Você que gosta de boa música já tem uma opção certa de diversão nesta sexta em Vitória, pois a cantora Alaíde Costa homenageará ninguém mais, ninguém menos, do que o imortal poetinha Vinícius de Moraes. Saiba mais lendo a matéria completa.
Por Tiago Zanoli
Alaíde Costa presta homenagem a Vinicius de Moraes em show
A cantora se apresenta junto com o pianista Gilson Peranzzetta no Teatro do Sesi, em Vitória
A cantora se apresenta junto com o pianista Gilson Peranzzetta no Teatro do Sesi, em Vitória
Com uma seleção de canções de Vinicius de Moraes, celebrando o ano do
centenário de nascimento do Poetinha, a cantora Alaíde Costa se
apresenta nesta sexta-feira à noite, no Teatro do Sesi, em Vitória,
junto com o pianista Gilson Peranzzetta, dentro do projeto Luzes e
Aplausos. O show em homenagem ao cantor e compositor, nascido em 19 de
outubro de 1913, é minimalista – apenas piano e voz –, com belos
arranjos de Peranzzetta e a interpretação emotiva de Alaíde.
Em entrevista ao C2, a cantora disse que o espetáculo foi preparado em função do centenário, a fim de homenagear o artista que, além de amigo, foi parceiro seu em duas composições: “Tudo o que É Meu”, gravada por ela em 1965, e “Amigo Amado”, composta no início dos anos 60, mas gravada por ela somente em 1973. Esta última, aliás, está no repertório do show desta sexta.
“A maior parte dessas canções eu já venho cantando ao longo dos anos, então já as conheço bem. Só uma única música precisei aprender, ‘Onde Anda Você’, parceria do Vinicius com o Toquinho. Eu já conhecia a canção, mas nunca havia pensado em cantá-la um dia”, afirma.
A escolha do repertório também privilegiou o “lado B” da obra de Vinicius de Moraes. “Ao contrário do que fazem muitos cantores, eu procurei montar um repertório que saísse por exemplo do universo de Tom (Jobim) e Vinicius, com as canções mais conhecidas dele. Fui por outro caminho, e pretendo cantar músicas que muita gente nunca ouviu falar. Mas também vou interpretar algumas mais conhecidas, como ‘Insensatez’ e ‘Primavera’.”
Amizade
A aproximação entre a cantora e Vinicius de Moraes aconteceu em 1959. O violonista Baden Powell a procurou para dizer que o Poetinha havia escutado a cantora, gostado muito e tinha interesse em conhecê-la pessoalmente. “Foi Baden quem fez o convite para eu ir à casa de Vinicius, e assim nos conhecemos”, recorda-se Alaíde.
Pouco tempo depois, ela começou a ter aulas de piano com o maestro Moacir Santos (1926-2006), que também foi parceiro de Vinicius. Alaíde não tinha piano e morava no subúrbio, longe da casa do professor, e foi essa dificuldade que a aproximou ainda mais de Vinicius.
“Ele tinha um piano em casa e o ofereceu para eu estudar lá. Eu saía da casa do Moacir, que era perto da de Vinicius, e ficava lá estudando, tocando, compondo. No dia seguinte, antes da aula, às vezes passava na casa dele para tocar mais um pouco. Eu vivia cantarolando e tocando, até que um dia ele me fez uma surpresa: me mostrou letras que ele fez para duas canções que tinha me ouvido cantarolar.”
Pouco tempo depois, no entanto, a cantora parou de estudar piano na casa do amigo. “Eu ganhei um piano e não precisei mais ficar lá. Na verdade, foi o piano do Moacir, que se mudou para os Estados Unidos e me ofereceu o piano. Eu não tinha condições de comprá-lo, então ele propôs ao Vinicius comprar o piano, para que eu pudesse ir pagando aos poucos. Toda vez que encontrava o Vinicius, eu dizia, sem graça, que não tinha dinheiro ainda para pagar. Estava no início da minha carreira, não ganhava muito. Aí um dia ele disse para eu parar de falar do piano, que o piano era meu, de presente (risos).”
Dupla
É a segunda vez que Alaíde se apresenta ao lado de Peranzzetta em Vitória. Em dezembro de 2009, os dois apresentaram no extinto Spírito Jazz o show “Um Tributo a Dolores Duran”, que trouxe uma canção nunca antes gravada por Duran, e que Alaíde registrou em sua memória desde que a ouviu num show em 1959.
A dupla também já trabalhou junta em CD, quando Peranzzetta produziu “Tudo que o Tempo me Deixou” (2005), com o qual Alaíde ganhou o Prêmio Rival BR de melhor cantora e concorreu ao Grammy Latino de música romântica. “Faz muitos anos que trabalhamos juntos, mas não é com frequência, porque ele tem o trabalho dele e participa de vários projetos.”
Projeto Luzes e Aplausos
Show com Alaíde Costa e Gilson Peranzzetta
Quando: sexta, às 21 horas
Onde: Teatro do Sesi, Rua Tupinambás, 242, Jardim da Penha, em Vitória
Entrada: R$ 15 (meia) e R$ 30 (inteira), à venda na bilheteria, de segunda a sexta, das 9h às 18h e no site greenticketbrasil.com.br
Informações: (27) 3334-7300
Em entrevista ao C2, a cantora disse que o espetáculo foi preparado em função do centenário, a fim de homenagear o artista que, além de amigo, foi parceiro seu em duas composições: “Tudo o que É Meu”, gravada por ela em 1965, e “Amigo Amado”, composta no início dos anos 60, mas gravada por ela somente em 1973. Esta última, aliás, está no repertório do show desta sexta.
“A maior parte dessas canções eu já venho cantando ao longo dos anos, então já as conheço bem. Só uma única música precisei aprender, ‘Onde Anda Você’, parceria do Vinicius com o Toquinho. Eu já conhecia a canção, mas nunca havia pensado em cantá-la um dia”, afirma.
A escolha do repertório também privilegiou o “lado B” da obra de Vinicius de Moraes. “Ao contrário do que fazem muitos cantores, eu procurei montar um repertório que saísse por exemplo do universo de Tom (Jobim) e Vinicius, com as canções mais conhecidas dele. Fui por outro caminho, e pretendo cantar músicas que muita gente nunca ouviu falar. Mas também vou interpretar algumas mais conhecidas, como ‘Insensatez’ e ‘Primavera’.”
Amizade
A aproximação entre a cantora e Vinicius de Moraes aconteceu em 1959. O violonista Baden Powell a procurou para dizer que o Poetinha havia escutado a cantora, gostado muito e tinha interesse em conhecê-la pessoalmente. “Foi Baden quem fez o convite para eu ir à casa de Vinicius, e assim nos conhecemos”, recorda-se Alaíde.
Pouco tempo depois, ela começou a ter aulas de piano com o maestro Moacir Santos (1926-2006), que também foi parceiro de Vinicius. Alaíde não tinha piano e morava no subúrbio, longe da casa do professor, e foi essa dificuldade que a aproximou ainda mais de Vinicius.
“Ele tinha um piano em casa e o ofereceu para eu estudar lá. Eu saía da casa do Moacir, que era perto da de Vinicius, e ficava lá estudando, tocando, compondo. No dia seguinte, antes da aula, às vezes passava na casa dele para tocar mais um pouco. Eu vivia cantarolando e tocando, até que um dia ele me fez uma surpresa: me mostrou letras que ele fez para duas canções que tinha me ouvido cantarolar.”
Pouco tempo depois, no entanto, a cantora parou de estudar piano na casa do amigo. “Eu ganhei um piano e não precisei mais ficar lá. Na verdade, foi o piano do Moacir, que se mudou para os Estados Unidos e me ofereceu o piano. Eu não tinha condições de comprá-lo, então ele propôs ao Vinicius comprar o piano, para que eu pudesse ir pagando aos poucos. Toda vez que encontrava o Vinicius, eu dizia, sem graça, que não tinha dinheiro ainda para pagar. Estava no início da minha carreira, não ganhava muito. Aí um dia ele disse para eu parar de falar do piano, que o piano era meu, de presente (risos).”
Dupla
É a segunda vez que Alaíde se apresenta ao lado de Peranzzetta em Vitória. Em dezembro de 2009, os dois apresentaram no extinto Spírito Jazz o show “Um Tributo a Dolores Duran”, que trouxe uma canção nunca antes gravada por Duran, e que Alaíde registrou em sua memória desde que a ouviu num show em 1959.
A dupla também já trabalhou junta em CD, quando Peranzzetta produziu “Tudo que o Tempo me Deixou” (2005), com o qual Alaíde ganhou o Prêmio Rival BR de melhor cantora e concorreu ao Grammy Latino de música romântica. “Faz muitos anos que trabalhamos juntos, mas não é com frequência, porque ele tem o trabalho dele e participa de vários projetos.”
Projeto Luzes e Aplausos
Show com Alaíde Costa e Gilson Peranzzetta
Quando: sexta, às 21 horas
Onde: Teatro do Sesi, Rua Tupinambás, 242, Jardim da Penha, em Vitória
Entrada: R$ 15 (meia) e R$ 30 (inteira), à venda na bilheteria, de segunda a sexta, das 9h às 18h e no site greenticketbrasil.com.br
Informações: (27) 3334-7300
Retirado integralmente de A Gazeta
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