Estrelada por Channing Tatum e Jamie Fox, 'O Ataque' é a nova aventura do "diretor das tragédias naturais" Roland Emmerich. Desta vez o presidente dos EUA é feito refém dentro da própria Casa Branca. O que fazer agora? Confira a crítica do Outros 300 acerca do filme e descubra as repostas para esta e outras perguntas.
Por Sandro Bahiense
Não o leve a sério
Filme é tão mentiroso que só pode ser curtido, acreditem, como comédia
Só vá ver este filme se você é o tipo de espectador que curta explosões, perseguições e coisas do tipo. Fora isso... 'O Ataque', do diretor Roland Emmerich é um grande emaranhado de bobajadas e coisas tão mentirosas e sem sentido que chega a irritar.
Bem parecidos (mesmo), repetidos até, de outros filmes do próprio Emmerich como '2012', 'Independence Day' e 'O Dia Depois de Amanhã'. Daí dá para imaginar né?
Logo faça como eu: Divirta-se. Busque os exageros (praticamente 100% do filme), as tiradas repetidas, os dramas piegas e batidos ou as piadinhas sem a mínima graça, enumere-as, e busque a mais tosca. Eu garanto: Você irá rir mais do que com qualquer filme nacional de comédia que você viu em 2013.
A trama
Mais caso você queira levar 'O Ataque' a sério. A suposta trama é encabeçada por Channing Tatum. Ele vive John Cale, um ex-militar que trabalha na segurança de um congressista (Richard Jenkins) norte-americano, mas que sonha em integrar o serviço secreto e ser um dos responsáveis por proteger o presidente dos EUA James Sawyer (Jamie Foxx).
Ele passa por uma entrevista na Casa Branca e aproveita para levar a filha para conhecer o local no mesmo dia. Para azar dele, a sede do governo americano é tomada por terroristas e ele, separado da filha, acaba na situação em que deve defender o presidente ao mesmo tempo em que se preocupa com a garota.
Crítica
Farei diferente desta vez. Vamos enumerar os exageros, as tiradas repetidas, os dramas piegas e batidos ou as piadinhas sem a mínima graça abaixo e veremos como você pode se divertir vendo 'O Ataque'
* Uma menina acorda em seu quarto pelo barulho dos helicópteros presidenciais a caminho da Casa Branca. A garota olha encantada pela janela, como se os helicópteros fossem ainda parte de um sonho. A menina, olha que surpresa, é a filha de John Cale.
* O longa é basicamente um Duro de Matar na Casa Branca, repetindo vários elementos do clássico da ação. Acontece, que Tatum, por mais que se esforce, não é Bruce Willis. (Tem até a regada branca do McLaine)
* Perseguições de limusine (claro).
* A filha pré-adolescente de Cale que chama o pai pelo primeiro nome (nossa que diferente).
* (Quer mais?) Extasiada pelo pai herói ela volta a chamá-lo, claro, de pai no fim do filme (puxa que comovente)
* Temos um afetado hacker que escuta música clássica, chupa pirulito e é devoto a uma deusa hindú.
* Um vilão que fala em explodir o mundo comendo um bolo.
* O presidente que persegue seus raptores com um lança chamas nos jardins da Casa Branca.
* “Tire as mãos do meu Jordan!”. Jordan, é o tênis do presidente. Uma das falas mais legais do filme.
* Bandeiras, bandeiras e mais bandeiras americanas, aos montes, orgulhosamente erguidas ou seguradas.
* Em contra ponto um chroma key tão evidente em alguns momentos que parece até o programa 'Zorra Total' (sem exageros)
* E 8 minutos que, na verdade são 80, que o protagonista tem para salvar a pátria.
Ressalva
Por mais sínico que eu possa ter parecido, eu digo que ainda assim o filme é legal se você não levá-lo a sério. Algumas tramas até dão pra enganar, outras cenas são bem executadas e todas as cenas de tiro são boas pra cacete, isso é fato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário