segunda-feira, 22 de julho de 2013

CIA DE DANÇA KERIGMA TRAZ O AGRESTE PARA O CARLOS GOMES

Companhia de dança se apresentará com o espetáculo 'Agreste' no Teatro Carlos Gomes como parte da programação 'Quartas no Theatro' organizada pela Secult. Saiba mais sobre o espetáculo lendo a matéria completa.

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Cia de Dança Kerigma invade o Carlos Gomes
Companhia promete emocionar com o espetáculo 'Agreste'

A atração desta quarta no 'Quartas no Theatro' do Carlos Gomes é a Companhia de Dança Kerigma que trará o espetáculo 'Agreste' para o palco do maior teatro da capital. A Kerigma, originalmente criada por Merliane Almeida, Ayeska T. Nunes de Souza e Álvaro Leal vem, através da dança contemporânea, do teatro, do canto e da riquíssima literatura de Cordel contar uma história de lagrimas, dores e superação. 'Agreste' é "apaixonante" e o objetivo do grupo é "homenagear essa gente especial e mostrar que a fé supera todas as dificuldades" relata em entrevista Álvaro Leal um dos fundadores do grupo.



O espetáculo

Em uma atmosfera nordestina o Espetáculo AGRESTE retrata a vida e cotidiano de um povo sofrido que encontra na sua fé um motivo para sobreviver, uma história envolvente e dinâmica, cheia de criatividade e interatividade. Agreste é uma zona de transição entre a Mata e o Sertão, abundância ou escassez, vida e morte. A fé que alimenta a alma pode alimentar também os sonhos de um ser humano em busca da sua felicidade... Seu Oásis...

Ainda segundo Álvaro o público pode esperar "um grupo louco por este trabalho, e tomado de amor pelo povo do agreste", sentimento este que será transportado para o palco do Carlos Gomes em espetáculo que ocorrerá nesta quarta as 19 horas. 


Álvaro responde sobre o espetáculo

1 – Álvaro como as artes entraram em sua vida? Qual foi o nicho artístico (música, cinema, literatura) que primeiro lhe atingiu o peito? Teve algum momento capital em que você pensasse: Caramba é isso que quero fazer para o resto da vida?


R: É INTERESSANTE COMEÇAR A ENTREVISTA COM ESSA PERGUNTA, POIS ATÉ ENTÃO COMO MUITAS PESSOAS PENSAM AS COISAS EM NOSSA VIDA ACONTECEM DE FORMA ACIDENTAL, MEU PRIMEIRO CONTATO COM  A ARTE , A DANÇA EM SI, FOI DE FORMA APARENTEMENTE ACIDENTAL, MINHA IRMÃ MAIS VELHA, BAILARINA, TINHA A OBRIGAÇÃO DE CUIDAR DE MIM E SEMPRE QUE PRECISAVA ME LEVAVA AOS ENSAIOS DA CIA QUE PARTICIPAVA, NESSAS INDAS E VINDAS ACABEI INGRESSANDO NA CIA PARA TRABALHAR COMO CONTRA REGRA E GANHAR UM TROCADO PARA O FINAL DE SEMANA, A COISA FOI TOMANDO UM AR DE RESPONSABILIDADE E QUANDO ME DEI POR CONTA ESTAVA NO PALCO, NA FRENTE DA PLATEIA DANÇANDO.


2 – Qual foi seu primeiro trabalho profissional? Com quantos anos? Conte-nos como foi essa experiência?

R: COMEÇEI ATUANDO NOS BASTIDORES O QUE ME AJUDOU TER UMA NOÇÃO GERAL DA CAIXA CÊNICA E DE TODA A MAGICA QUE ACONTECE NO PALCO, VER COMO AQUILO TUDO ACONTECE AINDA É MARAVILHOSO PRA MIM, ATÉ HOJE QUANDO VOU AO TEATRO ME PEGO  COM VONTADE DE ESTAR NA COXIA OBSERVANDO TUDO O QUE  ACONTECE , MEU PRIMEIRO TRABALHO VEIO DERREPENTE, A CIA ESTAVA MONTANDO UM ESPETÁCULO INFANTIL E PRECISAVAM ENCONTRAR ALGUÉM QUE FOSSE MAIS NOVO PARA SER O CONTADOR DA HISTÓRIA E AI A DIRETORA E COREOGRAFA  IZA VICENTINI ME CONVIDOU PARA O TESTE E DAÍ COMEÇOU A SE DESENROLAR A MINHA HISTÓRIA COMO BAILARINO  ISSO EM 1998 QUANDO TINHA 15 ANOS.

3 – Conte-nos um pouco a seu respeito. Faça-nos um resumo de você e de sua carreira.

R: MINHA CARREIRA SE CONFUNDE UM POUCO COM MINHA VIDA PESSOAL, NÃO SEI DIVIDIR UMA COISA DA OUTRA, SOU MUITO INTENSO NO QUE FAÇO COM QUEM ME RELACIONO E COM QUEM DIVIDO MINHAS IDÉIAS, HOJE ACREDITO ESTAR VIVENDO UM MOMENTO ÚNICO EM MINHA VIDA E CARREIRA QUE É A OPORTUNIDADE DE PODER CUIDAR DE PESSOAS, A DANÇA PRA MIM É MUITO MAIS DO QUE UMA APRESENTAÇÃO CULTURAL, ELA SE  TRANFORMOU EM SUSTENTO, RELACIONAMENTO, QUASE UMA DESCULPA PARA ESTAR PERTO DAS PESSOAS QUE AMO E USA-LA COMO UMA FERRAMENTA DE TRANSFORMAÇÃO PRÓPRIA E COLETIVA.

4 – Como surgiu a idéia de formar a Cia. De dança Kerigma? Fale-nos um pouco acerca deste grupo.

R: A CIA KERIGMA NASCEU NO CORAÇÃO DE DEUS E NÃO NO MEU, ACREDITO QUE SOBRE TODAS AS COISAS ESTÁ A VONTADE DELE, MAIS DO QUE TALENTO, DOM OU OUTRA COISA, DEUS PLANTOU NO CORAÇÃO DE PESSOAS ESPECIAIS ESSA SEMENTE, MERLIANE ALMEIDA E AYESKA T. NUNES DE SOUZA FORAM AS PESSOAS QUE COMIGO PLANTARAM ESSA SEMENTE E HOJE  COM O AUXILIO TOTAL DA MINHA ESPOSA E BAILARINA PREFERIDA VANESSA LEAL E COM TODOS OS QUE PASSARAM E OS QUE AINDA ATUAM NA CIA CUIDO COM CARINHO, PERSEVERANÇA E GARRA ESSE PROJETO.

5 – Vocês apresentarão a peça ‘Agreste’ nesta quarta no Carlos Gomes. Conte-nos um pouco acerca deste espetáculo. O que podemos esperar?

R: AGRESTE É APAIXONANTE, NÓS ESTAMOS LOUCOS POR ESSE TRABALHO, FALAR DO POVO NORDESTINO É UM PRIVILEGIO, RIQUÍSSIMO EM SUA CULTURA REGIONAL ,  SUA IDENTIDADE E FÉ, A CADA ENSAIOS DISCUTÍAMOS ISSO, E FOMOS TOMADOS POR UM SENTIMENTO DE AMOR POR ESSE POVO, ANTES DE TUDO NOSSA INTENÇÃO É HOMENAGEAR ESSA GENTE ESPECIAL E TAMBÉM MOSTRAR QUE A FÉ SUPERA TODAS AS DIFICULDADES.

6 – Porque a escolha pelo agreste? Afinal esta é uma realidade tão distante (teoricamente) da nossa?

R: AGRESTE É A ZONA DE TRANSIÇÃO DO SERTÃO, LUGAR EXTREMAMENTE ARIDO, PARA A ZONA DA MATA, LUGAR UMIDO, É A TRANSFORMAÇÃO DA MORTE EM VIDA, NÓS NÃO ESTAMOS NO AGRESTE, MAS VIVEMOS TEMOS DIFICIES, OS DESERTOS QUE ENFRENTAMOS SÃO ÁRIDOS E QUENTES COMO O SERTÃO, TODOS PRECISAMOS DE ALIVIO E UM POUCO MAIS DE ESPERANÇA PARA CONTINUAR A LUTA.
 

Álvaro Leal

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