Ele está de volta! O heroi John Logan está volta aos cinemas com 'Wolverine: Imortal' novo filme sobre o mutante que tem como principal intuito apagar a má impressão deixada pelo filme anterior 'X Men Origens: Wolverine'. Saiba mais lendo a matéria completa.
Por Rafael Braz
Em novo filme, Wolverine vai ao Japão para se tornar mortal
Longa estreia sexta-feira com a missão de resgatar a reputação do personagem
Longa estreia sexta-feira com a missão de resgatar a reputação do personagem
No Brasil, uma das peças promocionais de “Wolverine: Imortal” traz a
seguinte frase estampada: “Alguns erros cometemos apenas uma vez”.
Dirigido por James Mangold (“Johnny & June”), o filme que estreia
nesta sexta-feira tem justamente a obrigação de não repetir os equívocos
do medíocre “X-Men Origens: Wolverine” (2009), de Gavin Hood, que
colecionou críticas negativas e teve uma versão inacabada “vazada” na
internet três meses antes do lançamento oficial.
Sem versões piratas circulando por aí e com os envolvidos no filme cientes de que apenas o carisma do personagem não basta para segurar uma obra, o novo “Wolverine” (com seu desnecessário subtítulo em português) se leva mais a sério e se esforça para dar aos fãs o que eles esperam do herói.
Sem versões piratas circulando por aí e com os envolvidos no filme cientes de que apenas o carisma do personagem não basta para segurar uma obra, o novo “Wolverine” (com seu desnecessário subtítulo em português) se leva mais a sério e se esforça para dar aos fãs o que eles esperam do herói.
Quadrinhos
De cara, o roteiro já resgata personagens e elementos de alguns arcos clássicos do personagem nas histórias em quadrinhos, como sua passagem pelo Japão nas tramas da dupla Frank Miller e Chris Claremont.
Na prática, o filme funciona como uma continuação direta de “X-Men: O Confronto Final” (2006), de Brett Ratner, e tem início com Logan (Hugh Jackman) vivendo como um ermitão nas gélidas montanhas do Canadá. Barbudo e com cabelos grandes, o herói se culpa pela morte de sua amada Jean Grey (Famke Janssen), no clímax do filme de 2006. Para evitar inevitáveis novas perdas, ele escolhe o isolamento, para que apenas ele tenha que lidar com sua imortalidade.
O ponto de mudança acontece quando Yukio (Rila Fukushima) cruza o caminho de Logan. Ela foi enviada por Yashida (Hal Yamanouchi), um velho moribundo, que, ao menos em teoria, pretende agradecer ao mutante por ter salvo sua vida durante a Segunda Guerra (momento que público acompanha em um empolgante flashback do ataque nuclear a Nagasaki). A retribuição por Logan ter salvo sua vida seria justamente tirar dele o fardo de sua imortalidade e, assim, garantir a ele uma vida normal.
Por misturar ambientes urbanos, como Tóquio, a outros que remetem aos tempos feudais, o Japão é um excelente cenário para a ação de “Wolverine: Imortal”. Além disso, cercado de novos personagens, Logan ganha a oportunidade de se reinventar e se afastar ainda mais do filme de 2009.
Na pele do herói pela sexta vez, Hugh Jackman mostra sua habitual entrega. Na verdade, é até difícil, hoje, imaginarmos outro ator na pele do mutante. O ator passa a intensidade necessária ao papel. Mesmo sofrendo, Wolverine sabe que é o “melhor naquilo que faz”.
Mas é claro que, em meio a todo drama existencial do filme, há espaço – e muito – para empolgantes sequências de ação. Mesmo que algumas cenas grandiosas se destaquem, é bom perceber que Mangold não se limitou a elas; os melhores combates no filme são, sem dúvida, aqueles acompanhados de perto. Lutando contra hordas de ninjas (que deixam tudo mais legal) em excelentes coreografias, Jackman utiliza alguns movimentos e golpes eternizados nos quadrinhos.
O filme só perde força, curiosamente, quando os principais vilões surgem em cena. Viper (Sveltana Khodchenkova), ou Madame Hydra, é rasa e não possui motivações convincentes. Já o Samurai de Prata (um brinde para os fãs) não agrada pelo uso excessivo de computação gráfica.
Apesar da queda de qualidade no terceiro ato, “Wolverine: Imortal” é um filme que merece ser visto e que deve agradar aos fãs do herói. A mistura de quadrinhos e cinema funciona bem e, mesmo que não chegue ao nível de qualidade de “X-Men: Primeira Classe” (2011), prepara, mesmo que de maneira discreta (não perca a cena pós-créditos) o terreno para “X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido”, que será lançado no ano que vem.
Wolverine: Imortal
Ação. (The Wolverine, EUA, 2013). Direção: James Mangold. Elenco: Hugh Jackman, Rila Fukushima, Svetlana Khodchenkova, Will Yun Lee, Hal Yamanouchi.
Estreia nesta sexta-feira.
Cotação:***
Retirado integralmente de A Gazeta
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