Foram seis meses fechado para reparos nas
instalações hidráulica e elétrica, além de alvenaria, teto e pintura da
fachada. Mas a espera valeu. A reabertura do Museu de Arte do Espírito Santo
Dionísio Del Santo (MAES) será realizada nesta quinta-feira (01) com três
exposições simultâneas e novidades nas atividades cotidianas, como a abertura
da sua biblioteca para o público
Na exposição principal, realizada em parceria
com o SESC, obras de Rubem Gerchman com o tema "A Estética do Futebol e
Outras Imagens" traz 42 serigrafias do carioca falecido em 2008 e
consagrado mundialmente, mais duas instalações que dialogam com o tema das
artistas capixabas Maruzza Valdetero e Elisa Queiroz, falecida em 2011.
A outra exposição é "A Cor de Dionísio",
do artista Dionísio Del Santo, que dá nome ao MAES. São 12 gravuras onde o uso
da cor, marca fundamental na obra do artista, é explorado. E para completar,
uma exposição bibliográfica sobre artes visuais do acervo do MAES com o nome
"O Diverso do Acervo" levará ao público novas aquisições e obras
relacionadas às mostras apresentadas.
"A
Estética do Futebol e Outras Imagens" - Rubem Gershman, Maruzza Valdetero
e Elisa Queiroz
No Brasil, o universo do futebol, tão em voga
com a Copa das Confederações realizada este ano e o Mundial de 2014 no Brasil,
sempre foi exaustivamente abordado pela literatura nas penas de Nelson
Rodrigues, Otto Lara Resende, Lima Barreto, José Lins do Rego e Luis Fernando
Veríssimo e outros. O cinema, com os filmes de Ugo Giorgetti e a recente
cinebiografia de Heleno de Freitas, também lançaram luzes sobre o tema. Agora é
a vez de conhecer o olhar das artes plásticas, pelas serigrafias do consagrado
artista plástico Rubem Gershman, (1942-2008), e das instalações de Maruzza
Valdetaro e Elisa Queiroz (1969-2011).
As 42 serigrafias do carioca Gershman, artista
cuja trajetória ganhou repercussão internacional, estão reunidas sob o título
"A Estética do Futebol", com explosão de cores e movimento em
situações pertinentes a este universo esportivo e antropológico. Já Maruzza e
Elisa têm reapresentadas instalações que tratam de maneira lúdica a relação do
expectador com o universo estético dos gramados e da bola.
As cores
em Dionísio del Santo e o acervo bibliográfico do MAES
Para valorizar o acervo do próprio museu, a
reabertura do MAES também será abrilhantada com a exposição "A Cor de Dionísio"
com 12 gravuras do artista que dá nome ao museu. Ele é um dos artistas cujas
obras fazem parte do acervo de mais de 600 peças do MAES, como Nice Avanza,
Raphael Samu, Maurício Salgueiro e Elpídio Malaquias.
Outra novidade na noite de quinta-feira é a
exposição "O Diverso do Acervo", uma mostra de livros, catálogos e
periódicos relacionados às artes visuais. A partir de sexta-feira (02), o
acervo bibliográfico estará disponível para consultas do público, que será
orientado por um bibliotecário de plantão de terça a sexta-feira, de 9 às 13
horas e de 14 às 18 horas.
O MAES passa a ser aberto ao público de terça a
sexta-feira, de 9 às 18 horas, e sábados, domingos e feriados (exceto Natal e
Carnaval), de 10 às 17 horas.
Histórico
O Museu de Arte do Espírito Santo - Dionísio Del
Santo - MAES, Patrimônio Cultural do Estado do Espírito Santo, pertencente à
estrutura organizacional da Secretaria de Estado da Cultura (Secult). Está
sediado em um prédio tombado pelo patrimônio do Estado, que existe há mais de
80 anos. O prédio foi construído a partir do projeto arquitetônico do tcheco
Joseph Pitilick e concluído em 1925. Foi inaugurado no dia 18 de dezembro de
1998. Na ocasião foi feita uma homenagem ao artista que nomeou a instituição: o
capixaba Dionísio Del Santo.
Localizado no Centro de Vitória, capital do
Espírito Santo, o MAES já sediou no passado o "Serviços de
Melhoramentos", órgão responsável pelo planejamento urbanístico da cidade.
Posteriormente acolheu várias instituições públicas estaduais como o Diário
Oficial, setores da Secretaria de Administração e dos Recursos Humanos e a
Secretaria da Fazenda.
O prédio foi cedido ao Departamento Estadual de
Cultura (DEC) em 1987. Atendendo a uma antiga reivindicação que mobilizou intelectuais
e artistas capixabas, o DEC resolveu abrigar a sede de um museu no antigo
edifício. Em 1990, iniciou-se a reforma do edifício a partir do projeto das
Arquitetas Maria Cristina Coelho Duarte e Clemir Meneghel, com assessoria do
crítico de arte Paulo Herkenhoff e da museóloga Margareth de Moraes.
O Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio Del
Santo está técnica e fisicamente preparado para receber exposições nacionais e
internacionais, possuindo uma área expositiva com cinco salas e hall, distribuídos
em dois pisos, uma Biblioteca que tem aproximadamente 3.000 títulos na área de
artes plásticas, patrimônio e museologia, constando de livros, revistas,
catálogos, vídeos, DVDs e fotografias, além de um auditório com capacidade para
40 pessoas.
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