Torpor programado
Nebulei Por entre a turva do alvorecer
Na praia vapores frios, gélidos
Minha pele transformavam
Uma miragem fantástica inquietou
Minhas retinas
Pés que já não encontravam o chão
Pele que já não reagia ao tempero do vento
Visão do nada-tudo, enfim.
Consciência vaga
Torpor programado
Mas eu queria estar ali
No amargo irreal que adoça
O amargor do real
Mas a dor é cálice
infinito
Das emoções que atravessam os fatos
A ponte da fuga é íngreme
E escorregadia
Meu país, minha pátria amada
É o destino repetido nos meu passos
E olhos, e cenho.
Crio meus algozes
De escárnio e dor num vício amiúde
De negar-me, impune de prazer
E altivo, néscio e piegas
Meu umbigo que o mundo ignora.
João
Carlos Barcelos Ramos é graduado em Letras Português pela Universidade Federal do
Espírito Santo e pós graduado e Educação Especial e Inclusiva pela Faculdade
Ateneu. Atua como professor de Língua Portuguesa na rede estadual de educação
do Espírito Santo. Posta seus poemas, pensamentos, entre outros, em seu blog http://muralsarauvaral.blogspot.com.br/.
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