Izabela Bravin, 18, capixaba e canela verde, ateia, vegetariana,
feminista, simpatizante do comunismo, cursa filosofia na UFES, adora chás e
cafés amargos, gosta de andar pelada em casa, faz bolo aos domingos e morre de
vergonha do que escreve. Confira, abaixo, o poema “Da ansiedade”:
DA
ANSIEDADE
Quanto tempo eu passo,
A caminho de nunca em
nunca com
Mas a caminho de
Alguém me ensina?
a viver o agora?
a viver o agora?
espero, espero,
o amanhã, o próximo pagamento, a próxima
menstruação,
a próxima aula, que ela acabe, a avaliação.
Eu vivo esperando,
outros tomam remédio.
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