Companhia de dança se apresentará com o espetáculo 'Agreste' no Teatro Carlos Gomes como parte da programação 'Quartas no Theatro' organizada pela Secult. Saiba mais sobre o espetáculo lendo a matéria completa.
Cia de Dança Kerigma invade o Carlos Gomes
Companhia promete emocionar com o espetáculo 'Agreste'
A atração desta quarta no 'Quartas no Theatro' do Carlos Gomes é a Companhia de Dança Kerigma que trará o espetáculo 'Agreste' para o palco do maior teatro da capital. A Kerigma, originalmente criada por Merliane Almeida, Ayeska T. Nunes de Souza e Álvaro Leal vem, através da dança contemporânea, do teatro, do canto e da riquíssima
literatura de Cordel contar uma história de lagrimas, dores e superação. 'Agreste' é "apaixonante" e o objetivo do grupo é "homenagear essa gente especial e mostrar que a fé supera todas as dificuldades" relata em entrevista Álvaro Leal um dos fundadores do grupo.
O espetáculo
Em uma atmosfera nordestina o Espetáculo AGRESTE retrata a vida e cotidiano de
um povo sofrido que encontra na sua fé um motivo para sobreviver, uma história
envolvente e dinâmica, cheia de criatividade e interatividade. Agreste é uma
zona de transição entre a Mata e o Sertão, abundância ou escassez, vida e
morte. A fé que alimenta a alma pode alimentar também os sonhos de um ser
humano em busca da sua felicidade... Seu Oásis...
Ainda segundo Álvaro o público pode esperar "um grupo louco por este trabalho, e tomado de amor pelo povo do agreste", sentimento este que será transportado para o palco do Carlos Gomes em espetáculo que ocorrerá nesta quarta as 19 horas.
Álvaro responde sobre o espetáculo
1 – Álvaro como as artes entraram
em sua vida? Qual foi o nicho artístico (música, cinema, literatura) que
primeiro lhe atingiu o peito? Teve algum momento capital em que você pensasse:
Caramba é isso que quero fazer para o resto da vida?
R: É
INTERESSANTE COMEÇAR A ENTREVISTA COM ESSA PERGUNTA, POIS ATÉ ENTÃO COMO MUITAS
PESSOAS PENSAM AS COISAS EM NOSSA VIDA ACONTECEM DE FORMA ACIDENTAL, MEU
PRIMEIRO CONTATO COM A ARTE , A DANÇA EM
SI, FOI DE FORMA APARENTEMENTE ACIDENTAL, MINHA IRMÃ MAIS VELHA, BAILARINA,
TINHA A OBRIGAÇÃO DE CUIDAR DE MIM E SEMPRE QUE PRECISAVA ME LEVAVA AOS ENSAIOS
DA CIA QUE PARTICIPAVA, NESSAS INDAS E VINDAS ACABEI INGRESSANDO NA CIA PARA
TRABALHAR COMO CONTRA REGRA E GANHAR UM TROCADO PARA O FINAL DE SEMANA, A COISA
FOI TOMANDO UM AR DE RESPONSABILIDADE E QUANDO ME DEI POR CONTA ESTAVA NO
PALCO, NA FRENTE DA PLATEIA DANÇANDO.
2 – Qual foi seu primeiro
trabalho profissional? Com quantos anos? Conte-nos como foi essa experiência?
R:
COMEÇEI ATUANDO NOS BASTIDORES O QUE ME AJUDOU TER UMA NOÇÃO GERAL DA CAIXA
CÊNICA E DE TODA A MAGICA QUE ACONTECE NO PALCO, VER COMO AQUILO TUDO ACONTECE
AINDA É MARAVILHOSO PRA MIM, ATÉ HOJE QUANDO VOU AO TEATRO ME PEGO COM VONTADE DE ESTAR NA COXIA OBSERVANDO TUDO
O QUE ACONTECE , MEU PRIMEIRO TRABALHO
VEIO DERREPENTE, A CIA ESTAVA MONTANDO UM ESPETÁCULO INFANTIL E PRECISAVAM
ENCONTRAR ALGUÉM QUE FOSSE MAIS NOVO PARA SER O CONTADOR DA HISTÓRIA E AI A
DIRETORA E COREOGRAFA IZA VICENTINI ME
CONVIDOU PARA O TESTE E DAÍ COMEÇOU A SE DESENROLAR A MINHA HISTÓRIA COMO BAILARINO ISSO EM 1998 QUANDO TINHA 15 ANOS.
3 – Conte-nos um pouco a seu
respeito. Faça-nos um resumo de você e de sua carreira.
R: MINHA
CARREIRA SE CONFUNDE UM POUCO COM MINHA VIDA PESSOAL, NÃO SEI DIVIDIR UMA COISA
DA OUTRA, SOU MUITO INTENSO NO QUE FAÇO COM QUEM ME RELACIONO E COM QUEM DIVIDO
MINHAS IDÉIAS, HOJE ACREDITO ESTAR VIVENDO UM MOMENTO ÚNICO EM MINHA VIDA E
CARREIRA QUE É A OPORTUNIDADE DE PODER CUIDAR DE PESSOAS, A DANÇA PRA MIM É
MUITO MAIS DO QUE UMA APRESENTAÇÃO CULTURAL, ELA SE TRANFORMOU EM SUSTENTO, RELACIONAMENTO, QUASE
UMA DESCULPA PARA ESTAR PERTO DAS PESSOAS QUE AMO E USA-LA COMO UMA FERRAMENTA
DE TRANSFORMAÇÃO PRÓPRIA E COLETIVA.
4 – Como surgiu a idéia de formar
a Cia. De dança Kerigma? Fale-nos um pouco acerca deste grupo.
R: A CIA
KERIGMA NASCEU NO CORAÇÃO DE DEUS E NÃO NO MEU, ACREDITO QUE SOBRE TODAS AS
COISAS ESTÁ A VONTADE DELE, MAIS DO QUE TALENTO, DOM OU OUTRA COISA, DEUS
PLANTOU NO CORAÇÃO DE PESSOAS ESPECIAIS ESSA SEMENTE, MERLIANE ALMEIDA E AYESKA
T. NUNES DE SOUZA FORAM AS PESSOAS QUE COMIGO PLANTARAM ESSA SEMENTE E
HOJE COM O AUXILIO TOTAL DA MINHA ESPOSA
E BAILARINA PREFERIDA VANESSA LEAL E COM TODOS OS QUE PASSARAM E OS QUE AINDA
ATUAM NA CIA CUIDO COM CARINHO, PERSEVERANÇA E GARRA ESSE PROJETO.
5 – Vocês apresentarão a peça
‘Agreste’ nesta quarta no Carlos Gomes. Conte-nos um pouco acerca deste
espetáculo. O que podemos esperar?
R:
AGRESTE É APAIXONANTE, NÓS ESTAMOS LOUCOS POR ESSE TRABALHO, FALAR DO POVO
NORDESTINO É UM PRIVILEGIO, RIQUÍSSIMO EM SUA CULTURA REGIONAL , SUA IDENTIDADE E FÉ, A CADA ENSAIOS DISCUTÍAMOS ISSO, E FOMOS TOMADOS POR UM SENTIMENTO DE AMOR POR ESSE POVO,
ANTES DE TUDO NOSSA INTENÇÃO É HOMENAGEAR ESSA GENTE ESPECIAL E TAMBÉM MOSTRAR
QUE A FÉ SUPERA TODAS AS DIFICULDADES.
6 – Porque a escolha pelo
agreste? Afinal esta é uma realidade tão distante (teoricamente) da nossa?
R:
AGRESTE É A ZONA DE TRANSIÇÃO DO SERTÃO, LUGAR EXTREMAMENTE ARIDO, PARA A ZONA
DA MATA, LUGAR UMIDO, É A TRANSFORMAÇÃO DA MORTE EM VIDA, NÓS NÃO ESTAMOS NO
AGRESTE, MAS VIVEMOS TEMOS DIFICIES, OS DESERTOS QUE ENFRENTAMOS SÃO ÁRIDOS E
QUENTES COMO O SERTÃO, TODOS PRECISAMOS DE ALIVIO E UM POUCO MAIS DE ESPERANÇA
PARA CONTINUAR A LUTA.
Álvaro Leal
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