quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

PROGRAMAÇÃO CINE JARDINS – 01 A 07 DE FEVEREIRO DE 2013


O Cine Jardins é um cinema especializado em arte cinematográfica. Com uma programação selecionada que preza pela qualidade, o conteúdo e a diversidade, exibe as melhores produções cinematográficas realizadas ao redor do mundo, premiadas em festivais internacionais e distinguidos pelo trabalho de direção ou trajetória no circuito alternativo de cinema. Confira, abaixo, a ótima programação:

- O Som Ao Redor (Idem – Brasil, 2012 – 131 min.) – ESTRÉIA!

Drama – Classificação 16 anos – todos os dias – 18h45

Quarta (06/02) não haverá sessão!

Vencedor de premiações de melhor filme nos festivais de cinema do Rio, São Paulo, Salvador, Gramado, Copenhague, Roterdã, Polônia e Sérvia, o longa metragem de estréia do diretor pernambucano Kleber Mendonça Filho tem arrebatado o público onde é exibido. O filme retrata o cotidiano dos moradores de uma rua de classe média da zona sul do Recife. Daqueles lugares que passamos de carro e percebemos de relance edifícios misturados a algumas poucas casas resistentes e empregados levando os totós das madames pelo passeio arborizado. É neste universo corrente e, ao mesmo tempo, ignorado - lugar cuja arquitetura resume-se a barrar o elemento externo e proteger quem está dentro - que Mendonça Filho nos propõe explorar em “O Som ao Redor”.
Nota do Jornal O Globo (crítica Consuelo Lins): * * * * * (Excelente)

- As Aventuras de Pi (Life of Pi – EUA, 2012 – 129 min.)

Drama – Classificação Livre – todos os dias – 21h05 (LEG) / 16h35 (DUB)

Terça (05/02) não haverá a sessão de 21h05!

Com 11 indicações nesta edição do Oscar, incluindo Melhor filme e Melhor diretor, o novo filme do premiado diretor Ang Lee (“O tigre e o dragão”, “Brokeback Mountain”) narra a história de um menino indiano chamado Pi (Suraj Sharma/ Irrfan Khan), filho de um tratador de zoológico, que se encontra na companhia de uma hiena, uma zebra, um orangotango e um tigre de bengala, todos náufragos à deriva no Oceano Pacífico.
Nota do Jornal do Brasil (Alice Turnbull) * * * * * (Excelente)

- Sammy: A Grande Fuga (Sammy’s Avonturen 2 – Bélgica, 2012 – 93 min.)

Animação/Infantil – Dublado/2D – classificação livre – todos os dias – 14h45

Matinê Promocional Cine Jardins: todos pagam meia entrada!

Sammy (Wesley Johnny/ Billy Unger) e Ray (Carlos McCullers II), tartarugas marinhas e amigos, estão curtindo o coral, com muita água e areia, e ensinando os recém-chocados Ricky e Ella a nadar. De repente, um caçador aparece e os leva para ser parte de um espetacular show aquático em Dubai. O cavalo-marinho e rei do pedaço Big D os recruta para seu projeto de fuga. Sammy e Ray começam a bolar o próprio plano para escapar com seus novos amigos, o peixe-bola Jimbo, a lagosta Annabel, um polvo meigo e uma família de pinguins, quando os pequenos Ricky e Ella chegam determinados a resgatá-los. Após uma série de aventuras e fugas frenéticas, eles vão para o sul para encontrar Shelly (Isabelle Fuhrman), o primeiro e único amor de Sammy.

SERVIÇO

Cine Jardins (Shopping Jardins). Rua Carlos Eduardo Monteiro de Lemos, 262, Jardim da Penha, Vitória/ES, CEP 29.016-120. (27) 3026-8099 (14h-22h).
Preços:

Segunda, terça e quarta: R$10 (inteira) / R$ 5 (meia)
Quinta e sexta: R$ 12 (inteira) / R$ 6 (meia)
Sábado, domingo e feriados: R$ 14 (inteira) / R$ 7 (meia)

CINEMA: OS IMORTAIS SUPER HEROIS

ferro1 Se você não gosta, má notícia: filmes de super heróis não vão morrer



Se você não gosta, má notícia: filmes de super-heróis não vão morrer

Olha só que bela imagem essa do novo cartaz do filme que acaba de ser divulgada. É o Homem de Ferro em queda livre com a armadura detonada. Sei que tem um monte de gente já meio de saco cheio de filmes de super-heróis, afinal a Marvel e a DC estão lotando as salas de cinemas com eles todos os anos. Mas para essa turma que reclama, um aviso: só vai aumentar.

A lista de filmes inspirados em quadrinhos que vem por aí é enorme. Da Marvel, oficializados, tem esteHomem de Ferro 3, Thor: The Dark World, Vingadores 2, Guardiões da Galáxia e Capitão América 2, todos via Disney. Ainda tem que entrar nessa conta a continuação de X-Men: Primeira Classe, Wolverine: Imortal, o reinício do Quarteto Fantástico (todos pela Fox) e O Espetacular Homem-Aranha 2, da Sony. Cansou? Ainda tem a DC/Warner com Superman: O Homem de Aço (que estreia no meio do ano), Liga da Justiça (possivelmente para 2015), mais filmes do Batman (sem data definida e com novo diretor e ator), Flash (estágio inicial), talvez Mulher Maravilha e alguns outros projetos ainda no campo da boataria, tipo Capitão Marvel.

Em resumo, o que muita gente achava que seria uma moda passageira já se solidificou como um dos maiores geradores de dinheiro em Hollywood. Os Vingadores e Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge, dois longas de 2012, estão entre as dez maiores bilheterias de todos os tempos, na casa do US$ 1 bilhão em arrecadação. É por isso que não vai passar "a moda", até porque não é mais disso que se trata a coisa. Filmes de super-heróis e inspirados em quadrinhos não vão parar mais assim como não param de adaptar livros para o cinema. Obviamente que haverá crises, com produções indo bem e mal nas bilheterias, o que é bem normal e acontece mesmo. E já foram feitas algumas verdadeiras bombas com heróis de HQs nas telas, tipo Motoqueiro Fantasma 1 e 2,Lanterna Verde (superprodução que se arrebentou), o primeiro filme solo do Wolverine (que foi bem de dinheiro mas uma porcaria artisticamente), Demolidor e por aí vai.

Mas já passou da hora de dizer que quadrinhos nas telas é algo que vai morrer e que é uma onda passageira. Não é.

Retirado de: Blog do Odair Braz Júnior

HOJE TEM 'QUINTA CULT' NO SHOPPING MESTRE ÁLVARO. CONFIRA

Rodrigo Lira


Quinta Cult homenageia personalidades capixabas

O carnaval também é destaque do evento, que acontece nesta quinta à noite, na Serra


Nesta quinta-feira, dia em que começam os desfiles das escolas de samba do Carnaval de Vitória, a Quinta Cult destaca a folia capixaba em sua programação. Uma das atrações do evento é o documentário “38 Anos de um Casamento que Deu Certo”, dirigido por Marcos Tito, que conta a história do Bloco Carnavalesco Ratazanas, de Jacaraípe, Serra.

A Quinta Cult, que tem entrada gratuita e acontece na Praça de Alimentação do Shopping Mestre Álvaro, em Eurico Salles, vai homenagear ainda o cineasta Orlando Bonfim Neto, o músico Jojô Borges e o escritor Rubem Braga.

Os dois primeiros receberão a Comenda Mestre Álvaro pelo conjunto de suas obras em favor da cultura do Espírito Santo. Braga, cujo centenário de nascimento foi comemorado no último dia 12, receberá homenagem póstuma, que vai apresentar ao público um resumo de sua trajetória pessoal e literária. Além disso, suas crônicas serão lidas pelos escritores Marcos Arrébola, Clério José Borges e Levi Basílio.

Esta será a quinta edição do Quinta Cult, evento que tem como principal objetivo a valorização do conhecimento e da produção cultural do Espírito Santo. “Nosso objetivo é fazer com que as pessoas aprendam e possam se divertir ao mesmo tempo, por isso as atividades da programação conciliam o lúdico com o pedagógico”, explica o escritor capixaba Clério Borges, um dos idealizadores e fundador da Quinta Cult.

Além de Clério Borges também coordenam a Quinta Cult os também escritores Marcos Arrébola, Levi Basílio e Edilson Celestino Ferreira. Durante o evento, um espaço é aberto para a participação do público presente na Praça de Alimentação. Quem quiser, poderá ler ou declamar uma poesia de sua autoria ou mesmo cantar. E Clério acrescenta: “Poesia não é só um texto que se divide em estrofes e versos. Poesia é uma forma de se expressar e transmitir sentimentos, emoções e pensamentos”.

O evento contará ainda com apresentação do cantor Johan Wolfgang Honorato, dos músicos Teodorico Boa Morte e Jojô Borges, além do conjunto musical Na Aba do Chapéu, com coordenação do Poeta Levi Basílio.

O projeto Quinta Cult é fruto de uma realização conjunta da Academia de Letras e Artes da Serra (Aleas), e do Clube dos Poetas Trovadores Capixabas, tendo como objetivo estimular o aprimoramento da produção literária capixaba. O evento tem o apoio do Conselho Municipal de Cultura da Serra e da Secretaria Municipal de Turismo Cultura e Esporte e Lazer da Prefeitura Municipal da Serra, além de patrocínio e apoio integral do Shopping Mestre Álvaro.

Quinta Cult
Quando: quinta-feira (31), a partir das 18h30
Onde: Praça de Alimentação do Shopping Mestre Álvaro, Av. João Palácios, 300, Eurico Salles, Serra
Aberto ao público
Informações: (27) 3211-0000

Fonte: A Gazeta

LICENÇA CRÔNICA: "O MONSTRO", DE CARLOS ALEXANDRE DA SILVA ROCHA




Carlos Alexandre da Silva Rocha nasceu em Vitória-ES em 1988. Escreve desde os treze anos de idade e tem como influências Drummond e os escritores simbolistas. Em 2008, lançou, pela Lei Rubem Braga, o livro de poemas “Um homem na sombra”, que aparentemente se coloca aos olhos do leitor como algo simples. Entretanto, como o livro versa sobre as angústias humanas, ele torna-se não tão fácil de ser encarado. Carlos Alexandre é formado em Letras-Português pela UFES e escreve no Blog Pierrô crônico (www.pierrocronico.blogspot.com). Confira, abaixo, a crônica “O monstro”:


Meu sonho é cortar de mim um pedaço... Extirpar de mim a coisa que me faz perder a felicidade. Sou muito infeliz, boto medo nas mulheres. Tenho um monstro entre as pernas. Até aquelas que dizem que gostam de cano alto e grosso calibre, quando veem minha carabina, se empinam e saem batidas. Já tentei de tudo... Até boneca inflável já comprei, em uma ele não entrou e na outra, ai meu Deus, a boneca estourou! E dei com o nabo no chão.
Ando muito necessitado. Carente. Já tentei com prostitutas. Uma delas, furiosa e horrorizada, jogou o dinheiro na minha cara.

– Por dinheiro nenhum do mundo você vai pôr este troço em mim. Dizia a Bia, ou era a Janete? Não importa!
Quando todas viam o tamanho da bisnaga saíam correndo, deixando-me na mão. Já estou cansado de usá-la. Na minha mão aparecem intermináveis calos, produto deste fastigioso trabalho narcísico de me dar prazer e alegria. É duro ser extremamente dotado neste mundo... A vida foi feita pra quem tem pouco volume e tamanho diminuto.
Não sei como resolver a minha tragédia humana. Já pensei em canivete e facão, mas, ai de mim! Não me corto não, tenho horror a sangue escorrendo e a dor de existir caindo no chão. Ao colocar o tamanho do meu problema para o doutor ele caçoou de mim.

– Cortar? Não, meu caro, não é pra tanto, você apenas é sortudo demais...
Sortudo? Eu?! Acho que o médico era um sortudo diminuto quase desaparecido em suas ceroulas abundantes. Fiquei a ver navios, na verdade, apenas o mastro. Esta vela que não veleja por nenhum vendaval, fica à deriva sem fincar em nenhuma terra vista. As que dizem que gostam de homens bem dotados, quando veem o meu dote, queixam-se de dores na glote. Até hoje apenas uma se aventurou, a pobre não está mais entre os vivos... Trabalha como agente funerária, tem horror a vivos e ao meu volume.

– Tá louco? Ver você só quando for pra te preparar pro velório!
Mais uma vez fiquei na mão... Eterna agonia de viver, meu Deus!
Um dia chamei uma profissional em minha casa, quando ela viu o negócio, arregalou os olhos e, assustada, encostou-se no canto do quarto.
 – Nunca em dez anos pegando no duro vi um negócio desses...
Achei que era um elogio e me levantei com o intento de agarrá-la. A coitada saiu correndo pelada pela rua, deixou suas roupas, documentos, seu dinheiro e até hoje nunca mais voltou. Liguei para a cafetina e ela disse que sua antiga funcionária havia abandonado a profissão, abriu uma igreja e agora se dedicava exclusivamente para o nosso Senhor. A moça disse ainda que eu fora um mensageiro do pai para que ela abandonasse essa vida. Logo, eu não poderia mais contar com os seus serviços e com o de nenhuma outra. A cafetina me via agora como um risco para os seus negócios.

Volto para a mão como se fosse um destino mal lido, ou um fim já anunciado desde o nascimento. Para dar um clima mais pessoal a essa relação, chamo minha mão de Pandora, pois ela desliza sobre a desgraça de minha vida, a minha caixa de desgraça, ou seria cacete?


AUMENTA QUE ISSO É ROCK 'N' ROLL: 44 ANOS DO SHOW DOS BEATLES NO TELHADO



Ontem, 30 de janeiro, a emblemática última apresentação dos Beatles completou 44 anos

No dia 30 de janeiro de 1969, uma tarde fria em Londres, no alto do edifício sede da Apple Records, os Beatles realizaram sua última apresentação para o “público”. Na realidade, eles vinham de um trágico período de gravações e ensaios num estúdio londrino, onde gravavam o filme “Let It Be”. As sessões foram terríveis, pois além da figura de Yoko Ono (grudada em John Lennon 24 horas), a banda estava brigando muito entre si. Desde o “Álbum Branco”, os quatro já não se entendiam muito no estúdio.


Quando decidiram que “Let it Be” deveria ser gravado no novo, porém, precário Apple Studios, os Beatles também pensaram que poderiam agir normalmente. As sessões no prédio da Apple ocorreram com mais calma, tanto que a idéia de tocar no telhado do prédio veio do próprio Lennon. Antes, Paul McCartney tinha planejado realizar um concerto no final das gravações. Locais no mundo inteiro foram vistos para o show, porém, a maioria deles estavam com agendas apertadas. Então, amargamente, os Beatles decidiram tocar no telhado do prédio. Até Harrison, avesso a shows, gostou da idéia.


Naquela tarde fria, os primeiros acordes de “Get Back” foram fundamentais para que os moradores dos prédios vizinhos, viessem até a sacada para dar uma olhada naqueles cabeludos tocando rock na friaca londrina.

Os Beatles tocaram durante 40 minutos, até a Polícia bater na porta da Apple e um nervoso Mal Evans tentando explicar que “Os Beatles” estavam tocando no telhado da Apple. Segundo o livro “The Beatles – Biografia” de Bob Spitz, a polícia nem sequer pediu para acabar com o show, apenas solicitaram que os Beatles abaixassem o volume dos instrumentos, porém, como eles eram, não houve acordo e o show teve que acabar antes que eles pudessem terminar o set previsto.

O show foi adicionado ao filme “Let it Be” e, na realidade, é o que vale a pena naquele filme derradeiro dos FAB4.


Confira a apresentação na íntegra nos 2 vídeos abaixo:



TOP 10 – AS 10 MELHORES CAPAS DE DISCOS DE TODOS OS TEMPOS




1. Velvet Underground and Nico (Velvet Underground, 1967) – “The Velvet Underground and Nico” é geralmente chamado de "álbum da banana", já que possui o desenho de uma banana feito por Andy Warhol. As cópias iniciais do álbum convidavam o dono a "descascar lentamente e ver" (no inglês, "peel slowly and see", que viria a ser o nome de uma das coletâneas da banda). Descascando o adesivo, revelar-se-ia uma banana de cor de carne. A arte de Andy Warhol era a arte do desejo. Warhol desejou o Velvet, talvez não sexualmente. Desejou-os em sua vida-arte-vida. 




2. Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (The Beatles, 1967) – A ideia de celebrar os grandes ídolos dos Beatles foi de Paul McCartney. “Sgt. Pepper’s” não só se destacou por sua música, mas pelo conceito e pela capa feita com uma fotografia de Michael Cooper com os quatro Beatles vestidos como sargentos diante de uma colagem feita por Peter Blake com vários rostos de pessoas célebres, entre os quais Marilyn Monroe, Marlon Brando, Bob Dylan, Karl Marx, Cassius Clay, D.H. Lawrence, Aleister Crowley e até Shirley Temple. Para evitar processos, a gravadora pediu autorização às personalidades. Muitos acreditam que a capa contém uma mensagem oculta sobre a suposta morte de Paul McCartney, já que na parte inferior do disco parece haver uma tumba adornada com flores e um contrabaixo (também feito de flores) e com três cordas apenas, o que significaría que faltava um Beatle. Foi o primeiro disco a vir com as letras das canções impressas.
 


3. Secos e Molhados (Secos e Molhados, 1973) - Fazendo jus ao nome do grupo, um então fotógrafo do jornal carioca “Última Hora”, chamado Antônio Carlos Rodrigues, produziu uma mesa de jantar com produtos vendidos em armazém (nome genérico para “secos e molhados”), onde vemos broas, lingüiças, cebolas, grãos de feijão, vinho barato da marca Único, etc. O nome do grupo, em cima da mesa, em letras roxas brilhantes, alude à placa que João Ricardo teria visto numa visita à Ubatuba e que lhe deu a ideia para o nome do conjunto. Dentro das bandejas, estão as cabeças de Ney Matogrosso, João Ricardo, Gerson Conrad e Marcelo Frias.




4. Nevermind (Nirvana, 1991) - O bebê nu que nada em águas azuis em busca de uma nota de um dólar é sem sombra de dúvidas uma das mais conhecidas capas de álbum da década de 90. A imagem da criança inocente buscando por dinheiro marcou uma geração. A inspiração para a foto veio de Kurt Cobain e Dave Grohl, inspirados por um documentário sobre bebês que nasciam debaixo da água. Como as imagens destes nascimentos eram fortes demais, a banda preferiu uma foto de um bebê nadando.





5. Verde Que Te Quero Rosa (Cartola, 1977) – Ney Tavora fez o que tinha de fazer. Jogou no canto direito o nome de Cartola e deixou o lindíssimo retrato do sambista falar por si. O título do disco não precisava aparecer mesmo; já estava totalmente traduzido pela imagem. O cafezinho na xícara verde, o pires rosa, o cigarro entre os dedos, o anel e a aliança, os óculos escuros. Raras vezes uma capa traduziu tão bem um título, com todo o lirismo e subtextos implícitos.




6. Dark Side of the Moon (Pink Floyd, 1973) – Em “The Dark Side of the Moon”, o prisma limpo representava a força conceitual das letras e a clareza do som. Da mesma maneira, traduzia a gama de luzes que a banda utilizava em seus shows ao vivo. Uma pequena consideração científica: quando a luz passa por um prisma ou uma gota d’água, ela se divide em sete cores (vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, azul-escuro e violeta). Em vez das sete cores, o azul-escuro foi retirado da arte da capa, contabilizando apenas seis delas, por força estética. “Arte antes da ciência” era o discurso. 




7. Abbey Road (The Beatles, 1969) - A famosa fotografia da capa do álbum foi tirada do lado de fora dos estúdios Abbey Road em oito de agosto de 1969 por Iain Macmillan. A ideia foi de Paul McCartney. Foram feitas seis fotos. Paul McCartney escolheu a que achou melhor. A foto foi objeto de rumores e teorias de que Paul estaria morto, vítima de um acidente de carro em 1966. Apesar de ter sido apenas uma brincadeira e puro marketing do grupo, a lenda ainda é assunto de alguns beatlemaníacos. Na capa do LP, os Beatles estão a atravessar a rua numa faixa de segurança a poucos metros do Estúdio Abbey Road, e ficou marcada para sempre para muitas pessoas.



8. Sem Título (Roberto Carlos, 1971) - Inicia-se a maior transformação de identidade da história do artista. Roberto Carlos abandona as personas de roqueiro rebelde e baladeiro soul rumo à construção do ícone romântico, inspirado em cantores como Frank Sinatra. Entretanto, a capa, de Carlos Henrique Lacerda, não passou em branco. Ao invés de uma foto, a capa do disco traria um desenho, fato raro na discografia do Rei. A obra gerou algumas lendas. Alguns comparam o desenho com o rosto de Cristo. Por utilizar o preto e dourado sobre o branco, muitos também acreditam que aquilo era uma forma de o Roberto assumir que era o Rei.



9. Sem Título (Led Zeppelin, 1971) – Foi com seu quarto álbum, totalmente sem identificação (mas chamado de “IV”), que o quarteto inglês chegou ao auge de sua fase mística. A enigmática capa mostra um velhinho carregando vários galhos amontoados. Na verdade, a imagem é uma pintura que está pendurada na parede de uma casa que está desmoronando. Para descobrir, você tem de olhar o encarte e a capa interna. É um dos álbuns mais vendidos da história, com mais de 23 milhões de cópias vendidas somente nos Estados Unidos. As vendas a nível mundial estimam-se para cerca de 37 milhões de cópias.



10. In the Court of The Crimson King (King Crimson, 1969) – “In the Court of the Crimson King” é o álbum de estreia da banda inglesa de rock progressivo King Crimson. O disco foi muito importante e influente no desenvolvimento do rock psicodélico, do rock progressivo e do heavy metal. Combina uma musicalidade excepcional e letras poéticas. A bizarra pintura que aparece na capa de “In the Court of The Crimson King” tem um nome. Ela se chama “21st Century Schizoid Man”, que também dá nome a uma das faixas do disco. A obra é um trabalho do artista e programador de computador inglês Barry Godber. Foi a única capa de disco que ele pintou, já que morreria precocemente aos 24 anos.