Uma construção de memória, ligada ao Centro de
Vitória, mais especificamente à Rua Sete é a proposta da exposição
"Naquela Mesa" do artista plástico Thiago Arruda. Aberta para
visitação a partir do dia 6 de agosto na Galeria Homero Massena, em Vitória, a
mostra é composta por uma instalação de gravuras, produzidas a partir de
referências fotográficas e de relatos de captação de áudio. O conteúdo da
exposição carrega não só caráter pessoal, mas também uma espécie de
memória coletiva, com uma declaração de admiração ao tempo, às histórias,
amigos e à cadeira que está vazia, "naquela mesa", em questão.
Inspirado na canção de Sergio Bittencourt,
"Naquela Mesa", onde também homenageia seu pai Jacob do Bandolin, o
artista, por intermédio de gravuras, técnica que elegeu como fluxo de sua
produção, busca revisitar o Centro de Vitória um ano após o falecimento do seu
pai, pretendendo reencontrar os saudosos amigos de Glauco Arruda, e ocupando
novamente a cadeira que ficara vazia por mais de um ano. Arruda buscou nos
amigos de seu pai, historias sobre o Centro da capital, a convivência com o seu
pai e reviver algumas historias que ouvia aos domingos quando religiosamente o
visitava.
Os trabalhos expostos na exposição são
ocogravuras, processo parecido com a técnica calcogravura (gravura em Metal),
porém, o artista ao invés de utilizar chapas de metal, utiliza chapas de
plástico. Segundo Thiago Arruda gravuras são registros de passagem de algum
objeto sobre uma superfície, um vestígio de permanência. Assim como a lembrança
é o momento gravado na memória. "Os trabalhos são uma exposição pessoal,
contudo, carregados de um potencial de assimilação pelo expectador devido a sua temática."
Letra: Naquela Mesa - Sérgio Bittencourt
(1970)
Naquela
mesa ele sentava sempre
e me dizia
sempre o que é viver melhor
naquela
mesa ele contava histórias
que hoje
na memória eu guardo e sei de cor
naquela
mesa ele juntava gente
e contava
contente o que fez de manhã
e nos seus
olhos era tanto brilho
que mais
que seu filho
eu fiquei
seu fã.
eu não
sabia que doía tanto
uma mesa
num canto, uma casa e um
jardim
se eu
soubesse o quanto dói a vida
essa dor
tão doída, não doía assim
agora
resta uma mesa na sala
e hoje
ninguém mais fala no seu bandolim
naquela
mesa tá faltando ele
e a
saudade dele tá doendo em mim
naquela
mesa tá faltando ele
e a
saudade dele tá doendo em mim
agora
resta uma mesa na sala
e hoje
ninguém mais fala no seu bandolim
naquela
mesa tá faltando ele
e a
saudade dele tá doendo em mim
naquela
mesa tá faltando ele
e a
saudade dele tá doendo em mim
eu não
sabia que doía tanto
uma mesa
num canto, uma casa e um
jardim
se eu
soubesse o quanto dói a vida
essa dor
tão doída, não doía assim
agora
resta uma mesa na sala
e hoje
ninguém mais fala no seu bandolim
naquela
mesa tá faltando ele
e a
saudade dele tá doendo em mim
naquela
mesa tá faltando ele
e a
saudade dele tá doendo em mim
SERVIÇO
Exposição "Naquela Mesa", de Thiago
Arruda
Local: Galeria Homero Massena, Cidade Alta,
Vitória - ES
Visitação: 06 de agosto a 05 de outubro
De segunda a sexta-feira das 9 às 18 horas e
sábado das 13 às 18 horas.
Entrada franca
Contato: 3132-8395
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