Nesta terça-feira (5) comemora-se o Dia do Cinema Brasileiro. As produções nacionais já foram motivo de preconceito e repúdio do público, não tendo a mínima chance de competir contra a indústria de Hollywood. De uns anos para cá, o Brasil descobriu que vale apostar no cinema e o público merece um produto de qualidade. Veja na galeria as produções que dão orgulho à sétima arte nacional e quais nunca deveriam ter saído do papel.
Tosqueiras
Se Puder... Dirija (2013) entrou para a história como o primeiro filme brasileiro de não animação a ser gravado em 3D. Mas a produção conseguiu outra marca: foi uma unanimidade de críticas negativas entre o público. O longa foi tachado de sem graça, mal resolvido e constrangedor
Houve um tempo em que cinema nacional era sinônimo de nudez e sexo. A má fama afastou muita gente das produções brasileiras. Eis que em 2008 chega às telonas o longa Entre Lençóis. Uma vez que o longa é protagonizado por Paolla Oliveira e Reynaldo Gianecchini, o diretor parece ter se perdido na beleza dos atores e se esqueceu da história. Foi mais um ponto negativo na história do cinema brasileiro
Lula, o Filho do Brasil (2009) é uma das mais caras produções do cinema nacional — o filme custou cerca de R$ 12 milhões. O longa, apesar de ser baseado em um biografia homônima, incluiu cenas que não aconteceram na vida real, supervalorizou outras e fez de tudo para transformar o protagonista em um tipo de herói. De quebra, o filme ainda foi lançado em um ano eleitoral, quando Lula era um dos protagonistas da disputa. A expectativa dos produtores era atrair 5 milhões de espectadores, mas o público não chegou a 900 mil
Carla Perez era um dos principais nomes do show business brasileiro no fim da década de 90. Mas isso não significava que a dançarina do É o Tchan! merecesse virar filme, muito menos protagonizar a própria história. Cinderela Baiana (1998) é tão ruim que a própria Carla Perez já declarou que se arrependeu de ter aparecido como atriz no filme, que também conta com a participação de Alexandre Pires. Hoje a produção faz sucesso na internet entre os fãs de cultura trash. O lado bom da trama foi ter marcado a estreia de Lázaro Ramos nas telonas
Bruna Surfistinha se valeu do sucesso que o livro O Doce Veneno do Escorpião, contando as aventuras da ex-garota de programa Raquel Pacheco, vinha fazendo. Mas, em vez de explorar a personagem, o longa optou por abusar das relações sexuais. Faltou história e sobraram cenas desnecessárias
Clássicos
Orfeu Negro é um filme de 1959, coproduzido por Brasil, Itália e França. A trama é uma adaptação da peça Orfeu da Conceição, de Vinícius de Moraes. O próprio poeta ajudou no roteiro do longa. A produção ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, apesar de a academia americana considerar o longa como Francês. Orfeu Negro também venceu a Palma de Ouro no Festival de Cannes
Central do Brasil (1998). Uma professora (Fernanda Montenegro em atuação que lhe valeu uma indicação ao Oscar como melhor atriz) que sobrevive escrevendo cartas na Central do Brasil parte em uma jornada em busca do pai de um garoto cuja mãe acaba de morrer e está sozinho na cidade grande.Um dos melhores filmes brasileiros de todos os tempos.
Cidade de Deus (2002) é outro marco no cinema nacional. Além do enorme sucesso de público por aqui, o filme conquistou quatro indicações ao Oscar: Melhor Diretor, Melhor Montagem, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Fotografia
O Palhaço (2011) é uma premiada produção nacional dirigida e protagonizada por Selton Mello. Foi escolhido para representar o Brasil na categoria de Melhor Filme Estrangeiro do Oscar. Mesmo não tendo ficado entre os cinco selecionados, o filme é uma unanimidade entre crítica e público
Tropa de Elite fez tanto barulho nos cinemas quanto as superproduções hollywoodianas que chegam por aqui. Mais do que isso: a sequência do longa é o filme brasileiro mais visto da história, com mais de 11 milhões de espectadores
2013 - Ano do cinema nacional
As comédias nacionais parecem ter encontrado um caminho que agrada ao público. Apenas em 2013, oito produções já bateram a marca de um milhão de espectadores: Meu Passado me Condena, Mato sem Cachorro, De Pernas pro Ar 2, Vai que Dá Certo, Minha Mãe é uma Peça e O Concurso. Destes, apenas os "Renato Russo movies" Somos tão Jovens, e Faroeste Caboclo, que integram a lista não são de humor. Serra Pelada, recém lançado, e Crô ainda prometem entrar nesta seleta lista neste ano.
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