Para o seu terceiro longa como diretor, Mauro Lima (Meu Nome Não É Johnny) vai buscar inspiração na história real - o golpe militar no Brasil, em 1964 - para inventar teorias de conspiração e personagens um tanto caricatos.
Segundo críticos a trama de Reis e Ratos, assinada pelo diretor, pretende fazer rir, mas parece não se dar conta do quanto é difícil arrancar algo de engraçado de um tema tão sério. No filme Selton Mello é Troy, agente da CIA que tem uma sapataria no Brasil, que lhe serve de fachada, enquanto Cauã Reymond é Hervê, locutor de rádio de voz fanhosa, que tem transes mediúnicos no meio de seus programas. Rodrigo Santoro é Roni Rato, um vigarista sujo e de dentes estragados que vive de golpes e da venda de livros de porta em porta. Enquanto Rafaela Mandelli interpreta a cantora Amélia Castanho.
Junto desses personagens também estão outros americanos que têm como objetivo evitar que o Brasil se torne comunista - como é o caso de Skutch Sanders (Kiko Mascarenhas), que fala com o sotaque de americano em novela e veio ao Brasil investigar a fidelidade de Troy ao seu país natal.
Os personagens se movem por cenários luxuosos dos bastidores do poder enquanto Troy e o major Esdras (Otavio Müller) veem de perto o desenrolar de um golpe de Estado - ou algo parecido. O roteiro é confuso, especialmente quando entra, no meio do filme, um longo flashaback em preto e branco.
A de se conferir e ver quem tem razão; Os críticos ou Mauro Lima.
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