Em
2013, o cantor, compositor (e vocalista da banda Solana) Juliano Gauche apareceu
em um ótimo tributo, o “Coitadinha, Bem Feito” com
canções da Angela Ro Ro, fazendo uma boa versão de “A Mim e a Mais Ninguém”. Agora, radicado em São
Paulo, ele lança, de forma independente, seu primeiro álbum solo, que leva seu
nome. No ES, além de cantar no grupo Solana, o artista também participou de grupos em homenagens a Sérgio Sampaio, Raul Seixas, entre outros.
Em Sampa, ele começa a dar as caras. Sua voz peculiar pode ser conferida no lançamento do mais recente
álbum “Expassos”, do grupo Vitrola Sintética, onde fez uma participação
especial na faixa “Terno”, mostrando todo o seu potencial e ratificando o que
se diz de sua voz e performance. No contexto da cena paulistana, Juliano está
muito bem acompanhado por Junior Boca e Tatá Aeroplano (produtores deste disco),
Peri Pane e Gustavo Galo (da Trupe Chá de Boldo). Todos eles acrescentam suas
próprias características – sutis ou intensas, delicadas ou carregadas de fortes
emoções – nas nove canções do álbum.
Canções
como “Cuspa, Maltrate e Ofenda”,
tema que abre o cd com atmosfera sonora oitentista, “Contando os Dias”
e “Isto” surgem
densas, nem sempre apontando para a alegria, porém sem resvalar no banal ou na
total infelicidade. Já a redenção se faz presente em números “Como a Falta de Ar”
ou “Deixa Essa Porra Prá Lá“,
música que fecha bem o disco e deixa claro que no universo do compositor
as coisas parecem ter salvação.
Desde os tempos de Solana, percebe-se que Juliano
canta muito bem, nos mais variados estilos. Neste álbum, isso fica mais nítido. Há algo de
introspecção. Há algo de místico. Há algo oculto. Cada um vai sentir isso de
uma maneira muito particular. A cada play, um aspecto antes desconhecido
emerge. Só baixando e ouvindo pra “ver”. Da série “discos para degustar”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário