segunda-feira, 22 de setembro de 2014

SAIBA TUDO SOBRE O FILME 'LIVRAI-NOS DO MAL'

Um dos filmes mais assustadores do ano estreou nesta quinta-feira nos cinemas capixabas, 'Livrai-nos do Mal' promete dar bastante sustos em seus espectadores. Saiba mais sobre a trama lendo a matéria completa.

O terror Livrai-nos do Mal, de Scott Derrickson promete assustar espectadores

O terror Livrai-nos do Mal chega aos cinemas nacionais nesta quinta-feira. O filme é o mais novo trabalho do cineasta Scott Derrickson, responsável por sucessos como O Exorcismo de Emily Rose (2005) e A Entidade (2012).

A história acompanha um policial (Eric Bana) que se vê obrigado a recorrer aos poderes e conhecimentos de um padre (Edgar Ramirez) para desvendar uma investigação sobre crimes perturbadores e sem explicação. Livrai-nos do Mal é baseado no livro Beware the Night, de Ralph Sarchie (O policial que afirmou ter vivido todas as histórias relatadas).

Scott Derrickson também escreveu o roteiro, em parceria com Paul Harris Boardman. O elenco ainda conta com Olivia Munn, Chris Coy, Joel McHale, Dorian Missick, John Cariani, Sean Harris, Mike Houston e Scott Johnsen.

Confira o trailer


Crítica pouco positiva

Usar elementos mais verossímeis nos aspectos sobrenaturais de uma trama de terror é uma das saídas mais usadas pelos roteiristas do gênero hoje em dia para ancorar suas narrativas no mundo real. Nada mais natural, portanto, que o interesse de Hollywood no livro “Beware The Night”, co-escrito pelo ex-policial novaiorquino Ralph Sarchie, no qual ele narra suas experiências com o macabro ao lado de um padre, bem como a influência do oculto nos crimes mundanos.

Tal premissa é deveras promissora e, nas mãos certas, poderia render uma franquia de thrillers estilizados bastante eficiente. Infelizmente, a cria cinematográfica da obra literária acabou sendo este mediano “Livrai-nos do Mal”, fita que aproveita muito pouco do potencial criativo da sua ideia central, que acaba sendo usada para dar vazão a uma série de clichês batidos do gênero.

Produzido por Jerry Bruckheimer, o longa foi dirigido por Scott Derrickson, com este último também co-responsável pela adaptação do livro de Sarchie ao lado de Paul Harris Boardman, repetindo a dobradinha que os dois fizeram no eficiente “O Exorcismo de Emily Rose”. No entanto, ao contrário da colaboração anterior da dupla (e algo denunciado pela produção do megalomaníaco Bruckheimer), o foco aqui está mais na ação que no suspense em si.


Por isso não é surpresa que a primeira cena da fita se passe no Iraque, onde três soldados americanos encontram algo que os transforma. Algum tempo depois, em NY, o policial Sarchie (Eric Bana) e seu parceiro Butler (Joel McHale) descobrem uma série de casos macabros ligados ao trio de militares. Um pouco ortodoxo padre jesuíta, Mendonza (Edgar Ramirez), convencido da natureza sobrenatural dos crimes, oferece sua ajuda ao cético Sarchie, cujo casamento com sua bela esposa (Olivia Munn) vem sofrendo com as pressões de seu trabalho.

Apesar de todo a atmosfera pesada ao redor dos personagens, criada especialmente através da fotografia digital de Scott Kevan, que retrata aquele mundo em tons tristes e dessaturados, a narrativa é, com o perdão do trocadilho, sem vida. A angústia que Sarchie deveria passar após anos servindo como radar de coisas ruins e o bálsamo que seria a sua vida familiar passam em branco, a despeito dos esforços de Eric Bana e Olivia Munn, que estão mais para apáticos que para melancólicos. Joel McHale, por sua vez, parece mais que era fazendo uma caricatura de um policial para “Community” que construindo um personagem.

O filme perde mais tempo com sustos fáceis que com o fator humano, desenvolvido a base de clichês, o que faz com que pouco nos importemos com aquelas pessoas e seus destinos, mesmo quando os riscos para os heróis se tornam mais pessoais, já no terceiro ato. Se não há interesse no bem-estar dos personagens, não há motivo para que o público se assuste com os perigos que surgem na tela. Os vilões aparecem e desaparecem da tela em um piscar de olhos e até a propagandeada cena do exorcismo acaba sendo mais um desapontamento, visualmente adequada, mas desprovida de tensão.


Apenas o Padre Mendonza ganha um pouco mais de “cor”, graças a um ótimo monólogo de Edgar Ramirez, que rouba a cena praticamente em todos os momentos em que surge na tela, em uma interpretação que – intencionalmente ou não – remete ao alquebrado Padre Karras de Jason Miller em “O Exorcista”. A atriz Olivia Horton também demonstra uma entrega física surpreendente no papel da perturbada Jane.

É uma pena que o longa desperdice sua premissa e um cenário evocativo em uma produção previsível, que pesa mais pelo estilo que pela substância. Todas as ações dos personagens e até mesmo as viradas doscript podem ser previstas por qualquer um que tenha assistido ao menos um exemplar do gênero antes. Scott Derrickson pouco revela aqui do diretor que surpreendeu o público anteriormente, com o cineasta precisando urgentemente exorcizar o lugar-comum de sua filmografia.

Em cartaz no

Cinemark
Sala 4: 13h55, 16h35, 19h25 (sexta e sábado), 22h20.

Kinoplex Praia da Costa
Sala 7 (dub): 13h40, 16h20, 18h50, 21h20.


Cinemagic Norte Sul
Sala 2: 17h10 (dub), 19h30, 21h50.

Cinesystem
Sala 2: 14h (dub), 16h30 (dub), 19h (dub), 21h30.

Cinesercla Montserrat
Sala 4 (dub): 14h20, 16h30, 18h40, 20h50.

Cinesercla Pátio Mix Linhares
Sala 2 (dub): 14h20, 16h30, 18h40, 20h50.

Cinépolis Moxuara
Sala 2 (dub): 13h30, 16h20, 19h, 21h45.

Multiplex Serra - Cine Araújo
Sala 4 (dub): 17h15, 19h30, 21h45.

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