terça-feira, 6 de agosto de 2013

CRÍTICA DO FILME 'OS SMURFS 2'

Mais uma aventura dos seres azuizinhos mais queridos do cinema chega às nossas telonas. 'Os Smurfs 2' estreou neste fim de semana passado e a equipe do Outros 300 esteve lá para fazer a análise do filme. Confira-a abaixo.

Os Smurfs 2

Proibido para maiores de 18 anos
Filme foca nas crianças para alavancar bilheterias

Segundo filme da trilogia que os produtores da Sony Pictures prometem fazer, a segunda parte de 'Os Smurfs' distanciou-se bastante da primeira. Não em relação à história, mas em relação a seu alvo. Se no primeiro filme da franquia houve um equilíbrio entre o foco nos adultos saudosos e nas crianças que recém descobririam os seres azuis, neste filme o foco é somente, e tão somente, na molecada. Logo, se você tem mais de 18 anos o filme não é recomendado para você!

A trama

Para conseguir dominar o mundo (sim, o objetivo de sempre), Gargamel (Hank Azaria) tenta extrair a essência dos pequenos azuis usando Smurfette que prestes a completar aniversário entra em crise de identidade por ter nascido de uma receita mágica do vilão. Os dois acabam chegando em Paris e, para salvar a jovem, Papai Smurf e mais três companheiros contam com a ajuda da família de Patrick Winslow (Neil Patrick Harris).

História igual...

Eis um dos primeiros graves problemas do filme: A história. Ela é praticamente idêntica a do primeiro filme. A dispor: Os Smurfs estão tranquilos lá na sua aldeia. Um deles é sequestrado. Eles tem de vir para uma cidade do nosso mundo... Repararam? Igualzinho ao primeiro filme! Ah, esqueci, não é mais Nova Iorque, é Paris agora a cidade a qual os azuizinhos vão. Puxa, agora sim, quanta diferença...  

Foco diferente.

Pois é. O problema na história acontece, pois o foco a qual o público do filme se destina mudou. Os produtores deixaram os saudosos fãs adultos de lado (o que explica a pouca exploração da aldeia dos Smurfs, por exemplo), e foca tão somente nas crianças. Mais: Foca nas crianças que assistiram ao primeiro filme da saga, pois algumas licenças em relação a história original continuam lá, firmes e fortes.

Daí chegamos ao segundo grave problema. Porque os produtores de cinema insistem em achar que nossas crianças são idiotas? Será que seres bonitinhos peidando, arrotando e batendo a cabeça em coisa é o suficiente para animar a molecada? Pois é isso que o filme está recheado. A história investe pesado em tombos, arrotos, peidos e todo tipo de humor físico que provoque na criança o riso fácil. Até funciona, mas não dá vontade de ir ao cinema ver a terceira parte da saga.

A crítica

Aliás, que saga? Não há uma disposição a saber de qual história primária o filme segue. Não há sequencias. Mesmo assim o filme vale especialmente para a criançada, mas só por diversão mesmo. Foi estranho essa reviravolta no foco de público a qual a Sony dispôs, uma vez que a fórmula do primeiro filme tinha dado tão certo. Uma pena.

Pelo menos Hank Azaria mandou muito bem como Gargamel, tendo sempre uma cena engraçadíssima a tira colo. É claro que um filme para as crianças e um personagem evidentemente caricato ajudaram. Mas se analisarmos que Neil Patrick Harris também teve essa possibilidade e a desperdiçou, podemos sim dar méritos a Azaria.

Muita gente não vai nem curtir a voz da Kate Perry como Smurfette, pois acredito que a molecada queira ver o filme dublado. O 3D é pura balela e não acrescenta em nada (só no valor do ingresso) ao filme. Enfim, vale atenção para o título: É um filme pra crianças. Só o veja se estiver acompanhado de uma.

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