"Um Jaspion modernizado" é assim que podemos entender a ideia do filme 'Círculo de Fogo' que estreia neste fim de semana em nossos cinemas. Dirigido pelo cineasta Guillermo Del Toro, o longa promete muita ação e divertimento. Saiba mais sobre o filme lendo a matéria completa.
Por Rafael Braz
'Círculo de Fogo' homenageia séries japonesas de super-herói
Longa traz robôs gigantes como a última esperança da Terra, invadida por monstros
Longa traz robôs gigantes como a última esperança da Terra, invadida por monstros
Durante as décadas de 1970 e 80, a América Latina sofreu uma grande
invasão da cultura pop oriental; foi quando as chamadas tokusatsus,
séries de heróis japoneses, chegaram por aqui. De “National Kid” a
“Jaspion” e “Esquadrão Relâmpago Changeman”, passando por toda família
Ultra (“Ultraman”, “Ultraseven”) e “Spectreman”, as toscas produções
fizeram parte da formação cultural de várias gerações.
Nascido em 1964, o cineasta mexicano Guillermo Del Toro era um dos jovens que devoravam esses seriados. Seu aguardado novo filme, “Círculo de Fogo”, que estreia sexta-feira nos cinemas do Estado, é a maior prova disso.
Na trama, que se passa no ano de 2025, a humanidade está no sétimo ano de guerra contra os kaiju, monstros gigantes que emergiram de uma fenda no fundo do Oceano Pacífico. Mesmo com seus próprios monstros para combater as criaturas – os poderosos robôs jaegers –, a vida humana na Terra pode estar com os dias contados.
Nesse cenário, o traumatizado ex-piloto Raleigh Beckett (Charlie Hunnam, de “Sons of Anarchy”) é chamado de volta ao serviço para trabalhar com a inexperiente copiloto Mako Mori (Rinko Kikuchi). A dupla une seus esforços aos do louco cientista Newton Geizler (Charlie Day) e aos de Hannibal Chau (Ron Pearlman), um sujeito que ganha a vida vendendo órgãos de monstros no mercado negro.
Grandiosidade
Como era de se esperar de um filme em que monstros gigantes enfrentam robôs igualmente enormes, tudo em “Círculo de Fogo” é grandioso. Ao contrário do que acontece em filmes como “Transformers”, nos quais os robôs são praticamente ninjas de metal, os Jaegers são lentos e pesados, criando uma nova dinâmica para as sequências de combate.
Nascido em 1964, o cineasta mexicano Guillermo Del Toro era um dos jovens que devoravam esses seriados. Seu aguardado novo filme, “Círculo de Fogo”, que estreia sexta-feira nos cinemas do Estado, é a maior prova disso.
Na trama, que se passa no ano de 2025, a humanidade está no sétimo ano de guerra contra os kaiju, monstros gigantes que emergiram de uma fenda no fundo do Oceano Pacífico. Mesmo com seus próprios monstros para combater as criaturas – os poderosos robôs jaegers –, a vida humana na Terra pode estar com os dias contados.
Nesse cenário, o traumatizado ex-piloto Raleigh Beckett (Charlie Hunnam, de “Sons of Anarchy”) é chamado de volta ao serviço para trabalhar com a inexperiente copiloto Mako Mori (Rinko Kikuchi). A dupla une seus esforços aos do louco cientista Newton Geizler (Charlie Day) e aos de Hannibal Chau (Ron Pearlman), um sujeito que ganha a vida vendendo órgãos de monstros no mercado negro.
Grandiosidade
Como era de se esperar de um filme em que monstros gigantes enfrentam robôs igualmente enormes, tudo em “Círculo de Fogo” é grandioso. Ao contrário do que acontece em filmes como “Transformers”, nos quais os robôs são praticamente ninjas de metal, os Jaegers são lentos e pesados, criando uma nova dinâmica para as sequências de combate.
Conhecido como um excelente designer de produção, o cineasta mexicano traz um universo riquíssimo para as telas, como já fez em “Labirinto do Fauno” (2006) e “Hellboy 2: O Exército Dourado” (2008). Uma de suas boas sacadas foi fazer com que cada Jaeger tivesse características diferentes, que fazem referência ao país de origem deles. Assim, o russo Cherno Alpha é simples, mas confiável, enquanto o americano Gipsy Danger já viu dias melhores, mas ainda é poderoso. O design dos kaiju também é inteligente, com cada um utilizando suas características físicas como armas de batalha.
Quebra-quebra
O foco do filme, claro, são os monstruosos (com o perdão do trocadilho) combates entre kaijus e jaegers, que utilizam mísseis, espadas gigantes e golpes especiais, para despertar uma empolgação adolescente no espectador.
Os combates são viscerais e exploram ao máximo a computação gráfica atual. As tomadas, até longas para filmes do gênero, surpreendem o público, que se pega sentindo a “dor” dos robôs a cada golpe recebido por eles.
Para não “perder tempo”, com desenvolvimento de personagem, Del Toro cria uma conexão neural entre os pilotos dos jaegers, que, de tão grandes, precisam ter um controlador para cada hemisfério. Assim, no momento em que os pilotos são conectados, eles passam a se conhecer profundamente, enquanto o espectador, por sua vez, conhece o passado e as motivações dos dois.
É impossível, claro, não lembrar de monstros como Godzilla, mas a estrutura de trabalho em equipe faz referências diretas às séries de equipe, como a já citada “Changeman”. “Círculo de Fogo” tem suas falhas, principalmente no lado humano da trama, mas a qualidade técnica e a empolgação gerada pelos combates fazem com que elas fiquem mesmo em segundo plano. No fim, a homenagem de Guillermo Del Toro às séries que marcaram sua infância não poderia ser melhor.
Círculo de fogo
Ação. (Pacific Rim, EUA, 2013)
Direção: Guillermo Del Toro
Elenco: Charlie Hunnam, Rinko Kikuchi, Ron Perlman, Charlie Day, Idris Elba, Diego Klattenhoff, Burn Gorman, Robert Kazinsky
Estreia nesta sexta-feira
Cotação: ****
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