Um dos filmes de ação mais esperados do ano 'Wolverine: Imortal' estreou neste fim de semana nos nossos cinemas e o Outros 300 esteve lá para assistir. Confira a crítica acerca do filme lendo a matéria abaixo.
Uma das premissas (se não a maior) de 'Wolverine: Imortal' era a de recuperar a imagem do heroi da Marvel, perdida após o péssimo 'X-Men Origens: Wolverine'. Para tanto, desta vez, a saga de John Logan ganhou novos ares (mais sombrios), novo foco e nova perspectiva. Desta vez a maior luta de Wolverine é contra ele mesmo, ou melhor, é do heroi imortal contra o homem mortal. Quem Logan quer ser? Este é o start para o filme.
A trama
Após matar Jean Grey (Famke Janssen) para salvar a humanidade por ela não conseguir controlar os poderes da Fênix, Logan (Hugh Jackman) decidiu abandonar de vez a vida de herói e passou a viver na selva, como um ermitão. Deprimido, ele é encontrado em um bar pela jovem Yukio (Rila Fukushima). Ela foi enviada a mando de seu pai adotivo, Yashida (Hal Yamanouchi), que foi salvo por Logan em Nagasaki, no Japão, na época em que a bomba atômica foi detonada.
Yashima deseja reencontrar Logan para fazer-lhe uma proposta: transferir seu fator de cura para ele, de forma que Logan possa, enfim, se tornar mortal e levar uma vida como uma pessoa qualquer. Ele recusa o convite, mas acaba infectado por Víbora (Svetlana Khodchenkova), uma mutante especializada em biologia que é também imune a venenos de todo tipo. Fragilizado, Logan precisa encontrar meios para proteger Mariko (Tao Okamoto), a neta de Yashida, que é alvo tanto de seu pai, Shingen (Hiroyuki Sanada) quanto da Yakuza, a máfia japonesa.
Um filme de Wolverine
O filme foi baseado na HQ "Eu, Wolverine", contudo, claro, ganhando as boas e velhas adaptações para o cinema. Segundo a galera fixada em quadrinhos o filme seguiu dignamente (não fielmente) a HQ, o que ganhou pontos a favor. Um dos motivos da escolha deste quadrinho em especial é exatamente o fato deste nos mostrar um Wolverine deprimido, solitário, perdido em si próprio com o fato de se saber (supostamente) imortal, além, é claro, de ser carrasco de seu grande amor Jean Grey.
Logo o filme é de Wolverine, contando a história de Wolverine e com os anseios e tristezas de Wolverine, em suma: É um filme sobre o Wolverine! O que é ótimo! Logan mostra-se vítima de sua condição e tal "maldição" aponta-se como os motivos por Wolverine assim o ser, um cara inconsequente, por vezes até cruel com seus inimigos, por mais que seu senso de justiça seja aguçado e por vezes inabalável.
Nota 10 de roteiro e nota 5 de aventura
É bacana termos um (bom) filme de heroi em que o protagonista tenha os mesmos anseios de um reles mortal. Tudo fica ainda mais interessante quando o problema do heroi é exatamente ele ser heroi. Havemos de admitir: Foi uma ideia bem sacada! Não que Wolverine não goste de lutar contra o mal e salvar pessoas, mas como tudo fica quando ele não consegue salvar a si mesmo? Como tudo fica quando ele se vê derrotado pelo tempo e pela ausência das pessoas que ama?
E tudo fica ainda melhor quando tais anseios nos são colocados de forma tranquila, natural, sem pieguismos e coisas do tipo. Não fosse as famigeradas garras do heroi não seria surpresa se esquecêssemos que se tratava de um filme de ação em algumas cenas.
Se é nota dez em roteiro, o filme peca no quesito aventura. Primeiro porque o roteiro precisa de uma senhora forçada para motivar as cenas de ação tipicamente hollywoodianas. Segundo porque, ali, nestas cenas, temos as mais graves lacunas da trama. Wolverine, de fato, fica "mortal". Então porque cargas d'águas o vilão (que era pra ser surpresa, mas até um garotinho de 5 anos saberia quem é) não aproveita da condição do heroi e não o mata? O Samurai de Prata, ao contrário dos quadrinhos, no filme, é um super robô, falha grave.
Elenco
Hugh Jackman excelente mais uma vez tanto nas cenas de ação quanto nas de drama. O ator parece ter atingido sua maturidade. Até nas cenas engraçadas (engraçadas mesmo: De gargalhar!) ele manda bem.
Fez companhia a ele a ótima Tao Okamoto que nas cenas de romance esteve impecável. Rila Fukushima também esteve bem, em interpretação que de tão convincente nos faz torcer por participações em outros filmes. Já Svetlana Khodchenkova, como Víbora é apenas razoável.
A direção de James Mangold foi excepcional nas cenas mais calma e, digamos, apenas burocrática nas cenas de ação, mas nada que atrapalhasse o filme.
A crítica
Um filme bom, que vez por outra desliza na continuidade, mas que te prende por trazer um heroi atormentado que opta pela clausura em vez do "estrelato" de sua condição, e que, por isso, demonstrar ser quem ele é. Essa inconstante de Wolverine é, disparado, uma dos motivos que nos fazem gostar tanto dele e o filme foca exatamente nisso.
As cenas de ação são razoáveis, mas são compensadas pelo boa história. Eu gostei bastante e, de fato, é um filme para fãs mais atentos como também para fãs eventuais. É garantia de divertimento, podem confiar.
Recuperando a dignidade
Novo filme traz o heroi Wolverine de volta de onde nunca devia ter saído
Uma das premissas (se não a maior) de 'Wolverine: Imortal' era a de recuperar a imagem do heroi da Marvel, perdida após o péssimo 'X-Men Origens: Wolverine'. Para tanto, desta vez, a saga de John Logan ganhou novos ares (mais sombrios), novo foco e nova perspectiva. Desta vez a maior luta de Wolverine é contra ele mesmo, ou melhor, é do heroi imortal contra o homem mortal. Quem Logan quer ser? Este é o start para o filme.
A trama
Após matar Jean Grey (Famke Janssen) para salvar a humanidade por ela não conseguir controlar os poderes da Fênix, Logan (Hugh Jackman) decidiu abandonar de vez a vida de herói e passou a viver na selva, como um ermitão. Deprimido, ele é encontrado em um bar pela jovem Yukio (Rila Fukushima). Ela foi enviada a mando de seu pai adotivo, Yashida (Hal Yamanouchi), que foi salvo por Logan em Nagasaki, no Japão, na época em que a bomba atômica foi detonada.
Yashima deseja reencontrar Logan para fazer-lhe uma proposta: transferir seu fator de cura para ele, de forma que Logan possa, enfim, se tornar mortal e levar uma vida como uma pessoa qualquer. Ele recusa o convite, mas acaba infectado por Víbora (Svetlana Khodchenkova), uma mutante especializada em biologia que é também imune a venenos de todo tipo. Fragilizado, Logan precisa encontrar meios para proteger Mariko (Tao Okamoto), a neta de Yashida, que é alvo tanto de seu pai, Shingen (Hiroyuki Sanada) quanto da Yakuza, a máfia japonesa.
Um filme de Wolverine
O filme foi baseado na HQ "Eu, Wolverine", contudo, claro, ganhando as boas e velhas adaptações para o cinema. Segundo a galera fixada em quadrinhos o filme seguiu dignamente (não fielmente) a HQ, o que ganhou pontos a favor. Um dos motivos da escolha deste quadrinho em especial é exatamente o fato deste nos mostrar um Wolverine deprimido, solitário, perdido em si próprio com o fato de se saber (supostamente) imortal, além, é claro, de ser carrasco de seu grande amor Jean Grey.
Logo o filme é de Wolverine, contando a história de Wolverine e com os anseios e tristezas de Wolverine, em suma: É um filme sobre o Wolverine! O que é ótimo! Logan mostra-se vítima de sua condição e tal "maldição" aponta-se como os motivos por Wolverine assim o ser, um cara inconsequente, por vezes até cruel com seus inimigos, por mais que seu senso de justiça seja aguçado e por vezes inabalável.
Nota 10 de roteiro e nota 5 de aventura
É bacana termos um (bom) filme de heroi em que o protagonista tenha os mesmos anseios de um reles mortal. Tudo fica ainda mais interessante quando o problema do heroi é exatamente ele ser heroi. Havemos de admitir: Foi uma ideia bem sacada! Não que Wolverine não goste de lutar contra o mal e salvar pessoas, mas como tudo fica quando ele não consegue salvar a si mesmo? Como tudo fica quando ele se vê derrotado pelo tempo e pela ausência das pessoas que ama?
E tudo fica ainda melhor quando tais anseios nos são colocados de forma tranquila, natural, sem pieguismos e coisas do tipo. Não fosse as famigeradas garras do heroi não seria surpresa se esquecêssemos que se tratava de um filme de ação em algumas cenas.
Se é nota dez em roteiro, o filme peca no quesito aventura. Primeiro porque o roteiro precisa de uma senhora forçada para motivar as cenas de ação tipicamente hollywoodianas. Segundo porque, ali, nestas cenas, temos as mais graves lacunas da trama. Wolverine, de fato, fica "mortal". Então porque cargas d'águas o vilão (que era pra ser surpresa, mas até um garotinho de 5 anos saberia quem é) não aproveita da condição do heroi e não o mata? O Samurai de Prata, ao contrário dos quadrinhos, no filme, é um super robô, falha grave.
Elenco
Hugh Jackman excelente mais uma vez tanto nas cenas de ação quanto nas de drama. O ator parece ter atingido sua maturidade. Até nas cenas engraçadas (engraçadas mesmo: De gargalhar!) ele manda bem.
Fez companhia a ele a ótima Tao Okamoto que nas cenas de romance esteve impecável. Rila Fukushima também esteve bem, em interpretação que de tão convincente nos faz torcer por participações em outros filmes. Já Svetlana Khodchenkova, como Víbora é apenas razoável.
A direção de James Mangold foi excepcional nas cenas mais calma e, digamos, apenas burocrática nas cenas de ação, mas nada que atrapalhasse o filme.
A crítica
Um filme bom, que vez por outra desliza na continuidade, mas que te prende por trazer um heroi atormentado que opta pela clausura em vez do "estrelato" de sua condição, e que, por isso, demonstrar ser quem ele é. Essa inconstante de Wolverine é, disparado, uma dos motivos que nos fazem gostar tanto dele e o filme foca exatamente nisso.
As cenas de ação são razoáveis, mas são compensadas pelo boa história. Eu gostei bastante e, de fato, é um filme para fãs mais atentos como também para fãs eventuais. É garantia de divertimento, podem confiar.
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