Sabe aquele momento em que você está vendo um filminho com os seus pais e vem aquela cena bastante constrangedora? Pois bem, o Outros 300 quer livrar você de tais cenas. Então que tal listarmos dez filmes para você não ver com seus pais? Confira.
Todos nós já passamos por isso. Você está sentado com sua família assistindo a um filme perfeitamente agradável quando, de repente, é imprudente o suficiente para inserir uma cena de sexo; carícias levam à nudez, criando um ar geral de constrangimento.
Mesmo a pessoa mais descolada tem dificuldades ao assistir filmes realmente picantes com os pais; uso de drogas pesadas, violência gráfica, sexo explícito ou um coquetel de todos os três pode fazer a experiência um pouco desconfortável. Na realidade, é muito barulho por nada – os nossos pais foram jovem uma vez e estão conscientes do que está lá fora no mundo.
Isso dá a classificações etárias – tradicionalmente lá para proteger os vulneráveis de material inadequado – um outro sentido; são suficientemente descritivos que você pode saber se o filme que você está prestes a assistir tem surpresas “desagradáveis” chegando.
Não estamos falando apenas de cenas de sexo, mas cenas desconfortáveis em geral. Na tentativa de ajudá-lo, aqui estão dez dos filmes mais inadequados que você poderia assistir com seus pais.
10 – Anticristo
Começando com um dos filmes mais extremos da lista, o Anticristo é uma intensa visão no melhor dos tempos. Dirigido por Lars von Trier, um homem que parece ter prazer em cortejar controvérsia (ele foi, afinal de contas, expulso de Cannes por se declarar nazista e afirmar que simpatizava com Hitler), o filme é uma experiência sem barreiras.
Estrelado por Willem Dafoe e Charlotte Gainsbourg como um casal, o filme abre com o seu filho caindo pela janela enquanto fazem sexo. E esse é o elemento mais dócil do filme. O casal se retira para uma cabana na floresta e as coisas ficam cada vez piores; o próprio ambiente se torna cada vez mais agressivo, enquanto Gainsbourg (cujo personagem é creditado como Ela) desliza lentamente em insanidade misógina. Isso nos dá cenas que eu tenho certeza que terei problemas se descrever qualquer uma aqui. Mas, há também, é claro, uma quantidade absurda de bom sexo à moda antiga.
Além disso, um pouco depois da metade, uma raposa fala.
A pior parte: Eu realmente não posso dizer, mas o caos reina.
9 – American Pie
Há inúmeras comédias que eu poderia colocar na lista, mas sendo justo com a variedade, estamos mantendo apenas uma. E o auge de visualização de comédia familiar inadequada tem de ser American Pie.
Mostrando as tentativas de um grupo de amigos tentando perder a virgindade antes de ir para a faculdade (porque a vida acaba após o ensino médio), o próprio conceito nos diz que isto será um problema. Mas as coisas são muito piores. A maioria de humor do filme vem da falta de jeito de pais e sexo – o filme começa com Jim que é pego assistindo pornô, quando a cena central do filme o pegou em flagrante com uma torta de maçã (caseira) – o que piora é a presença de seus pais ali.
Felizmente o trailer do filme deixou bem claro as regras do jogo, por isso, pouquíssimos pais teriam sentado no cinema com os seus filhos.
A pior parte: Pelo amor da iconografia, tem que ser a cena da torta de maçã. Ela chamou tanto a atenção do produtor que mudou o título do filme – seria o menos cativante East Great Falls High.
8 – Cisne Negro
Entre um conto emotivo sobre um esportista envelhecendo com O Lutador e seu épico bíblico, Noé, Darren Aronofsky fez uma versão retorcida de Lago dos Cisnes – que conhecemos como Cisne Negro.
O filme vê Natalie Portman interpretando a introvertida Nina, uma dançarina com uma visão um pouquinho fraturada do mundo. Fazendo testes para o papel duplo como Cisne Branco e Cisne Negro, seu diretor a achou inadequada para o lado sombrio do personagem. O que se segue é ela abraçando seu lado mais escuro, com a ajuda de Lily (Mila Kunis); temos algumas bebidas e um despertar sexual muito gráfico. O estado mental frágil de Nina infecta todo o filme, com isso, nunca a certeza do que é real e o que é imaginário, o que torna muito difícil prever os elementos mais picantes.
Apesar de ter uma cena em que Nina brota penas e, literalmente, se transforma em um cisne negro, a cena com línguas balançando foi o momento erótico Kunis-Portman. Gostaríamos de saber o porquê.
A pior parte: A cena de sexo entre Nina e Lily, obviamente. É ainda pior com a torção; era tudo na imaginação de Nina e sua mãe se sentou ao lado da cama. Dava para ficar pior?
7 – Assassinos por Natureza
O relato de Oliver Stone dos serial killers ficcionais, Mickey e Mallory Knoxx, tem sido descrito como um dos filmes mais controversos de todos os tempos. Abuso sexual em diversas formas e tanta violência que faria John Kramer corar, certamente um filme extremo com direção excêntrica, criando uma experiência totalmente desorientada.
Com objetivo de satirizar como a mídia mistifica criminosos, muitos críticos da época não poderiam passar o quão intensa era a imagem. Às vezes quase sádica; revelando o abuso do pai de Mal através de uma armadilha com três câmeras e empurrando uma cena de sexo já inábil com a revelação do refém preso assistindo à coisa toda são dois momentos difíceis de esquecer.
O filme inspirou uma onda de imitadores assassinos, de forma mórbida, provando o que Stone estava tentando dizer.
A pior parte: O estupro implícito de refém da dupla não é fácil, mas o matricídio pelo fogo é tão aterrorizante que leva o prêmio.
6 – Azul é a Cor Mais Quente
Azul é a Cor Mais Quente é um filme cuja reputação é dominada por sua representação de sexo lésbico. Levado ao conhecimento tradicional pela prevalência fortemente noticiada das cenas íntimas entre Adèle e Emma, as acusações posteriores das duas atrizes (assim como as queixas mais amplas da equipe) contra Abdellatif Kechiche ter criado a imagem de um set bastante desagradável para ser filmado.
Isso não faz o filme menos emocionalmente forjado, nem as cenas de sexo menos viscerais. Toda a primeira parte trata do despertar sexual de Adèle, então naturalmente as cenas de sexo vão formar uma parte forte na temática e narrativa da história.
Azul é um olhar honesto para as emoções que rodam em torno de relacionamentos, mas com os pais pode ser um pouco honesto demais; as sutilezas podem ser perdidas quando você está se contorcendo por alguns dos momentos mais tocantes.
A pior parte: Embora haja mais cenas constrangedoras, quando assistido com os pais, nada pode igualar a primeira vez que vemos o casal corretamente junto.
5 – Ela
Ela, de Spike Jonze, realmente não foi o filme que o pessoal esperava. Parecendo que seria uma sátira da confiança que temos na tecnologia, acabou sendo uma história de amor incrivelmente comovente e totalmente original; Enquanto a polêmica em torno de namorar um sistema operacional é tocada em diante, o foco real é sobre os sentimentos entre Theodore, por Joaquin Phoenix, e Scarlett Johansson como Samantha.
Completamente inesperado também, o quão sexual alguns momentos foram. Em menos de dez minutos temos um gostinho do quão distante a interação humana está, com uma cena de disque sexo súbita, apenas se tornando mais extrema quando a menina do outro lado começa a falar de estrangulamento com caudas de gato morto. Caramba…
Há outras partes do filme que você realmente não gostaria de assistir com seus pais; a sequência estendida com um… substituto do sexo e, enquanto ele é jogado de forma brilhante, pela primeira vez, altamente emocional, a dupla tem seu “sexo”.
A pior parte: Como se trata de forma tão inesperada e é verbalmente muito gráfico, a parada do gato morto realmente é a parte mais estranha do filme.
4 – Clerks II
O primeiro Clerks é algo que você não tinha realmente que assistir com seus pais; em cima da necrofilia acidental, todo o conceito de vinte e poucos anos gastando seu tempo meditando sobre a cultura pop não é a melhor maneira de provar a maturidade. Defina uma década depois, Clerks II certamente tem esse elemento, mas o grande motivo é algo muito mais ousado.
Como uma surpresa para Dante, que está prestes a sair de seu purgatório de salário mínimo, Randal agenda um show de burro. Originário em Tijuana, o conceito é colocar tão delicadamente quanto possível, um show de bestialidade com um burro e uma mulher. Beirando a lenda urbana, tornou-se um proeminente marco na comédia em meio às safadesas, com Clerks II certamente sendo o mais extremo.
Ele felizmente recebe uma recompensa justa, mas a inclusão é ruim o suficiente sem ter que ver com os pais. Muitos críticos acharam a cena de mau gosto, com Joel Siegel voando em desgosto para a imprensa.
A pior parte: A tentativa de fazer toda a cena como um mal-entendido é de incrível mau gosto e arredonda dez terrivelmente embaraçosos minutos.
3 – Não Olhe Agora
Não Olhe Agora é um horror exemplar de Nicolas Roeg, trabalhando na construção de um tom inquietante antes de um final quase ridículo ao invés de ir para o terror. O filme, que até certo ponto inspirou Anticristo – ambos os filmes apresentam uma criança morrendo de negligência dos pais na primeira cena, com o casal se mudando para um novo local para se lamentar – Donald Sutherland e Julie Christie interpretam as peças Ele e Ela e, temos de ver uma Veneza fora de temporada (SPOILER => é assustador).
Ao invés de ser um filme inteiro de momentos parentais inadequados, Não Olhe Agora tem uma razão imperiosa que você deve manter este como um relógio pessoal; a meio caminho do ponteiro no 2 se envolver em uma das cenas de sexo mais implacáveis nunca colocadas em um filme mainstream. Intercalada com o casal se preparando para manter os momentos até sua imaginação, é uma sequência inabalável que é quase demais para o cinema em geral.
A controvérsia ainda existe hoje sobre se o sexo foi realmente atuação; provocada por aqueles que trabalham perto da produção, Sutherland, em 2011, negou os rumores de que ele e Christie fizeram sexo.
A pior parte: O comprimento. A cena é gráfica como o inferno, mas é a natureza pura sem fim da cena que a torna imprópria para ver com os pais.
2 – A Centopeia Humana (Primeira Sequência)
Tal como acontece com comédias, há uma abundância de exemplos de horrores dolorosamente extremos que você – Jogos Mortais, Terror Sem Limites e O Albergue são os três de imediato que saltam à mente – mas nesses termos eles não podem coincidir com o desgosto nojento de A Centopeia Humana. Talvez O Albergue, mas acho que não… Quando eu vi uma zoação a este filme (Centopeia) em South Park, já foi bem difícil, imagina o real…
Este é um filme tão mal construído fora do seu conceito de base que realmente não vale a pena assistir em qualquer situação. Mas se for preciso um filme onde os personagens estão ligados boca ao ânus, claramente não é para o consumo familiar. A sequela que segue um atendente de estacionamento obcecado com o primeiro filme, criando uma criatura ainda mais grotesca é ainda pior, mas por que alguém pensaria em assistir a um seguimento de algo já tão chocante está além de nossa compreensão.
A pior parte: Na boa… nem queira saber…
1 – O Lobo de Wall Street
O Lobo de Wall Street foi um ataque hilariante sobre as ideias de excesso, mostrando os altos e baixos extremos do sucesso, com seu final destacando quanta adoração traz mesmo depois de ações desprezíveis.
Da abertura como obcecado em drogas a bater na esposa no final, o filme é cheio dos melhores excessos que um orçamento de produção pode comprar. Consumo de drogas, incontáveis cenas de nudismo, uma completa ignorância do valor do dinheiro e tantos palavrões que o corte para a TV será ainda mais engraçado, o filme é cheio de elementos malucos e esmagadores.
A única maneira que poderia ser mais esmagador é se você assistir com seus pais. Quando o rosto de Leo apareceu por trás das duas nádegas, torna-se claro que você não deveria ter ouvido sua mãe quando ela disse que queria vê-lo “porque aquele simpático homem McConaughey está nele.”
A pior parte: Escolher apenas uma é quase impossível – vêm tão rápido que o constrangimento seria apenas composto.
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