Charlie Sheen volta à TV como terapeuta em nova série no TBS
O criador da série, Bruce Helford, está por trás de sucessos noventistas da TV como "The Drew Carey Show" e "Caras e Caretas".
Um raivoso Charlie Sheen destila palavrões em direção à câmera. A cena em close parece remeter ao desfecho trágico que o ator levou na série "Two And A Half Men", quando foi demitido por insubordinações, bebedeira e discordâncias com Chuck Lorre, um dos criadores da atração. Mas a sensação de déjà-vu não dura muito para o telespectador. É que, apesar de não demorar a abrir o sorriso safado típico de Charlie Harper, Sheen não é mais, definitivamente, o célebre personagem.
É outro Charlie, Goodson, que o levou ao outro lado do balcão, passando de destemperado a moderador de conflitos. Um terapeuta é o novo alter ego de Charlie Sheen, de 47 anos. Esta é "Tratamento de Choque", série que marca sua volta à TV, e estreia nesta quinta-feira no Brasil, às 21h, no canal pago TBS.
A expiação e o teor autobiográfico têm vazão na nova empreitada do ator, que foi demitido de 2011 do seriado do qual era estrela de sucesso na CBS desde 2003. A Warner culpou o que chamou de comportamento "perigosamente autodestrutivo" de Sheen; ele por sua vez tornou pública a briga com a CBS e Lorre. Insultos voaram, e assim se foi o programa que reavivou sua carreira. A audiência teve de engolir um insosso Ashton Kutcher em seu lugar, uma sombra do original.
Se tudo isso já é história, também justifica por que "Tratamento de Choque" seja tão aguardada. E esse Charlie, em versão menos canalha, não é um bon vivant, mas um ex-jogador de beisebol que perdeu a carreira em um ataque de fúria - a premissa é a mesma do filme de 2003 homônimo, com Adam Sandler e Jack Nicholson, e a semelhança não é mera coincidência. Participações de Martin Sheen, pai, e Denise Richards, ex-mulher, estão garantidas.
Goodson é um terapeuta no comando de um grupo de pacientes e tem de fazê-los manter a calma. Cada orientação terapêutica vem carregada de piadas - talvez tão infames quanto as de Charlie Harper -, que pontuam um roteiro de humor sagaz. Nos Estados Unidos, a série teve 4,5 milhões de espectadores, o maior público em uma estreia de TV já registrado, levando o canal FX a anunciar que a série terá vida longa - mais 90 episódios, além dos 10 da primeira temporada, até 2014.
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