Keanu Reeves está de volta a telona em '47 Ronins', filme que conta a história de samurais que buscam vingança pela morte de seu mestre. O filme estreia neste fim de semana aqui no estado. Saiba mais lendo a matéria completa:
Por Rafael Braz
"47 Ronins" adapta clássico japonês para mundo ocidental
Fracasso de bilheteria mundo afora, filme com Keanu Reeves não é tão ruim quanto parece
É fácil desmerecer “47 Ronins” sem assisti-lo. O filme de Carl Rinsch, estrelado por Keanu Reeves, custou uma fortuna (US$ 180 milhões), foi adiado algumas vezes, teve filmagens adicionais, teve diversas mudanças de roteiro, e, até a última semana, não tinha recuperado nem 25% de seu custo nas bilheterias mundiais.
É sabido que as refilmagens foram realizadas para incluir uma subtrama de amor proibido, dar ainda mais destaque a Reeves, e para deixar o filme “mais ocidental”. O curioso é que é justamente nessas interferências que o longa se perde. Coisas de Hollywood.
História
O roteiro se passa no século XVIII e conta a clássica história japonesa de 47 samurais que busca vingança pela morte de seu mestre. Esta é a sétima versão da história nas telas. A primeira pelas mãos de um estúdio norte-americano.
Em sua versão hollywoodiana, “47 Ronins” abusa das liberdades que não acrescentem nada à história dos samurais obrigados a se tornarem seus próprios mestres sem a presença de seu líder.
Dito isto, vale destacar a excelente ambientação e a grande naturalidade do elenco japonês com a história. Keanu Reeves (o único ocidental), mesmo que esteja em destaque no poster, não é um protagonista absoluto; ele funciona como uma peça da engrenagem e, felizmente, não tenta se impor à força.
Os cenários são coloridos e mostram as belezas do interior do Japão. O mesmo pode ser dito do detalhado figurino. Os efeitos especiais, como o dragão visto no trailer, não justificam o orçamento elevado, mas também não são dos piores.
As sequências de ação são grandiosas e muito bem coreografadas, principalmente no arco final, quando os samurais atacam a fortaleza. Diretor de comerciais, Rinsch, em sua estreia, se mostra confortável em criar cenas que agradem o espectador.
Sua inexperiência, no entanto, aliada às interferências na produção, tornam “47 Ronins” um filme sem identidade. É um bom filme de ação, com uma belíssima fotografia, mas carece de emoção e de desenvolvimento de personagens. O filme é frio, mas apesar disso, passa longe de ser tão ruim quanto tem sido falado por aí.
Ação. (47 Ronin, EUA, 2013)
Direção: Carl Rinsch
Elenco: Keanu Reeves, Hiroyuki Sanada, Ko Shibasaki, Tadanobu Asano, Min Tanaka, Jin Akanishi
Cotação: ***
Estreia sexta-feira (31)
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