quinta-feira, 3 de maio de 2012

"PARAÍSOS ARTIFICIAIS" - UM FILME NACIONAL QUE SAÍ DO MAIS DO MESMO

Filme, Paraísos Artificiais
Mundo das raves. Temática principal do bom filme Paraísos artificiais.

Favelas, tiros, Nordeste ou comédias rasgadas. Basicamente este tem sido o lugar comum dos filmes nacionais, porém, não é o que acontece no bom "Paraísos Artificiais". O tem abordado é bastante incomum para o nosso cinema: O mundo das raves, do sexo e do consumo de drogas que envolvem estas festas. Toda a trama gira em torno de Érika (Nathalia Dill), uma DJ internacional, e Nando (Luca Bianchi), jovem de classe média que se envolve no tráfico internacional de entorpecentes.

Em uma rave na praia de Paiva, em Pernambuco, os jovens protagonistas buscam experiências sensoriais e desejam apenas se divertir com liberdade, testando os próprios limites, o que inclui o uso de diferentes drogas. As vidas de Érika, acompanhada de sua melhor amiga Lara (Lívia Bueno), e de Nando se cruzam, e o encontro mudará seus rumos. Em um ambiente de extrema liberdade, o que entra em foco é o peso das escolhas tomadas por cada personagem.

O primeiro filme de ficção dirigido por Marcos Prado, "Paraísos Artificiais" tem, segundo críticos, mais erros do que acertos. A temática pouco comum é ponto a favor, uma vez que a abordagem não trata os personagens nem como mocinhos nem como bandidos. Investir em caras novas (Lívia Bueno e Luca Bianchi) também deu certo. Nathalia Dill como protagonista também foi um prêmio aos bons trabalhos desta atriz na TV.

Filme, Paraísos Artificiais
Nathalia Dill. Escolha pela atriz foi uma bola dentro.

As cenas de sexo foram uma bola fora. O número excessivo de cenas sensuais (apesar das drogas sintéticas provocarem tais reações em seus usuários) parece totalmente desnecessário. Algumas abordagens da estória são bobinhas, quase banais, o que mostra a inexperiência de um diretor de longas de primeira viagem. Além de, à exceção do trio de protagonista o resto do elenco peca por maior qualidade.

Contudo, é um filme que vale a pena ser visto, pois tem uma grande virtude: A de ser novidade e, cá para nós, são de novidades que o cinema nacional tem tanto precisado. Eu irei ver. E você?

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