Tinha ele 14 anos quando seu pai
o chamou. Perguntou-lhe se queria estudar filosofia, medicina ou
engenharia, já que ‘filho bom, era filho doutor’.
Mas a sua inspiração de ter um violão para se tornar sambista não o deixou em paz, até que o menino decidiu queimar a língua do velho.
Cinquenta e seis anos depois, ao completar 70, Paulinho da Viola – já sem o pai, craque no violão e ruim de previsão que só – é um rio de sensibilidades.
Mas o compositor não deve comemorar longamente a data para não ser apunhalado por um passado do qual prefere manter distância.
Seu último álbum de carreira é de 2003, tem quase 10 anos, e um novo nem começou a ser desenhado. Quatro músicas inéditas estão prontas para um disco que deve sair “lá pelo segundo semestre do ano que vem”.
RELANÇAMENTOS
Mas a sua inspiração de ter um violão para se tornar sambista não o deixou em paz, até que o menino decidiu queimar a língua do velho.
Cinquenta e seis anos depois, ao completar 70, Paulinho da Viola – já sem o pai, craque no violão e ruim de previsão que só – é um rio de sensibilidades.
Mas o compositor não deve comemorar longamente a data para não ser apunhalado por um passado do qual prefere manter distância.
Seu último álbum de carreira é de 2003, tem quase 10 anos, e um novo nem começou a ser desenhado. Quatro músicas inéditas estão prontas para um disco que deve sair “lá pelo segundo semestre do ano que vem”.
RELANÇAMENTOS
Também para 2013, a gravadora
EMI prepara o lançamento de uma caixa especial com os seus discos.
O box, que vai reunir 11 CDs do
artista, tem curadoria do jornalista e produtor Vagner Fernandes, também
organizador do Timoneiros da Viola, bloco carnavalesco criado em homenagem a
Paulinho e a outros ícones do samba.
"A caixa terá um volume com
registros que saíram em discos separados, coletâneas ou em homenagens a outros
artistas", diz Fernandes.
MEU TEMPO É HOJE
O auge da produção de Paulinho
da Viola se deu na década de 1970, quando ele chegou a lançar pelo menos um
disco por ano.
Daquela época, há álbuns
clássicos como "Foi um Rio que Passou em Minha Vida", "A Dança
da Solidão", "Nervos de Aço", "Paulinho da Viola",
"Memórias Cantando" e "Memórias Chorando".
Nos anos 1980, fez shows no
Brasil e no exterior e lançou discos, mesmo sem tocar muito nas rádios.
"Na década de 1980, no Rio,
você ligava nas rádios e quase não ouvia MPB. Em 1984, falei para o André
Midani [da Warner] que eu não devia gravar. Ele concordou. Tinha jornal que
ditava os modismos."
Hoje, ele compreende o cenário
"muito diferente", com as pessoas gravando em casa e "jogando na
internet". Nem por isso, acha que a música não tenha qualidade.
"Eu recebo muitos discos.
Tem muita gente boa. Outro dia ouvi um cavaquinista bom para caramba, Julião
Boêmio, de Curitiba. E a Elenira Ribeiro, de Santos, com sambas
lindíssimos", elogia. "A Lapa [no Rio] hoje tem de tudo. É isso
mesmo. Sempre pinta gente nova trazendo experimentações, não tenho o que
lamentar."
Abaixo, confira, na íntegra, o “Acústico
Mtv – Paulinho da Viola” (2007):
Fonte: O Globo, Correio Brasiliense e Arcervo pessoal.
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