'As Tartarugas Ninja' estreou neste fim de semana nos nossos cinemas e a equipe do Outros 300 esteve lá para assistir. Confira nossas impressões sobre o filme lendo a matéria completa.
Por Sandro Bahiense
Um dos melhores divertimentos do ano!
Carisma do quarteto e bela fotografia garantem um entretenimento de primeira
Certa vez teci uma crítica das críticas aqui no blog. Separei "especializados" de "amadores" (caso do Outros 300) e, por fim percebi que os especializados estão rabugentos demais. Querendo demais onde temos, somente, entretenimento. E se é entretenimento que 'As Tartarugas Ninja' vendiam, posso garantir: O dever foi cumprido!
Gravar um reboot, (adaptações de quadrinhos, que já foram desenho animado e que também já viraram filmes) é sempre complicado. Isso porque há preocupação de não fugir à essência da HQ original e ainda também há comparação com os filmes anteriores. O primeiro caso foi resolvido sem problemas. O segundo, oras, quem se lembra de outros filmes das Tartarugas?
A trama
April O'Neall (Megan Fox) é uma repórter secundária do jornal local que busca uma grande reportagem para ser respeitada na área. Quando flagra uma operação ilegal, ela acaba fotografando quatro bem feitores que impedem o crime. Posteriormente ela descobre que os bem feitores são tartarugas ninja e é obrigada a atuar com eles contra o Destruidor, um vilão que visa dominar a cidade de Nova Iorque espalhando um vírus mortal.
A crítica
Tem gente que torce o nariz para os filmes do Michael Bay (produtor de 'Tartarugas...') por causa das exageradas cenas de ação, mas acho que vale apontar que a grande maioria das pessoas que se deslocam ao cinema para ver os filmes do diretor/produtor está lá para isso: Para ver cenas de ação, explosões, lutas... mesmo. Então dentro dessa perspectiva seria estranho um filme sem ação, isso sim.
E tudo fica ainda mais interessante em 'Tartarugas...' porque um grande problema dos filmes anteriores de Bay é resolvido aqui: A fotografia. Que chega a ser impressionante, aliás. Isso porque temos várias cenas noturnas, com tartarugas mutantes, robôs, ratos mutantes, centenas de soldados-ninja lutando e a gente consegue captar - e capturar - tudo, sem problemas.
Se as cenas de ação estavam bem entregues, o próximo passo era a escritura de um bom roteiro. Respeitando os primórdios da HQ das tartarugas, o filme fez questão de explicar bem a relação entre os adolescentes ninja e April. Os especializados reclamaram do excesso de didatismo do filme. Vou pelo caminho contrário. Detesto filmes de ação que desprezam os porquês de tanto briga e tiroteio achando que só as elaboradas e tecnológicas cenas de ação resolverão o problema. Este definitivamente não é o caso de 'As Tartarugas Ninja'. Ainda bem.
Outro ponto a favor é a química entre as quatro tartarugas. Cada um com sua peculiaridade que se completam (o bom humor de Michelangelo rouba a cena) por fim. Isso ajuda porque Megan Fox é uma atriz tão inexpressiva que até uma árvore nos convenceria mais. Mas ela é linda de doer. Isso deve lhe dar um desconto... Ou seja, ainda bem que não dependemos dela.
Os coadjuvantes não atrapalham. William Fechter, Whoopi Goldberg e Will Arnett vão bem, especialmente o último, único que nos tira algumas risadas, além, é claro, das tartarugas.
'As Tartarugas Ninja' tem um roteiro legal, é engraçado, bem filmado e com cenas de ação iradas! Um dos melhores divertimentos (atenção especializados: Divertimento!) do ano! Vale a pena.
É exatamente isto, entretenimento. É claro que não gostamos quando nossa inteligencia ou bom senso são subestimados com aqueles roteiros superficiais, mas Tartarugas funciona e faz bem o trabalho de divertir. A grande questão (não única, apenas a maior) dos filmes do Bay é que não têm fim, são cansativos e exageradamente longos.
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