lança coisas novas. Isso porque o espólio (os trabalhos não divulgados) da banda estavam reservados ao próprio Renato que, falecido, seria representado por seu filho adotivo Giuliano. Como era menor, esperou-se que o rapaz completasse 21 anos para liberar os trabalhos.

Giuliano enveredou-se pela área artística musical antes mesmo de completar a idade necessária, transformando-se em produtor musical. O que deveria ser um ingrediente a mais pró Legião se virou contra a história da banda.

Isso porque o rapaz se valeu do fato de ser dono da marca da banda para impor suas vontades: Financeiro, comercial e, principalmente, artisticamente. Ou seja, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá seriam relegados a coadjuvantes dos coadjuvantes nos trabalhos inéditos do grupo.


É óbvio que a dupla não quis, uma vez que o ideal era que, no mínimo, a decisão sobre o trabalho da banda fosse dividida por três (só o fato de Giuliano agir como se fosse o próprio Renato já me causa arrepios). Mas o cenário é ainda pior. Não só o fedelho quer agir como se Renato Russo fosse, mas sim como se fosse a própria Legião Urbana como um todo.

Como não conseguiu, Giuliano tenta massacrar os outros dois integrantes da Legião induzindo que os dois tiveram pouca relevância no grupo. O ápice de tal intuito foi a tomada (sim, tomada!) do site oficial da banda, onde Dado e Bonfá dividem espaço com Ico Ouro Preto, André Pretorius e Renato Rocha em descrições sucintas e wikipedianas.

O que dói em cada fã da Legião Urbana é que definitivamente esse nunca foi o desejo de Renato Russo. O poeta sempre considerou, e muito, ao seus dois parceiros de grupo, e sempre dividiu com a dupla as decisões artísticas, financeiras e comerciais da banda. O que Giuliano está fazendo é uma grande afronta à memória de seu pai, jogando na lama uma parceria tão bonita por causa de mesquinharia e arrogância.


Carta ao Deus do rock

O que eu peço ao Deus do rock é que Ele ilumine a maldita cabeça desse fedelho fdp e que ele volte atrás em tudo o que tem feito. Que ele estude a história de seu pai, que ele perceba que seu pai era um gênio nos palcos e um gentleman na vida. Que ele entenda que o Júnior nunca foi um ser ambicioso, que dinheiro nunca foi seu objetivo e que a arte sempre foi e será o mais importante.

Espero que esse pirralho não exponha a imagem de seu pai em eventos ou filmes toscos, parciais e que só o colocam em ridículo. Que ele não se aproveite do fato de que seu pai tem fãs órfãos, carentes, que compram qualquer coisa relacionada a ele. Que ele não seja tão vil e frio.


E que Você, Deus, dê força a Dado e Bonfá. Que eles lutem muito pela memória da Legião, que eles lutem por seus fãs e que, por mais triste que pareça, que eles lutem pela memória de Renato, destroçada por seu próprio filho.

Mas não quero entender o Giuliano como um demônio e sim como um anjo caído da terra da coerência. Então rezo por seu restabelecimento e por uma mudança. Queremos união e não guerra. Não há inimigos. Há equívocos.  

"E só porque eu tenho não pense que é de mim que você vai ter e conseguir o que não tem" Giuliano, já dizia o sábio que um dia pressentiu o futuro, eu rezo pelas voltas da terra e pelo seu envelhecimento físico e moral e que a inteligência o toque e a sensibilidade o toma. Eu acredito e por isso eu oro.

O Deus do rock não há de me faltar. Eu não quero nem pensar em nunca mais ouvir algo novo da minha Legião. Eu não quero nem pensar. Eu tenho fé. Eu espero por você, Deus. Cuide do Júnior, cuide do Russo, cuide dos caras, cuide da porra do Giuliano e cuide de nós fãs. Eu tenho fé. 

CRÍTICA DO PROGRAMA 'SUPERSTAR'

Daqui a duas semanas o programa 'Superstar' da TV Globo chegará a seu fim. Investimento da mais poderosa emissora do país para alavancar a audiência dos domingos a noite, o programa não emplacou no Ibope. Mas será que, fora isso, a atração teve alguma valia para a música brasileira? Confira nossas opiniões lendo a matéria completa.

Por Sandro Bahiense


O mais completo programa de novos talentos
'Superstar' julga voz, instrumento e composição numa tacada só

O hábito quase contumaz de quem crítica alguma atração da "Vênus Platinada" é falar mal dela, quase como se fosse proibido tecer um elogio à TV Globo. Porém vou me permitir remar contra a maré. 'Superstar' é um bom programa, aliás, digo mais, é um ótimo programa!

Alguém poderá me questionar do porquê da crítica somente agora e não no período de estréia do programa. Bom, o Outros 300 não é um blog de critica televisiva e sim de critica artística. Logo, o objetivo aqui é analisar a atração pelo viés de que teremos de seu legado e prática e não de seu conteúdo.

Porque é bom?

Por que 'Superstar' é o primeiro programa em anos que realmente analisa uma banda como ela deve ser. Para ser aprovado no show é necessário que o grupo toque bem, que seu vocalista seja afinado e que suas composições sejam boas. Ou seja, praticamente um pacote completo.

Quando iniciado, a atração pouco empolgou, pois a escolha das bandas foi falha. Gente com qualidade duvidosa foi apresentada ao público que, sem paciência, debandou para programas concorrentes e não voltou mais, mesmo com o afunilamento da atração e a consequente melhora de qualidade dos grupos.

Com o afunilamento da atração, ficaram as melhores bandas como o 'Move Over', por exemplo

Muita gente, claro, reclamou da "pasteurização global" a qual as bandas e seu processo de julgamento passam/passaram, afirmando que outros métodos de descobrimento de novos talentos seria mais eficaz. Concordo. Mas temos de admitir que a Globo não pode se arriscar a fazer algo muito conceitual, uma vez que tem muito a perder. Logo, ser pop - e popular - é obrigação. Dentro desta pasteurização até que temos um produto bem palpável e agradável.

Falhas

Mas nem tudo são flores. O ponto mais falho do programa são seus jurados. É claro que julgadores técnicos seria o mais adequado, mas não seria legal para uma atração de TV. Portanto deveria-se escolher três nomes famosos e é aí que a coisa não fluiu.

O talento de Fábio Jr. Ivete Sangalo e Dinho Ouro Preto é inquestionável, mas como julgadores são péssimos! Nenhum dos três julga profundamente nenhuma atração. Ivete aperta "sim" para todo mundo desde a terceira semana em diante. Fábio Jr. se mostra muito estudioso, conhece as músicas e músicos, mas julgar, dar conselhos relevantes que é bom, nada. Dinho se mostra mais rigoroso, mas quando não gosta de alguma atração não consegue ser claro do por quê.

'Jamz' empolgou Dinho na parte instrumental 

Sangalo até aponta uma ou outra falha vocal, Dinho se incomoda ou entusiasma na parte instrumental, e Fábio Jr... Bem, o Fábio Jr. é o Fábio Jr. Mas essas dicas são bem esporádicas, pois na maioria do tempo os três se mostram empolgados demais, quase como se estivessem na platéia, ou pior, na torcida de cada banda.

Bandas

Como dito antes, o início foi sofrível. O afunilamento realmente trouxe as melhores atrações. Para fazer uma média, a Globo abriu espaço para todos os ritmos musicais nas primeiras semanas (apenas o axé e o sertanejo não tiveram espaço, em grande parte porque, ao contrário do original Rising Star, não se permitiu apresentações solo ou em dupla para não "misturar" em característica ao The Voice Brasil).  Porém apenas o rock e o forró resistiram às semanas de julgamento.

Seis bandas disputam quatro vagas e parece que o processo de escolha será relativamente fácil, pois elas se dividem de forma muito evidente. Por exemplo, as bandas de forró "Bicho de Pé" e "Luan e o Forró Estilizado". Enquanto a primeira esbanja talento em seu vocal, instrumental e, principalmente em suas composições, o segundo se vale de covers de forrozeiros famosos e do uso de sintetizadores nas músicas agindo como se isso fosse a invenção da roda. 

Luan, o rei dos covers. Somente isso.

"Bicho de Pé", aliás, se mostra como a banda mais estruturada da atração. O grupo tem mostrado ser capaz de compor para um ritmo dançante sem ter que apelar para onomatopeias, temáticas sexuais, ou letras pobres e chulas. "Luan...", por sua vez, na única oportunidade em que trouxe algo autoral, apresentou uma música cujo refrão era "fez besteira em me deixar solteiro na sexta-feira". Qualquer semelhança com os arrochas que inundam as rádios populares do país não é mera coincidência. 

Aliás, ter música autoral, ou não, divide as outras quatro bandas. Não se julga a qualidade vocal da "Move Over" e instrumental da "Jamz", mas elas se saem melhor como covers. Nas poucas vezes em que apresentaram trabalhos autorais as duas não empolgaram e bateram na trave de serem eliminadas.

Dentro dessa perspectiva, "Suricato" e "Malta" levam vantagem, pois sempre trazem músicas próprias. "Suricato", aliás, é a banda que contem as melhores composições ("Talvez" é ótima!) e a "Malta", por sua vez, sempre vem com letras sensíveis e inteligentes ("Diz pra mim" e "Lendas" são excelentes!). 

'Bicho de Pé' é a banda mais estruturada da atração

Inclusive o mérito da "Malta" é mostrar que é possível falar de amor sem ser brega ou piegas. Isso, aliado à voz potente de Bruno Boncini, dá a banda a pecha de favorito o que, por fim, não vale muita coisa. Porém se o programa terminar em suas mãos será justo, apesar de, mais uma vez, eu achar a "Bicho de Pé" mais merecedora. 

Legado

Sim, haverá um legado do programa! Ou alguém duvida que "Malta" e "Suricato" conquistarão seu espaço no cenário do rock nacional? "Luan..." e "Bicho de Pé" já fazem um caminhão de shows por mês e as covers "Move Over" e "Jamz" vão animar muitas formaturas por aí.

Qualquer programa que traga novas vozes, bandas ou artistas é válido. Que existam mil The voices, Superstars, Raul Gils e afins. O Brasil é muito grande, talentoso e com vaga pra todo mundo. Viva o novo. Viva a música brasileira!

 
'Malta' é a favorita. Qualidade de composição e voz é o diferencial da banda

Atualizando em 07/07

Na grande final não tivemos grande surpresa. 'Luan' caprichou no cover de Luis Gonzaga, mas, como azarão que era, teve de se conformar com o terceiro lugar. A decepção ficou por conta do 'Suricato' que deixou suas composições de lado e se lançou numa fraca adaptação de 'Born to be Wild'. Como "punição" pela covardia perdeu a esperada vaga na final.

Com isso, a 'Jamz' aproveitou a chance. Tocando "Wake Me Up", de Avicii a banda do filho do Roupa Nova Paulinho chegou a 61% indo à final. Já 'Malta', por sua vez, veio com a autoral 'Entre nós Dois' e apesar de não empolgar tanto também chegou a finalíssima com 70%.

As torcidas pré estabelecidas das bandas atrapalharam na reta final do programa. Antes mesmo das músicas começarem, as bandas já tinham 10/15% de votos, ou seja, pouco importava a apresentação do dia o que não é interessante em um game avaliativo.

Apesar disso a grande final fez jus ao programa. Os dois finalistas arrebentaram. Em todos os quesitos! A composição da música 'Completa' da 'Jamz' foi a melhor da banda no programa inteiro, mas os fãs, acostumados aos contumazes covers, pareceram se abater. Com os 47% da concorrente, a 'Malta' só iria subir ao palco para "cumprir tabela".

Cumprir tabela? Que nada! 'Supernova' entrou para o rol de super músicas da 'Malta'. Rock pesado, de conteúdo e um vocal explosivo e inquestionável. A banda atropelou a 'Jamz' e chegou aos 74% sem esforço. Merecido por fim. No mais, a grande vitória foi da música brasileira e, principalmente do rock nacional. Salve 'Malta'! Campeã com todo merecimento!

FUJA DA COPA! VÁ ASSISTIR 'O HOMEM DUPLICADO'!

Copa, copa, copa... Futebol, futebol, futebol... Neymar, Hulk, Fred, Felipão... Cansou da Copa do Mundo? Então o Outros 300 te dá uma grande dica. Que tal um cineminha, com um grande filme, de uma grande estória de José Saramago? Confira abaixo e saiba quem é 'O Homem Duplicado'.

O Homem Duplicado

Adaptação à altura
Filmagem de 'O Homem Duplicado' faz jus ao clássico de José Saramago

Eu tinha, sei lá, uns 19, 20 anos quando li pela primeira vez 'O Homem Duplicado', grande livro do também grandioso escritor português José Saramago. Na época o livro meu deu uma viagem que vinte cervejas, ou cinco copões de Campari não dariam.

Dali em diante sempre imagem este estória no cinema, mas nunca poderia imaginar que o mítico Tertuliano seria vivido, tantos anos depois, por um ator tão emblemático quanto Jake Gyllenhaal e que seria dirigido pelo ótimo Denis Villeneuve, cineasta canadense que, por exemplo, assinou o roteiro e direção do premiado “Incêndios”. Pois bem, isso aconteceu e se transformou em um ótimo filme!

Estreia dia 19 de junho de 2014 - De Denis Villeneuve - Com Jake Gyllenhaal, Mélanie Laurent e Sarah Gadon - 1 (© Divulgação)

A trama

Um pacato professor de história (Jake Gyllenhaal) descobre acidentalmente a existência de um sósia seu, um ator, quando assiste a um filme banal. Ele, então, resolve ir atrás de seu duplo, envolvendo sua namorada e a esposa dele, em uma trama de suspense que muda a vida a vida de todos os personagens. Adaptação do livro homônimo de José Saramago, dirigido por Denis Villeneuve.

Críticas elogiosas

Sites especializados em críticas cinematográficas são só elogios a 'O Homem Duplicado'. Raíssa Rossi, do blog Almanaque Digital diz: Denis Villeneuve nos presenteia com uma obra surrealista repleta de mistérios, com interessantes discussões metafísicas, onde tudo está interligado no roteiro do espanhol Javier Gullón. O caos é uma ordem por decifrar.

Estreia dia 19 de junho de 2014 - De Denis Villeneuve - Com Jake Gyllenhaal, Mélanie Laurent e Sarah Gadon - 1 (© Divulgação)

Já Heitor Romero do Cineplays aponta: É um filme de enlouquecedora dinâmica cíclica, propositalmente montado e narrado de forma a fechar uma roda tão estreita e tortuosa, que o próprio espectador tem que lutar para não perder o fio da meada e deixar escapar a distinção entre cenários e personagens, onde começa uma coisa e onde termina outra.

Em todos os sites o filme sempre teve acima das quatro estrelas (cinco é considerado excelente), ou seja, a trama de Villeneuve promete ser uma grande opção.

Bem, o filme não é um blockbuster, logo não está em cartaz nos cinemas pops dos shoppings. 'O Homem Duplicado' está em cartaz somente no Cine Jardins todos os dias (à exceção de segunda) sempre as 21:15h.

Estreia dia 19 de junho de 2014 - De Denis Villeneuve - Com Jake Gyllenhaal, Mélanie Laurent e Sarah Gadon - 1 (© Divulgação)

Quer fugir da copa? Vá a Jardim da Penha. Veja 'O Homem Duplicado'. Não há opção melhor!

Veja o trailer:

TOP 10 'DEZ FILMES BASEADOS EM ESTRELAS DA MÚSICA'

Entre os muitos gêneros de filmes, temos o biográfico. Com ele, é possível conhecer de perto a vida e a história de grandes nomes e personalidades mundiais.


Nesta quinta-feira, 26 de junho, o diretor Clint Eastwood faz a sua primeira incursão no gênero em Jersey Boys: Em Busca da Música. O longa conta a trajetória do grupo Four Seasons, sucesso da década de 1960. Confira dez filmes baseados em estrelas da música.

Jersey Boys (Foto: divulgação)


















Pensando nisso, unimos a 1ª e a 7ª artes, e montamos uma lista com os melhores filmes biográficos sobre músicos. Confira:


 Tina (1993)



A história de Anna Mae Bullock (Angela Bassett)! Para quem ainda não sabe quem é, este é o verdadeiro nome de Tina Turner.

 Tina (1993) (Foto: divulgação)















Ray (2004)


Mesmo sem enchergar Ray Charles (Jamie Foxx) conquistou o mundo com seu dom para tocar piano.

Ray (2004) (Foto: divulgação)















Selena (1997)


Jennifer Lopez vive a cantora latina mais popular de todos os tempos, do seu começo humilde à sua ascensão meteórica ao sucesso.

Selena (1997) (Foto: divulgação)















A Fera do Rock (1989) 


A história do cantor, compositor e pianista norte-americano Jerry Lee Lewis (Dennis Quaid), considerado um dos pioneiros do rock and roll.

A Fera do Rock (1989)  (Foto: divulgação)















Cazuza, O Tempo Não Pára (2004) 


A vida louca que marcou a trajetória de Cazuza (Emilio Dantas), os bastidores de sua vida pessoal e profissional desde o início de sua carreira, em 1981, até a morte em 1990, aos 32 anos.

Cazuza, O Tempo Não Pára (2004)  (Foto: divulgação)















Piaf - Um Hino ao Amor (2007) 


Uma das cantoras francesas mais icônicas da história. O papel de Edith Piaf garantiu o Oscar de Melhor Atriz à Marin Cotillard.

Piaf - Um Hino ao Amor (2007)  (Foto: divulgação)















Não Estou Lá (2007) 


As diversas facetas musicais, físicas e psicológicas de Bob Dylan, cada uma representada por um ator, Christian Bale, Cate Blanchett, Marcus Carl Franklin, Richard Gere, Heath Ledger e Ben Whishaw.

Não Estou Lá (2007)  (Foto: divulgação)















The Doors (1991)


A trajetória de uma das bandas de rock mais famosas e influentes da história. Val Kilmer está irreconhecível como o ‘rei lagarto’, Jim Morrison.

The Door (1991) (Foto: divulgação)















Villa-Lobos - Uma Vida de Paixão (2000) 


A cinebiografia de Heitor Villa-Lobos (Marcos Palmeira), o mais importante compositor das Américas.

Villa-Lobos - Uma Vida de Paixão (2000)  (Foto: divulgação)















O Garoto de Liverpool (2009)


A curiosa história de como John Lennon (Aaron Taylor-Johnson) conheceu o rock e decidiu formar uma banda.

O Garoto de Liverpool (2009) (Foto: divulgação)












Bônus

Somos Tão Jovens (2013)

Brasília, 1973. Renato (Thiago Mendonça) acabou de se mudar com a família para a cidade, vindo do Rio de Janeiro. Na época ele sofria de uma doença óssea rara, a epifisiólise, que o deixou numa cadeira de rodas após passar por uma cirurgia. Obrigado a permanecer em casa, aos poucos ele passou a se interessar por música. Fã do punk rock, Renato começa a se envolver com o cenário musical de Brasília após melhorar dos problemas de saúde. É quando ajuda a fundar a banda Aborto Elétrico e, posteriormente, a Legião Urbana.

Retirado de Universal