Curumin, baterista que acompanha o artista Arnaldo Antunes, se apresentará em Vitória como mais uma atração do Casa.Lab Infinitas. Confira os horários e o que esperar da apresentação lendo a matéria completa.
Por Leandro Reis
Curumin faz show a céu aberto em Vitória
Músico paulista toca no Casa.Lab Infinitas, ao lado de Sol na Garganta do Futuro e Fabricio
Depois de encher a Rua Barão Monjardim, Centro de Vitória, com o público da Banda Mais Bonita da Cidade, o Casa.Lab Infinitas recebe, em sua segunda noite de shows, o músico paulista Curumin. Ele sucede as apresentações dos capixabas Sol na Garganta do Futuro e de Fabricio, que aquecem a varanda do “Serenata Inversa” a partir das 18 horas.
O projeto cultural que ocupa a casa 116 (próxima ao Parque Gruta da Onça) com vários trabalhos artísticos começou na última sexta-feira, com entrada gratuita para todas as atrações da programação, e segue até o dia 12 de dezembro.
Curumin apareceu como expoente da nova música brasileira em 2003, quando lançou seu primeiro disco solo, “Achados e Perdidos”, embebido no soul e no funk. Mas o multi-instrumentista já passeava pelas baterias da MPB, entre Vanessa da Matta, Paula Lima, Céu e Arnaldo Antunes, com quem toca até hoje.
No show deste sábado, Curumin vai basear seu repertório no álbum “Arrocha”, lançado no ano passado, um trabalho mais calmo e voltado, sobretudo, para a fusão de sua estética pregressa com elementos eletrônicos. Na varanda do Casa.Lab Infinitas, ele espera uma noite clara.
“Espaço aberto é o meu tipo de show preferido. Em São Paulo, toco muito em lugar fechado e escuro”, diz. “A rua traz uma sensação de liberdade pra todo mundo, não só pra quem está no palco.”
Feito em estúdio caseiro e de maneira espontânea, “Arrocha” carrega em si o clima cotidiano, sem os adornos programados das máquinas. “Busco preservar mais a ideia do que o acabamento. Tocar em uma casa tem tudo a ver com o disco. A porta de uma casa é o que leva as coisas velhas e deixa entrar as novas”, comenta.
Muito do que Curumin faz na música nasce do ambiente urbano e dos choques com o concreto das cidades. “Todas as minhas expressões são da rua. É como se fosse a minha segunda pele”, explica.
Outra influência é o cantor Arnaldo Antunes, ex-Titãs, espécie de mentor do músico paulista. “Lembro que nas primeiras vezes que toquei com ele já tive a noção sobre o quanto era importante buscar uma expressão própria”, diz. Arnaldo, dono uma extensa carreira solo, entende o quanto é essencial para o baterista seguir com seu trabalho autoral. “Quando os shows (de Arnaldo e de Curumin) batem, eu mando um substituto. Ele entende e respeita.”
"Serenata Inversa", com Curumin
Quando: neste sábado, a partir das 18 horas.
Onde: Casa 116 (próxima ao Parque Gruta da Onça), na Rua Barão de Monjardim, Centro de Vitória.
Informações: facebook.com/tvinfinitas
Aberto ao público.
Retirado integralmente de A Gazeta
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