segunda-feira, 13 de julho de 2015

CRÍTICA DO PROGRAMA SUPERSTAR 2015

Acabou neste domingo (12) a segunda edição do programa Superstar com a vitória da dupla Lucas e Orelha. Confira nossas impressões acerca do programa e da vitória dos garotos da Bahia.

Por Sandro Bahiense


Um serviço que o povo não quer
Espaço raro e importantíssimo para a nova música brasileira não atrai grande massa brasileira

Fujamos do lugar comum. Comum é lermos críticas e mais críticas à Rede Globo, tratada (com certa verdade em alguns momentos, admitamos), como uma empresa fria, apegada aos lucros e a seus interesses e que, na maioria das vezes, traz desserviços a população brasileira com uma programação quase sempre voltada só a audiência, pouco importando a qualidade do que é exibido.

Uma exceção é o programa Superstar, atração que visa apresentar novas bandas, julgadas, ao vivo pelo próprio público. O que deixa o programa ainda mais interessante, é o fato da grande maioria dos grupos trazer músicas autorais.

Alguém mais exigente dirá que temos muitos e mais eficazes opções para descobrirmos novos talentos, mas convenhamos, a grande população brasileira não tem lá muito interesse em buscar tais grupos. Logo, uma atração como essa na TV aberta brasileira, na maior emissora do país, é um oásis em meio a programas de segunda categoria.

Contudo, apesar dessa benesse, a população brasileira não parece se importar muito com isso. Pouco é o apelo popular e, à galope, a audiência também não é das mais animadoras. Não por acaso que o programa tem como concorrentes poucos artistas de ritmos populares atuais como sertanejos, funkeiros ou pagodeiros.

A despeito disso, porém, na segunda edição do programa uma dupla de "quase" funkeiros venceu. Lucas e Orelha formavam uma dupla que invariavelmente bebia na fonte do ritmo, com direito a duas apresentações regadas a covers da Anitta, por exemplo. Porém, apesar disso, a dupla se mostrava com um bom conteúdo, especialmente quando expunha suas próprias composições. A maioria romântica, ou com temática de relações típicas dos jovens e adolescentes (a dupla é composta por um guri de 19 e outro de 17 anos). 

Vale ressaltar que o conteúdo da dupla não é nenhum primor melódico ou poético, mas dentro do cenário musical atual do país, dá pra dizer que os meninos estão acima da média em seu segmento.


Os favoritos eram os meninos do Scalene (foto acima), boa banda de rock, que se valia de belas melodias em suas canções, e de letras razoavelmente inteligentes. Havia, porém, uma evidente superestimação quanto ao trabalho do grupo, tratando-os com mais reverência do que mereciam.

Em um apanhado geral bons grupos passaram pelo programa que vale um esforço geral para ser mantido mantido no ar, pois é uma das raras boas opções musicais na TV aberta.  

   

Nenhum comentário:

Postar um comentário