2012 foi sem dúvida o ano do cinema nacional. Tivemos de tudo nas telonas tupiniquins desde comédias rasgadas, passando por dramas, ação, assaltos a Bancos Centrais, penetras, e palhaços. Confira uma lista com os melhores e os piores do ano segundo a equipe do Outros 300.
Ótimo!
2 Coelhos = Brasil mostrando que também pode apelas para aventuras com muitos efeitos especiais e explosões. A produção estreou em janeiro e inovou no uso de efeitos especiais no cinema nacional. Alessandra Negrini e Caco Ciocler estão no elenco do longa, que tem um roteiro repleto de reviravoltas e personagens com duas caras. Se você não assistiu, pode colocar na lista sem medo.
Marcelo Yuka no Caminho Das Setas = Sem máscaras ou maquiagens, o ótimo documentário fala sobre a tragédia sofrida pela ex-integrante da banda O Rappa. De forma autêntica e sem atenuar aspecto algum, o filme conta sua história de forma crua e interessantíssima.
À Beira do Caminho = Uma história dirigida pela emoção e que, apesar de alguns pequenos deslizes, cumpre o prometido e vale a pena ser assistida. Mais um ponto positivo para a carreira do excelente diretor Breno Silveira.
Gonzaga - De Pai Para Filho - A história de Luis Gonzaga e Gonzaguinha é contada com maestria no cinema pelas mãos de Breno Silveira. Concentrado na relação entre pai e filho, a produção tem como protagonista o músico Chambinho do Acordeon, que está muito bem no papel, mesmo sem experiência como ator.
Bom.
Heleno = Um filme de futebol que fala muito mais do que só de futebol. Rodrigo Santoro interpreta o jogador que foi ídolo do Botafogo e teve uma carreira meteórica, o resultado final foi excelente. Uma curiosidade é que o filme é em preto e branco, mas foi capturado com cores.
E aí... Comeu? = Mais um sucesso de bilheteria de Bruno Mazzeo. Filme teve mérito de contar estórias de simples conversas de bar em 100 minutos de forma descontraída, leve e bem humorada. A crítica detestou, mas o povão amou.
Boca - Adaptação da autobiografia do criminoso Hiroito de Moraes Joanides, este filme retrata a atmosfera criminosa da Boca do Lixo. Apesar do ritmo acelerado, o filme é repleto de méritos, entre eles os bons personagens.
Febre do Rato - Só estando em circuítos alternativos ou em cinemas de menor porte, filme, infelizmente foi visto por poucos. Assinado por Cláudio Assis,o longa conta a história de Zizo um poeta marginal e libertário da grande Recife. Destaque para a, digamos, animada participação da global Nanda Costa no filme.
Eu Receberia as Piores Notícias de Seus Lindos Lábios = Com uma corajosa Camila Pitanga como protagonista, o longa tem suas falhas, mas cativa por sua poesia, boas imagens e a intensidade dos personagens.
Raul - O Início, o Fim e o Meio = Não recomendado a fãs mais fervorosos. O documentário de Walter Carvalho retrata a genialidade do cantor, porém esmiúça suas irresponsabilidades, devido aos problemas com drogas e principalmente o álcool.
De Pernas Pro Ar 2 = Dessa vez vai valer a pena de verdade ir ao cinema. Ingrid Guimarães volta ao papel da dona de sex shop Alice na sequência que aposta, com sucesso, no gênero comédia romântica, ao invés de apoiar-se totalmente na temática sexual do primeiro filme.
Regular.
Corações Sujos = A adaptação do livro homônimo de Fernando Moraes parece grandiosa, mas não é. O diretor Vicente Amorim e o roteirista David França Mendes querem mostrar o drama sofrido pelos imigrantes japoneses no Brasil depois da Segunda Guerra Mundial, mas falham em vários aspectos. Uma pena.
Ruim.
Paraísos Artificiais = Com Nathalia Dill como protagonista. Filme peca pela superficialidade da estória e pelo desnecessário apelo sexual. Temática interessante é desperdiçado num filme chato e sem profundidade.
Xingu = Apaixonante para os críticos, mas sonolento para os espectadores. Didático ao extremo o filme peca por querer ser obra prima demais. A baixa bilheteria fala por si.
Tropicália = Mais vale como recorte histórico do que pelo filme em si. Indicado para quem passou pelo momento e quer revivê-lo. ou para quem nasceu muitos anos depois e quer entendê-lo.
Até Que a $orte Nos Separe - Na oportunidade de provar ser um grande ator de comédias Leandro Hassum pecou retumbantemente. O filme é sem graça do começo ao fim. Personagens rasos e piadas batidas são o fio condutor do longa.
Os Penetras - Parece impensável, mas a parceria entre o diretor Andrucha Waddington e os atores e humoristas Marcelo Adnet e Eduardo Sterblitch não é engraçada, encaixando-se na enorme prateleira de comédias nacionais totalmente esquecíveis.
"Queime depois de ver".
As Aventuras de Agamenon, o Repórter = Primeira bola fora de Marcelo Adnet no ano. Mais uma tentativa frustrada de se levar as piadas da TV,da turma do Casseta e Planeta (e alguns convidados), para as telonas. Apesar de ser um longa-metragem, a produção parece mais uma colcha de retalhos feita de várias esquetes televisivas.
Totalmente Inocentes - Minha grande decepção do ano. Tentando satirizar sucessos nacionais, como Cidade de Deus e Tropa de Elite, filme pecou por piadas sem graça e roteiro falho. Nem Fábio Porchat salvou o filme.
E A Vida Continua... = Das dublagens (sim, o filme é todo dublado) ao roteiro, o longa que se apoia na doutrina espírita é um dos piores do ano, se não for o pior. Mais uma produção totalmente dispensável.
Três Histórias, Um Destino = Não é porque é evangélico que precisava ser ruim. A coprodução de Brasil e Estados Unidos é a empreitada de maior sucesso dos evangélicos no mundo do cinema. O filme que, na estreia, teve a maior média de público por sala no Brasil. Baseado no livro de R. R. Soares, o longa profetiza os ensinamentos evangélicos, deixa de lado o cinema para incentivar dogmas religiosos. Fraco.
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