O trabalho de Wilson Coelho trata-se de uma investigação sobre o valor e o
significado da palavra em
Antonin Artaud , desde a maneira como a utiliza em sua obra
literária até o teatro, tanto como dramaturgo quanto como encenador, passando
pelo cinema, cartas, desenhos e suas tentativas de teorizar a respeito da
linguagem artística. Para além de uma pesquisa da obra, também há uma abordagem
sobre sua postura frente ao mundo como um homem que coloca o próprio corpo na
fogueira de suas indagações. Apesar de o poema Ci-Gît estar colocado como tema
de referência para a pesquisa, outros textos também são, de certa forma,
analisados, na medida em que interessam na fundamentação e esclarecimento de
como Artaud persegue uma poética para além da limitação e particularização da
arte dividida em gêneros, estilos e categorias. Não se trata de uma visão
mitificadora ou mistificadora de Artaud, mas - muito pelo contrário - a sua
humanização, não no sentido do humano idealizado, mas do homem que se faz
humano a partir do gesto de existir existindo, ou seja, transcendendo o mero
fato de haver nascido e ser compreendido ou aceito como homem a partir de
definições sócio-biológicas.
"Wilson Coêlho realiza um trabalho prospectivo, como bom espeleólogo,
afeito à rarefação e à profundidade, nas jazidas intermináveis de Antonin
Artaud. Integra, portanto, a alta linhagem da reflexão artaudiana em nosso
país, aberta por Nise da Silveira e Rubens Corrêa. Ligado à práxis da Casa de
Dioniso, Wilson Coêlho é também Auditor Real do Colégio de Patafísica de Paris,
promovido recentemente a Comendador Exquis e condecorado com a comenda
tarahumara voluntário. Títulos que espelham sua longa amizade com Fernando
Arrabal e explicam o segredo da combinação - ou parte dele - para atingir
outras camadas do mundo artaudiano", revela Marco Lucchesi, da Academia Brasileira de Letras. Confira!
SERVIÇO
Wilson Coelho
17h de 20 de julho
Aliança Francesa
Rua Alaor Queiroz de Araújo, 200
Vitória-ES
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