Mais uma aventura dos seres azuizinhos mais queridos do cinema chega às nossas telonas. 'Os Smurfs 2' estreou neste fim de semana passado e a equipe do Outros 300 esteve lá para fazer a análise do filme. Confira-a abaixo.
Proibido para maiores de 18 anos
Filme foca nas crianças para alavancar bilheterias
Segundo filme da trilogia que os produtores da Sony Pictures prometem fazer, a segunda parte de 'Os Smurfs' distanciou-se bastante da primeira. Não em relação à história, mas em relação a seu alvo. Se no primeiro filme da franquia houve um equilíbrio entre o foco nos adultos saudosos e nas crianças que recém descobririam os seres azuis, neste filme o foco é somente, e tão somente, na molecada. Logo, se você tem mais de 18 anos o filme não é recomendado para você!
A trama
Para conseguir dominar o mundo (sim, o objetivo de sempre), Gargamel (Hank Azaria)
tenta extrair a essência dos pequenos azuis usando Smurfette que
prestes a completar aniversário entra em crise de identidade por ter
nascido de uma receita
mágica do vilão. Os dois acabam chegando em Paris e, para salvar a
jovem, Papai Smurf e mais três companheiros contam com a ajuda da
família de Patrick Winslow (Neil Patrick Harris).
História igual...
Eis um dos primeiros graves problemas do filme: A história. Ela é praticamente idêntica a do primeiro filme. A dispor: Os Smurfs estão tranquilos lá na sua aldeia. Um deles é sequestrado. Eles tem de vir para uma cidade do nosso mundo... Repararam? Igualzinho ao primeiro filme! Ah, esqueci, não é mais Nova Iorque, é Paris agora a cidade a qual os azuizinhos vão. Puxa, agora sim, quanta diferença...
Foco diferente.
Pois é. O problema na história acontece, pois o foco a qual o público do filme se destina mudou. Os produtores deixaram os saudosos fãs adultos de lado (o que explica a pouca exploração da aldeia dos Smurfs, por exemplo), e foca tão somente nas crianças. Mais: Foca nas crianças que assistiram ao primeiro filme da saga, pois algumas licenças em relação a história original continuam lá, firmes e fortes.
Daí chegamos ao segundo grave problema. Porque os produtores de cinema insistem em achar que nossas crianças são idiotas? Será que seres bonitinhos peidando, arrotando e batendo a cabeça em coisa é o suficiente para animar a molecada? Pois é isso que o filme está recheado. A história investe pesado em tombos, arrotos, peidos e todo tipo de humor físico que provoque na criança o riso fácil. Até funciona, mas não dá vontade de ir ao cinema ver a terceira parte da saga.
A crítica
Aliás, que saga? Não há uma disposição a saber de qual história primária o filme segue. Não há sequencias. Mesmo assim o filme vale especialmente para a criançada, mas só por diversão mesmo. Foi estranho essa reviravolta no foco de público a qual a Sony dispôs, uma vez que a fórmula do primeiro filme tinha dado tão certo. Uma pena.
Pelo menos Hank Azaria mandou muito bem como Gargamel, tendo sempre uma cena engraçadíssima a tira colo. É claro que um filme para as crianças e um personagem evidentemente caricato ajudaram. Mas se analisarmos que Neil Patrick Harris também teve essa possibilidade e a desperdiçou, podemos sim dar méritos a Azaria.
Muita gente não vai nem curtir a voz da Kate Perry como Smurfette, pois acredito que a molecada queira ver o filme dublado. O 3D é pura balela e não acrescenta em nada (só no valor do ingresso) ao filme. Enfim, vale atenção para o título: É um filme pra crianças. Só o veja se estiver acompanhado de uma.
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