terça-feira, 11 de outubro de 2011

VII MOSTRA PRODUÇÃO INDEPENDENTE




Criação coletiva, orçamento apertado e a disposição de jovens cineastas para fazer filmes que fogem ao cinema clássico e a televisão. São as marcas de uma nova geração do cinema brasileiro que chega na VII Mostra Produção Independente - A Sétima Arte vai ao Mercado, entre os dias 18 e 22 de outubro, no Cine Metrópolis da UFES. O evento discute a estética do baixo orçamento e inclui o Espírito Santo na rota de circulação dos principais longas metragens brasileiros do gênero. Toda a programação do evento é gratuita.

O novíssimo cinema brasileiro está representado na Mostra Paralela de Longa Metragem que exibe pela primeira vez em Vitória os filmes "A Alegria", de Marina Melliande e Felipe Bragança; Riscado de Gustavo Pizzi; "Os Monstros", de Luiz e Ricardo Pretti, Pedro Diógenes e Guto Parente. Na Mostra Paralela de longa metragem também estão a estreia de "As Horas Vulgares," de Rodrigo Oliveira e Vitor Graize - fruto do primeiro edital para longa de baixo orçamento do Espírito Santo; e A Noite do Chupacabras, segunda parte da trilogia do cinema de horror de Rodrigo Aragão.

Para acender a discussão a Mostra propõe debates com os realizadores dos filmes sobre produção e difusão do audiovisual de baixo orçamento, além de promover um seminário sobre o mercado independente com empresas ligadas ao audiovisual. Durante o evento haverá também o lançamento da Revista Milímetros e a venda de DVD's na lojinha do audiovisual.

A VII Mostra Produção Independente - A Sétima Arte vai ao Mercado é uma realização da ABD Capixaba em parceria com o SEBRAE- ES, Secult-ES, Secretaria de Cultura de Vítória e a Secretaria de Difusão Cultural da Ufes.

Cinema Novíssimo
Além de serem produções de baixo orçamento, os longas metragens que compõem a mostra paralela tem em comum a bem sucedida carreira em festivais de cinema de todo o mundo - representantes da nova safra do cinema de autor no Brasil.

Segunda parte da trilogia "Coração no Fogo", A Alegria teve estréia mundial na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes em 2010. Logo depois o filme esteve em mais de quinze festivais internacionais e no Brasil passou por Tiradentes, levou dois Candangos no 43º Festival de Brasília e foi eleito Melhor Filme no Panorama Internacional de Cinema de Salvador.

Riscado tem no currículo prêmios como o de Melhor Atriz para Karine Telles no Festival do Rio 2010 e cinco kikitos no Festival de Gramado em 2011 (Melhor Direção, Melhor Atriz, Melhor Roteiro, Melhor Trilha Sonora e Prêmio da Crítica).

Já o filme coletivo "Os Monstros" rendeu comparações da crítica especializada com o Cinema Novo. O filme recebeu menção especial do júri na terceira edição Festival Internacional de Cinema Independente de Buenos Aires (Bafici).

Recém finalizado, o primeiro exemplar do cinema financiado pelo edital de longa metragem de baixo orçamento da Secult-ES, "As Horas Vulgares" já desponta na Semana dos Realizadores do Rio de Janeiro, assim como A Noite dos Chupacabras, que percorreu ainda os principais festivais de cinema fantástico da América Latina, entre eles o RioFan, o Rojo Sangre Buenos Aires e o Montevidéu Fantástico.


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