quarta-feira, 31 de outubro de 2012

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA DO '19º VITÓRIA CINE VÍDEO'

Laura Cardoso

Programação 

Segunda-feira (05/11)
8h • OFICINA de Finalização Digital (Hotel Ilha do Boi)
9h • OFICINA de Roteiro (Hotel Ilha do Boi)
9h • Festivalzinho (Cine Metrópolis – UFES)
12h • Mostra Corsária, seguida por debate (Cine Metrópolis – UFES)
14h30 • Festivalzinho (Cine Metrópolis – UFES)
19h • Abertura 19º VCV (Estação Porto)
Homenagem ao cineasta capixaba Luiz Tadeu Teixeira
Mostra Foco Capixaba e Mostra de Longa
22h • Show de abertura do festival com Cida Moreira e Andrea Marquee (Lounge do Cinema – Estação Porto)
  
Terça-feira (06/11)
8h • OFICINA de Finalização Digital (Hotel Ilha do Boi)
9h • OFICINA de Roteiro (Hotel Ilha do Boi)
9h • Festivalzinho (Cine Metrópolis – UFES)
 11h • Debate com realizadores da Mostra da noite anterior (Cine Metrópolis – UFES)
12h • Mostra Corsária, seguida por debate (Cine Metrópolis – UFES)
14h30 • Festivalzinho (Cine Metrópolis – UFES)
14h30 • OFICINA de Direção de Atores para Cinema (Lab UFES)
14h30 • OFICINA de Trilha Sonora para Cinema (Lab UFES)
14h30 • OFICINA de Direção (Lab UFES)
19h • Mostra de Curtas e Mostra de Longa (Estação Porto)
  
Quarta-feira (07/11)
8h • OFICINA de Finalização Digital (Hotel Ilha do Boi)
8h • OFICINA Como Produzir um Filme de Baixo Orçamento (Hotel Ilha do Boi)
9h • OFICINA de Roteiro (Hotel Ilha do Boi)
9h • Festivalzinho (Cine Metrópolis – UFES)
 11h • Debate com realizadores da Mostra da noite anterior – (Cine Metrópolis – UFES)
12h • Mostra Corsária, seguida por debate (Cine Metrópolis – UFES)
14h30 • Festivalzinho (Cine Metrópolis – UFES)
14h30 • OFICINA de Direção de Atores para Cinema (Lab UFES)
14h30 • OFICINA de Trilha Sonora para Cinema (Lab UFES)
14h30 • OFICINA de Direção (Lab UFES)
19h • Mostra de Curtas e Mostra de Longa (Estação Porto)
  
Quinta-feira (08/11)
8h • OFICINA de Finalização Digital (Hotel Ilha do Boi)
8h • OFICINA Como Produzir um Filme de Baixo Orçamento (Hotel Ilha do Boi)
9h • OFICINA de Roteiro (Hotel Ilha do Boi)
9h • Festivalzinho (Cine Metrópolis – UFES)
11h • Debate com realizadores da Mostra da noite anterior (Cine Metrópolis -UFES)
12h • Mostra Corsária, seguida por debate (Cine Metrópolis – UFES)
14h30 • Festivalzinho (Cine Metrópolis – UFES)
14h30 • OFICINA de Direção de Atores para Cinema (Lab UFES)
15h • Coletiva com homenageada e lançamento de Livros ( Hotel Ilha do Boi)
15h • Encontro RECAM – Encontro de Autoridades Audiovisuais do MERCOSUL (Hotel Ilha do Boi)
14h30 • OFICINA de Trilha Sonora para Cinema (Lab UFES)
14h30 • OFICINA de Direção (Lab UFES)
18h • Sessão especial VCV com o filme: A tímida luz de vela das últimas esperanças, de Jackson Antunes (PR, FIC, 77’) (Estação Porto)
19h • Mostra de Curtas (Estação Porto)
20h30 • Homenagem à atriz Laura Cardoso e Mostra de Longa (Estação Porto)
  
Sexta-feira (09/11)
8h • OFICINA de Finalização Digital (Hotel Ilha do Boi)
9h • Festivalzinho (Cine Metrópolis – UFES)
11h • Debate com realizadores da Mostra da noite anterior (Cine Metrópolis -UFES)
12h • Mostra Corsária, seguida por debate (Cine Metrópolis – UFES)
14h30 • Festivalzinho (Cine Metrópolis – UFES)
14h30 • OFICINA de Direção de Atores para Cinema (Lab UFES)
14h30 • OFICINA de Trilha Sonora para Cinema (Lab UFES)
14h30 • OFICINA de Direção (Lab UFES)
15h • Encontro RECAM – Encontro de Autoridades Audiovisuais do MERCOSUL (Hotel Ilha do Boi)
19h • Sessão Especial VCV com o filme: Orlando Bonfim Jr – desaparecido político, de Orlando Bonfim Netto (ES, DOC, 22’) (Estação Porto)
19h30 •Mostra de Curtas e Mostra de Longa (Estação Porto)
22h • Show do cantor Zéu Britto (lounge do Cinema – Estação Porto)
00h • Mostra Quatro Estações (Estação Porto) 

Sábado (10/11)
18h • Lançamento de Longas Nacionais: (Estação Porto)
Filme A mulher de longe, de Luiz Carlos Lacerda (RJ, FIC, 73’)
Filme de Encerramento Era uma vez eu, Verônica, de Marcelo Gomes (PE, FIC, 91’)
Lançamento do curta vencedor do Concurso de Roteiro Capixaba de 2011: Pique esconde, de Dominique Lima (ES, FIC, 01’)
21h •Premiação das Mostras (Estação Porto)
22h • Festa de encerramento do Festival de Vitória – 19º Vitória Cine Vídeo com show do Titãs (Ilha Shows)

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OS SHOWS QUE VÃO AGITAR VITÓRIA!

A galera capixaba não pode reclamar. Vários shows e peças já passaram recentemente pelo estado como os sertanejos do 'Cowboy Forever' os axezeiros do 'Espirito Elétrico' e a galera do pop/rock com 'Kid Abelha', além de peças como 'Vermelho' de Antônio Fagundes e as comédias de Marco Luque e Melhores do Mundo. Mas pensa que acabou? Que nada! Novembro irá bombar! Confira aqui a lista dos principais shows e peças que irão agitar a galera do ES em novembro:

Dia 09/11 - Sexta-Feira

Thiaguinho


Lançamento do DVD ‘Ousadia & Alegria’ do cantor Thiaguinho
Horário: A partir das 21h. 
Ingressos Arquibancada: 1° lote 35,00 - 2° lote 40,00 - 3° lote 50,00 Área Vip: 1° lote 60,00 - 2° lote 70,00 - 3° lote 80,00. 
Ponto de venda:  Lojas Jaklayne Joias. 
Local: Arena Vitória - Ginásio do Álvares Cabral. 
Informações: 3235.3029. 
Classificação 16 anos.

Dia 10/11 - Sábado

Titãs

Imagem 

Titãs 30 Anos de Carreira - Show de encerramento do 19º Vitória Cine Vídeo
Local: IlhaShows
Endereço: Alameda Ponta Formosa, 350
Praia do Canto - Vitória - ES
Horário: 22h
Show de Abertura: Jura Fernandes & Banda
Ingressos:
Pista - 1º Lote R$ 30,00, 2º Lote R$ 40,00, 3º Lote R$ 60,00
Camarote Front Stage - 1º Lote R$ 70,00, 2º Lote R$ 80,00, 3º Lote R$ 100,00
Pontos de Vendas: Lojas Bahamas, Bicho Guloso, Zepellin Lanches, Central Ingresso
Classificação 18 anos
Realização: IlhaShows
Informações: 3224-3726 de 13 às 19h


Fruto Sagrado

 

Um evento que deverá movimentar roqueiros cristãos de todo o Estado."No Rock com o Movimento de Vida". O evento acontecerá no dia 10 de novembro, às 19h, no Barra Acústico, em Vila Velha. Além do próprio pastor e da Banda R3, o evento terá um grande show da Fruto Sagrado, uma das mais tradicionais e respeitadas bandas de rock gospel do Brasil. Informações e ingressos: (27) 3260 1574 - 8171 8607 - 8121 3843 ou pelo site do Movimento de Vida.

Sandy


Sandy em “Manuscrito”
Local: Centro de Convenções de Vitória -  Rua Constante Sodré, 157, Santa Lúcia -Vitória – ES.
Data: Sábado, 10 de novembro de 2012
Horário: 21h30. A abertura dos portões acontece às 20h.
Ingressos: Setor Master: 1° Lote: R$ 90,00 (inteira), R$ 45,00 (meia); 2° Lote: R$ 110,00 (inteira)/ R$ 55,00 (meia). Setor Gold: 1° Lote: R$ 120,00 (inteira), R$ 60,00 (meia); 2° Lote: R$ 140,00 (inteira), R$ 70,00 (meia). Setor VIP (mesas): R$ 640,00, para 04 pessoas; Serviços inclusos (mesa): estacionamento VIP, uma garrafa de vinho e duas garrafas de água mineral, uma porção de comida japonesa e uma porção de frios. Os ingressos do Setor VIP serão vendidos somente nas lojas Jaklayne Jóias (shoppings Vitória, Praia da Costa e Mestre Álvaro).
Pontos de venda: No dinheiro – Vox Music Store (Praia do Canto), Loja Filó (Praia do Canto e Jardim da Penha) e lojas Jaklayne Jóias (shoppings Vitória, Praia da Costa e Mestre Álvaro); Débito ou Crédito – Lojas Jaklayne Jóias (shoppings Vitória, Praia da Costa e Mestre Álvaro) e no site www.blueticket.com.br.

Dia 11/11 - Domingo

Fábio Porchat

 

“Fora do normal" com Fábio Porchat
Local: Teatro Universitário - UFES
Horário: As 20:30 hs
Classificação: 14 anos
Ingressos: Ingressos a venda na bilheteria do Teatro da Ufes ( de 15 as 20 hs) ou no site www.ingresso.com
Valor dos ingressos: R$ 60,00 (Inteira) e R$ 30,00 (meia)
Inf: (27)3335-2953 ou (27)8152-1461 www.wbproducoes.com 

Dias 19 e 20/11 - Sábado e Domingo

Thalles

 

Thalles em Vitória - 19 e 20 de Novembro 2012 - Uma História Escrita pelo dedo de Deus
Local: Arena Vitória - Alvares Cabral às 20:00 h
Segunda-Feira - 19/11/2012
Ingressos:
1º Lote - 20,00 reais até o dia 20 de Outubro
2º Lote - 30,00 reais até o dia 11 de Novembro
3º Lote - 40,00 reais até o dia 19 de novembro (dia do Evento)
Terça-Feira - 20/11/2012
Ingressos::
1º Lote - 30,00 reais até o dia 15 de Novembro
2º Lote - 40,00 reais até o dia 20 de Novembro ( Dia do Evento)
Cada lote de ingressos tem uma quantidade limitada, tendo validade até as datas acima ou enquanto durarem os estoques.
Pontos de Vendas:
Campo Grande - Livraria Evangélica Shekinah - 27 3336-0945
Centro de Vitória - Livraria Evangélica Belém - 27 3222-1015
Shopping Laranjeiras - Livraria Cantares - 27 3281-2430
Shopping Praia da Costa - Carneiro Inst. Musicais - 27 3320-6333

CINEMA IRANIANO: CONFIRA 10 ÓTIMAS PRODUÇÕES!


O cinema iraniano é ao mesmo tempo simples e complexo ao tratar das relações humanas, usando para isso situações do cotidiano, poucos recursos, locações e atores não-profissionais. Nos últimos anos o Irã tem marcado presença em praticamente todos os festivais pelo mundo afora.

A consagração mesmo veio em 1997 quando seu mais célebre diretor, Abbas Kiarostami, viu seu filme "Gosto de Cereja" levar a Palma de Ouro em Cannes. Vale lembrar que esse mesmo diretor esteve presente em 2010 nesse mesmo festival com um filme de produção francesa chamado "Cópia Fiel". A atriz Juliette Binoche, protagonista, levou o prêmio de melhor atriz. Além de Kiarostami os mais conhecidos diretores são: Jafar Panahi, Mohsen Makhmalbaf e Majidi Majid.

Segue abaixo uma lista dos 10 melhores filmes iranianos disponíveis no Brasil.
 
Dê um descanso a Hollywood e prepare-se para entrar em um mundo de lágrimas, emoção e cinema de verdade. Ah, uma dica importante: se puder siga a ordem da lista.

1) FILHOS DO PARAÍSO (Majidi Majid, 1997). Indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro.

2) O BALÃO BRANCO (Jafar Panahi, 1995). Prêmio do júri na 19 Mostra Internacional de São Paulo.

3) ONDE FICA A CASA DO MEU AMIGO? (Abbas Kiarostami, 1987). Leopardo de Ouro no Festival de Locarno.

4) VIDA E NADA MAIS (E A VIDA CONTINUA) (Abbas Kiarostami, 1992)

5) ATRAVÉS DAS OLIVEIRAS (Abbas Kiarostami, 1984).

6) CLOSE-UP (Abbas Kiarostami, 1990). O curioso é que esse filme só chegou aos cinemas brasileiros em 2001.

7) GABBEH (Mohsen Makhmalbaf, 1996).

8) GOSTO DE CEREJA (Abbas Kiarostami, 1997). Palma de Ouro no Festival de Cannes.

9) UM INSTANTE DE INOCÊNCIA (Mohsen Makhmalbaf, 1996).

10) O JARRO (Ebrahim Forouzesh, 1992). Leopardo de Ouro no Festival de Locarno e Prêmio do júri na 18 Mostra Internacional de São Paulo.

19 ANOS SEM FEDERICO FELLINI



Há 19 anos morria um dos maiores diretores de cinema de todos os tempos. O nome em questão é o italiano Federico Fellini, Cavaleiro da Grande Cruz (título de honra concedida pelo Governo Italiano), nascido em 20 de Janeiro de 1920 e falecido em 31 de Outubro de 1993. Conhecido pelo estilo peculiar que funde fantasia e imagens barrocas, ele é considerado uma das maiores influências e um dos mais admirados diretores do século XX. Com uma combinação única de memória, sonhos, fantasia e desejo, os filmes de Fellini têm uma profunda visão pessoal da sociedade, não raramente colocando as pessoas em situações bizarras. Existe um termo “Felliniesco” que é empregado para descrever qualquer cena que tenha imagens alucinógenas que invadam uma situação comum.

Grandes cineastas contemporâneos como Woody Allen, David Lynch, Girish Kasaravalli, David Cronenberg, Stanley Kubrick, Martin Scorsese, Tim Burton, Pedro Almodóvar, Terry Gilliam e Emir Kusturica já disseram ter grandes influências de Fellini em seus trabalhos. Abaixo, confira, na íntegra, o filme “Julieta dos Espíritos” (1965):

CARIACICA: MOSTRA DE CURTAS MARCA COMEMORAÇÃO PELO DIA INTERNACIONAL DA ANIMAÇÃO.



Nesta quarta-feira, 31, o Cineclube Colorado comemora o Dia Internacional da Animação, promovendo no Centro Cultural “Frei Civitella di Trento” uma mostra de curtas nacionais e internacionais. A mostra começa às 19h30 e a entrada é gratuita.

O projeto tem como objetivos difundir o cinema de animação, atrair novos públicos e proporcionar aos espectadores o acesso a esse gênero cinematográfico.

Alguns curtas possuem indicação livre, outros nacionais são para maiores de 12 anos e os internacionais possuem indicação para maiores de 14 anos. Durante o evento também haverá espaço para debates.

O Dia Internacional da Animação é comemorado no dia 28 de outubro, mas por conta do segundo turno das eleições, em Cariacica, foi transferido para o dia 31.

O projeto conta o apoio da Secretaria Municipal de Cultura Esporte e Lazer (Semcel) e tem realização do Cineclube Colorado.

Evento acontece em vários lugares

A 9ª edição nacional e a 11ª edição mundial do evento acontece em mais de 200 cidades brasileiras e em outros 30 países, incluindo Estados Unidos, França, Portugal, Grécia, Coréia do Sul e outros.

As mostras brasileiras contam com o patrocínio da Petrobras, através da Lei de Incentivo à Cultura da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura – Lei Rouanet e é realizado pela Associação Brasileira de Cinema de Animação (ABCA) com a parceria da Associação Internacional do Filme de Animação (ASIFA).

Dia Internacional da Animação em Cariacica


Data: 31 de outubro (quarta-feira)
Hora: 19h30
Local: Centro Cultural "Frei Civitella di Trento"
Endereço: Avenida Expedito Garcia, 218, Campo Grande (rua da feira)
Informações: www.diadaanimacao.com.br
Entrada gratuita

FONTE: PREFEITURA MUN. DE CARIACICA





BAILE DA 3º IDADE VAI AGITAR ESTAÇÃO PORTO HOJE. CONFIRA!




A festa já está garantida para os idosos nesta quarta-feira (31). Isso porque, para encerrar as comemorações do Mês do Idoso, será realizado, a partir das 13h30, um animado Baile da Terceira Idade na Estação Porto.

Em clima de descontração, idosos vão dançar ao som de uma banda de forró. E, para revigorar as forças, serão oferecidos dois tipos de caldos com refrigerante. Especialmente nesta quarta, o baile vai se estender até as 21 horas.
Para a coordenadora do Centro de Convivência Para a Terceira Idade do Centro, Maria Arlinda Arruda, o evento proporciona integração e lazer entre todos. "É um momento de consolidar a integração entre os munícipes e os mais de 30 grupos e centros de convivência que participam da festa", destaca.

Veterana no baile, a aposentada Maria Ilda Nalessu, 66 anos, garante que a festa só traz satisfação aos idosos. "Estou ansiosa para o baile. Sempre gostei de participar. Eu gosto de forró e caio na dança quando a música começa".
O Baile da Terceira Idade será realizado também nos próximos domingos, das 13h30 às 20 horas, na Estação Porto. O evento é uma realização da Prefeitura de Vitória, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) e da Secretaria Municipal de Cultura (Semc).

FONTE: PMV

ARTISTA PLÁSTICA RETRATA A CHEGADA DOS AÇORIANOS EM VIANA.


Com obras que transitam entre o virtual e o tempo real, a exposição "Viana, Uma Visagem Açoriana" da artista plástica Nina Medeiros, ficará em cartaz na Galeria de Arte Casarão, em Viana, até 12 de dezembro. A mostra conta com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e do Instituto Sincades. A entrada é franca.

A artista plástica açoriana Nina Medeiros desembarcou em Viana para uma imersão cultural e conclusão da exposição que comemora os 200 anos de imigração açoriana e os 150 anos de emancipação política do município. A exposição busca pensar na formação e no desenvolvimento da cidade, por meio de seu patrimônio cultural: edificado, material, simbólico e suas bordas, discutindo sua ocupação da arte e do público.

A exposição foi motivada poeticamente pela chegada dos açorianos em Viana, tendo a paisagem como território de natureza exploratória e da história do município, entrevendo no trajeto diário: os bairros fragmentados de Viana, a cidade e a arte. Algumas questões da exposição e do projeto como um todo, referem-se aos modos de construção do imaginário de Nina e como seus relatos visuais contribuirão para uma visagem açoriana sobre Viana.

As obras de Nina Medeiros transitam entre o virtual e o tempo real por meio da instalação que faz uso de desenho, pinturas, fotografias, gravuras, poesia, vídeo, som, livro-arte e web. As expectativas e sonhos, como também o que levaram de material e de vivências, incluindo aspectos culturais e religiosos, do pouco mais de 50 casais açorianos que teriam sido desviados pela coroa de Portugal para povoar o Espírito Santo, são abordados pela artista. Esse conjunto de imagem será apresentado em diferentes locais da cidade, nomeadamente aquelas com maiores cargas históricas e sociais.

O papel da artista, por fim, será o de orquestrar situações com a comunidade de redescobrimento dos vários espaços de vivência por meio da paisagem e das memórias trazidas pelo trajeto traçado pela artista, entre Viana e o habitat da artista nos Açores.

Serviço:

Exposição: Viana, uma Visagem Açoriana
Data: Até 12 de dezembro de 2012.
Horário: 9 às 18 horas, incluindo sábados, domingos e feriados
Local: Galeria de Arte Casarão - Avenida Florentino Ávidos - Centro, Viana.
Telefone de informações e agendamento de visita: 3255-1346
Email: gac@viana.es.gov.br
Acompanhe: http://arteepatrimonio.wordpress.com/
Entrada Franca

Informações: SECULT-ES

terça-feira, 30 de outubro de 2012

CONFIRA A AGENDA COMPLETA DO FESTIVAL DE MUQUI



No aniversário de 100 anos da charmosa Muqui, a cidade localizada no Sul do Estado ganha o seu 1º Festival de TV e Cinema Independente (Fecim). Organizado pela Escola de Música Manoel Vicente de Castro, em parceria com o coletivo de jovens realizadores do município, o Grupo Cultural ETC, o evento começa nesta quinta-feira e vai até domingo com uma programação extensa. Confira a agenda completa aqui:

Agende-se:

Quinta-feira (1º de novembro)

 9h00 às 10h00 – 1ª Sessão: Mostrinha Vitória Cine Vídeo para Crianças, no Teatro Neném Paiva. Filmes:  “Eu queria ser um monstro”, “Menina na Chuva”, “A Ilha”, “AmigãoZão”, “Como comer um elefante”,  “Historietas Assombradas (para crianças malcriadas)”,  “Linhas e Espirais”, “Pajerama”, “Clóvis em busca de uma namorada”, “Queda Livre”

 9h às 11h: Oficina “Roteiro para cinema e Vídeo – estendendo para decupagem e roteiro técnico, linguagem cinematográfica e Direção”, com Luiza Lubiana. São 25 vagas. Inscrição prévia pelo site /fecim.com.br. Local:

 16h: Abertura da Exposição “Bicicletas”, na casa Ana Fraga no Centro Histórico de Muqui.

 17h15: Abertura da Banca do Fecim, com Lançamento da Revista “Ops”. Local: Tenda Externa Teatro Neném Paiva.

 18h: Cortejo Poético com a Banda Lira 24 de Junho. Local: Saída na Av. Getúlio Vargas.

 19h: Cerimônia de Abertura do festival no Teatro Neném Paiva. Apresentação de dança “Roberta Jazz” e do Grupo Cultural ETC.

 20h: 1ª Sessão da Mostra Competitiva, no Teatro Neném Paiva. Filmes: “Julieta de bicicleta”, “Controlando a minha maluquez”, “As curvas de Neimeyer”, “A malcriação de Tonha”, “Mimby Marae’y (A flauta sagrada)”, “Festa no apartamento de Suzana”, “De orquídeas e selos”, “Garoto Barba”, “Galinha D’angola”

 22h: Show do grupo Moxuara, “Aventura Moxuara”, na Praça de Muqui.

 23h: Show local na Praça  de Muqui.

 23h40: Show com a banda Na Estrada será na Praça de Muqui.

Agenda de sexta, sábado e domingo, clique aqui: http://www.fecim.com.br/

SAÍ 'LADOZ - PARTE 2' SEGUNDO DISCO DE LADOS B DE ZECA BALEIRO


Zeca Baleiro lança segundo volume da coletânea 'Lado Z', com duetos e canções de outros artistas

O cantor e compositor já enumerou mais de 150 gravações suas dispersas em outros trabalhos


Os conceitos de Lado A e Lado B vêm de longa data, quando era comum na indústria fonográfica lançar os compactos, ou singles, aqueles pequenos discos de vinil que traziam apenas uma música de cada lado. No primeiro, a canção de trabalho, feita para as rádios; no outro, uma composição menos óbvia. Com o tempo, surgiram inúmeras coletâneas reunindo os lados B deste ou daquele artista, apresentando facetas incomuns deles, com obras mais experimentais, releituras e interpretações inusitadas, até de músicas alheias.

Foi brincando com esse conceito que o cantor e compositor Zeca Baleiro lançou, em 2007, a compilação "Lado Z", reunindo num único disco gravações suas esparsas, a grande maioria escrita por outros autores, dando ênfase à sua faceta como intérpreta. Boa parte delas, inclusive, resulta de participações do músico maranhense em discos de outros artistas – em duetos.

Passados cinco anos, Ele lança agora "Lado Z – Volume 2", pela MZA Music, gravadora do célebre produtor Marco Mazzola, que o ajudou a selecionar o repertório – tanto deste quanto do primeiro volume. Quando o projeto nasceu em 2007, os dois listaram mais de 150 gravações dispersas em discos alheios e trilhas sonoras. A cobrança do público e a necessidade de Zeca em documentar essa faceta de sua carreira motivaram o lançamento – e há material para pelo menos outros dois volumes, garante ele.

Gal Oppido/Divulgação

"Foi ideia do Mazzola lançar esses discos. Lancei meu primeiro disco, 'Por Onde Andará Stephen Fry?', pela gravadora dele, com a qual tive contrato até dois anos atrás. Ele viu que já havia um grande número de participações minhas em projetos diversos e propôs lançarmos a primeira coletânea, há cinco anos. Gostei da ideia e aprovei. Talvez daqui a cinco anos lance um volume três, quem sabe? (risos)", afirma Baleiro, em entrevista.

Colaborações
 
As parcerias e participações, de acordo com ele, nascem da amizade ou da admiração mútua. No primeiro volume, havia colaborações com Martinho da Vila e Lobão. Do primeiro, ele gravou em dueto a canção "Salve a Mulata Brasileira"; do outro, "Uma Delicada Forma de Calor", também a duas vozes. "Eles me convidaram, e eu fui. Afinal, sou fã dos dois."

Assim como na coletânea anterior, Zeca Baleiro passeia por uma diversidade de ritmos (marca também de seu trabalho autoral). Há espaço para canções folk, baladas, rocks, um toque de bolero aqui, outro de bossa nova ali. Entre os destaques do novo trabalho, estão "Homem com H" (Antônio Barros), um dos maiores sucessos na voz de Ney Matogrosso, nos anos 80.

"Essa gravei a convite, para a trilha da novela 'Insensato Coração', que tratava da homofobia entre seus temas. Depois do sucesso com o Ney, foi um desafio regravá-la sem cair no vazio da repetição. Não sei se muda a maneira de compor, mas enriquece o olhar sobre as muitas formas de fazer música."
Outros destaques do disco são "Por Causa de Você", de Tom Jobim e Dolores Duran, "Só", de Tom Zé, a belíssima "Léo e Bia", de Oswaldo Montenegro, com quem canta em dueto, além da faixa bônus, sua leituras para o samba "Disritmia", de Martinho da Vila. "Ao dar vida às canções de outras pessoas é divertido ter de transformá-las e fazê-las tornar-se um pouco sua também."

Serviço:
Lado Z Vol. 2
Zeca Baleiro
MZA Music, 13 faixas
Quanto: R$ 22,90
Lado Z
Zeca Baleiro
MZA Music, 15 faixas
Quanto: R$ 29,90

Fonte: Jornal O Globo

CLÁSSICO 'MEFISTO' É A GRANDE OPÇÃO DE TEATRO NO ESTADO NESTE FIM DE SEMANA

Jussara Martins/Divulgação

Espetáculo multimídia revisita a antiga lenda de Fausto e o pacto com o Mal, neste final de semana

A peça 'Mefisto', escrita e dirigida por Marcelo Ferreira, une teatro, dança e projeções visuais no palco

Se você ficar pela capital neste fim de semana prolongado a grande opção de teatro é 'Mefisto' super clássico dos palcos que chega até Vitória neste fim de semana. Uma antiga lenda alemã conta a história de um médico chamado Fausto, que teria feito um pacto com o diabo em troca de conhecimento ilimitado e uma vida de prazeres. Essa lenda tornou-se mais conhecida a partir do poema dramático "Fausto", do alemão Johann Wolfgang von Goethe, cuja primeira versão é de 1775 (a definitiva saiu somente em 1808).

O pacto do médico Fausto com o demônio, ou Mefistófeles, foi recontado de diversas maneiras por inúmeros autores. Além de Goethe, destacaram-se os também alemães Thomas Mann e seu filho Klaus Mann, autores de "Doutor Fausto" (1947) e "Mefisto" (1936), respectivamente.

O romance de Klaus serviu de base para o espetáculo "Mefisto", do ator e diretor Marcelo Ferreira, que estreou em 14 de outubro, durante o VIII Festival Nacional de Teatro Cidade de Vitória, e agora será apresentado no Teatro Carlos Gomes, neste final de semana. Além do livro de Mann, a peça faz referência também ao poema de Goethe e à obra homônima de Magno Godoy, coreógrafo capixaba falecido em junho de 2008.

Com ele, Marcelo Ferreira manteve a Companhia Neo-Iaô, responsável pela primeira concepção do espetáculo solo, encenado naquele 1987 pelo próprio Godoy. A nova montagem faz parte de uma série de homenagens ao companheiro de palco, iniciada em outubro do ano passado com a peça "Stultifera Navis – A Nau dos Loucos". "Do 'Mefisto' de Magno, só mantive a cena final, e assim mesmo apresentamos numa projeção em vídeo. Na época, ele fez ao vivo", conta Ferreira.

No romance de Klaus, que foi adaptado para o cinema em 1981, sob direção do húngaro István Szabó, um ator alemão ambicioso passa a interpretar peças de propaganda nazista e, com isso, torna-se popular na Alemanha. Ele então percebe que fez um pacto com o mal, nesse caso o regime totalitário de Adolf Hitler.

Jussara Martins/Divulgação
O ator Vinicius Cavatti participa da peça em uma cena de tortura

Cabeça
 
Na montagem de Marcelo, que assina o roteiro, a direção e atua, o personagem surge em cena como um "bobo da corte", em um ambiente de tortura e medo. Num pacto de sangue com o poder, ele vende sua cabeça. Literalmente. Há, inclusive, espaço para críticas à política local, com o traficante de cabeças perambulando pelo Palácio Anchieta projetado no palco.

"A peça é mais conceitual e está situada numa época de tortura. O ambiente em que a trama se desenrola é totalitário. A peça abre com uma cena de tortura, com participação de Vinicius Cavatti. Na sequência, várias cabeças aparecem em diversas situações, inclusive projetadas sobre a plateia."

O misto de teatro-dança com video mapping (técnica de projeção em terceira dimensão sobre qualquer tipo de superfície) é a novidade do espetáculo. "É a primeira incursão do coletivo PixxFluxx no teatro, e o resultado é interessante. Trabalho com a linguagem do teatro pós-dramático, em que o texto não é o mais importante. Há outros elementos que o compõem. O visual é muito forte, e o que não está no gesto, está nas imagens, na trilha sonora original."

Mefisto
Roteiro, direção e performance: Marcelo Ferreira
Quando: sábado (3/11) e domingo (4/11), às 20h30
Onde: Teatro Carlos Gomes, Praça Costa Pereira, Centro de Vitória
Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)
Informações: (27) 3132-8398

Fonte: A Gazeta

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

CINEMARK (SHOPPING VITÓRIA) EXIBE SOMENTE AMANHÃ O DOCUMENTÁRIO "CELEBRATION DAY", DO LED ZEPPELIN. CONFIRA!




A Rede Cinemark (Shopping Vitória) exibirá somente amanhã o show ‘Celebration Day’, da banda de rock Led Zeppelin.
Os fãs de Led Zeppelin poderão conferir o espetáculo, gravado em 2007 na Arena 02, de Londres, nos dias 30 de outubro, às 21h. Os ingressos custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia).

Em 2007, os ingressos para o show do Led Zeppelin foram disputados por 20 milhões de pessoas, mas apenas 18 mil conseguiram garantir um lugar na Arena 02. Os músicos John Paul Jones, Jimmy Page e Robert Plant, fundadores da banda, uniram-se a Jason Bonham, filho do falecido baterista John Bonham, em um espetáculo que durou mais de duas horas e reunião 16 sucessos, como ‘Whole lotta love’, ‘Rock and roll’, ‘Kashmir’ e ‘Stairway to heaven’. O show foi realizado em tributo a Ahmet Ertegun, amigo dos músicos e fundador da Atlantic Records.

Serviço

Cinemark (Shopping Vitória)
Av. Américo Buaiz, 200 - Enseada do Suá, Vitória – ES.

ENTREVISTA COM O ESCRITOR LUIS FERNANDO VERISSIMO


 

Luis Fernando Veríssimo completou 76 anos em setembro passado. Para a Revista Época, o escritor diz que lhe falta pouco para a realização. Talvez apenas uma aventura com Angelina Jolie, nem que seja por telefone

O escritor Luis Fernando Verissimo ainda mora em Porto Alegre, onde nasceu há 76 anos. Ainda viaja pelo mundo, toca saxofone num grupo de jazz e produz crônicas, contos e romances sem parar. Apesar da hiperatividade, não gosta de falar sobre o que faz. Acaba de lançar Diálogos impossíveis (Objetiva, 176 páginas, R$ 32,90), o 25º volume de crônicas em 40 anos de carreira. Desta vez, imagina conversas entre personagens históricos, literários ou mesmo inexistentes, inventados na hora de escrever. Os pintores Picasso e Goya discutem luz. Don Juan dialoga com a Morte, Robespierre com seu verdugo. Tímido incurável, Verissimo preferiu responder por escrito sobre o que espera do mundo, dos homens, da literatura... e de todo o resto.

ÉPOCA – O que o senhor espera da vida ainda?
Luis Fernando Verissimo –
Pois é, com 76 anos o máximo que posso esperar da vida é mais um pouquinho de vida. Uns dez anos, não sou exigente.

ÉPOCA – O que o senhor gostaria de fazer e nunca fez?
Verissimo –
Sexo oral com Angelina Jolie. Pode ser por telefone.

ÉPOCA – Quem o senhor gostaria de ser?
Verissimo –
Um misto de George Clooney e Ariano Suassuna.

ÉPOCA – Se houvesse reencarnação, aceitaria ser recebido pelo pessoal do espiritismo?
Verissimo –
Aceitaria, claro. Principalmente se as encarnações anteriores contassem tempo para o INPS.

ÉPOCA – Caso acreditasse no cristianismo em Dante, o senhor se encaixaria melhor no Inferno, no Paraíso ou no Purgatório?
Verissimo –
No Paraíso, que pergunta. Desde que pudesse passar os fins de semana no Inferno.

ÉPOCA – O senhor mantém um círculo de amigos ou prefere a vida de eremita?
Verissimo –
Sou um antissocial com muitos amigos.

ÉPOCA – Quais são seus passatempos?
Verissimo –
A música. Toco saxofone, embora haja controvérsias sobre se o “termo” é tocar.

ÉPOCA – Como o senhor trabalha? Há um método, uma superstição, uma disciplina?
Verissimo –
Os prazos de entrega da coluna impõem certa rotina, mas normalmente sou bastante desorganizado no trabalho. Disciplina zero.

ÉPOCA – Descreva como as ideias para as crônicas surgem.
Verissimo –
De onde vêm as ideias, eu não sei. Quando vem uma ideia, confio na memória para me lembrar dela, o que raramente funciona. Pior é a sensação de que as melhores ideias são as que a gente esquece. Já tentei andar com um caderninho para anotar as ideias, mas aí elas começaram a vir no chuveiro.

ÉPOCA – O senhor é daqueles que escrevem à mão?
Verissimo –
Não. Escrevo a dedos. Dois, no computador.

ÉPOCA – Por que viaja tanto?
Verissimo –
Comecei cedo, viajando com meus pais, e gostei. Depois, quis proporcionar a mesma experiência a meus filhos. Gosto tanto de viajar que gosto até de comida de avião. Mas sempre voltando a Porto Alegre, onde tenho minha base emocional.

ÉPOCA – Por que prefere os gêneros “menores”, como a crônica ou o romance humorístico, à epopeia ou ao romance? Nunca pensou em ser um Tolstói? Ou um Erico Verissimo (seu pai)?
Verissimo –
Alguns dos melhores escritores brasileiros só fizeram crônica, como o Rubem Braga, o Paulo Mendes Campos, o Antonio Maria e o Sergio Porto. Não me considero da mesma linhagem, mas não acho a crônica um gênero menor. Na verdade, não tinha a intenção nem de ser escritor, quanto mais ser um Tolstói ou um Erico Verissimo.

ÉPOCA – O que significa escrever?
Verissimo –
É uma atividade que comecei meio tarde e meio por acaso e que tem garantido o uísque das crianças. Mais pretensiosamente, é uma maneira de dar um testemunho sobre meu tempo. Crônicas são anotações nas margens da história. Uma analogia que só se sustentará enquanto o livro não for substituído pelo tablet.

ÉPOCA – Que autores o influenciaram de fato? Quais aqueles de que o senhor gosta, mas nunca alteraram uma vírgula em sua obra?
Verissimo –
Entre os brasileiros, li muito os cronistas. Também Moacyr Scliar, Rubem Fonseca, Clarice Lispector, Erico Verissimo. Tenho lido com muito prazer o Milton Hatoum, o José Roberto Torero, o Tabajara Ruas. Destes, não sei quem me influenciou. Talvez meu pai, que foi um dos primeiros a escrever com a informalidade que também busco.

ÉPOCA – Entre seus livros, qual é seu favorito? Ou o senhor ama igualmente todos os seus rebentos literários?
Verissimo –
O analista de Bagé foi importante, porque foi o primeiro a ter mais repercussão, embora não fosse diferente das outras coleções de crônicas. Entre os romances, acho O clube dos anjos e Borges e os orangotangos eternos os mais bem-acabados.

ÉPOCA – Que conselhos o senhor dá aos jovens autores?
Verissimo –
Leiam.

ÉPOCA – O senhor lê autores estrangeiros da moda, como Philip Roth, Jonathan Franzen ou David Foster Wallace?
Verissimo –
Dos atuais, o Roth. Dos antigos, o (Saul) Bellow, o (F. Scott) Fitzgerald, o (John) Dos Passos, o Graham Greene, o Evelyn Waugh, o (Vladimir) Nabokov.

ÉPOCA – Como vê a ascensão da literatura erótica para moças?
Verissimo –
Acho engraçado que, na era da igualdade entre os sexos e do fim do machismo, exista sexo light para mulheres, como existem suplementos femininos na imprensa, apesar 
de hoje as mulheres serem maioria em muitas redações.

ÉPOCA – O senhor sempre se alinhou com a esquerda. Como analisa a política brasileira hoje?
Verissimo –
O fato de haver eleições livres, debate, liberdade de opinião etc. é um avanço óbvio. Democracia econômica ainda falta, mas em matéria de democracia formal estamos bem. A inesperada rejeição a Celso Russomanno em São Paulo foi uma prova de maturidade política que vem com a prática democrática.

ÉPOCA – O senhor aborda questões existenciais em seus textos. É um cético ou é só um jogo de linguagem nas crônicas?
Verissimo –
Sou um cético total, mas aberto a revelações.

ÉPOCA – Prefere pregadores tradicionais, religiosos, ou a turma dos ateus?
Verissimo –
Não havia literatura ateísta antes do (Richard) Dawkins e do (Christopher) Hitchens. Acho uma boa novidade. Tudo o que se disser sobre os males do monoteísmo é bem-vindo.

ÉPOCA – Em seu novo livro, Danton aparece como frasista na crônica sobre Robespierre. Essa não é uma característica sua?
Verissimo –
Dou a impressão de estar fazendo frases na véspera de ser guilhotinado? Olha, pode ser uma boa descrição de como me sinto...

ÉPOCA – Dizem que o senhor está mais americanizado que nunca. Concorda?
Verissimo –
Morei sete anos nos Estados Unidos, na infância e na adolescência. Tive uma ligação muito forte com a cultura americana. O cinema, a literatura, a música. É natural que isso afetasse a escrita. Já ouvi dizerem que escrevo em inglês traduzido.

ÉPOCA – Sua timidez parece fora de moda. Não é hora de soltar a franga para brilhar ainda mais nos festivais literários?
Verissimo –
Na verdade, o difícil tem sido segurar a franga. Ultimamente, eu mesmo não tenho me reconhecido.

ÉPOCA – O senhor pensa na posteridade de sua obra?
Verissimo
– Não acho que tenha uma obra literariamente importante.



SERRA: MÚSICA E LANÇAMENTO DE LIVRO ENCERRAM SEMANA DO LIVRO.


Boa música, lançamento literário, apresentações teatrais, coral, roda musical e encontro de vários autores. O último dia da Semana Nacional da Biblioteca promete terminar as comemorações com chave de ouro. O encerramento acontece nesta segunda-feira (29), na Biblioteca Municipal, localizada no Centro da Serra.

As atividades começam logo cedo, às 9 e às 15 horas, acontecem apresentações do espetáculo “Sítio do Pica Pau Amarelo”, aos alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Hebert de Souza, no Instituto Projures.

Mais tarde, às 19 horas, será realizado um tributo a Luiz Gonzaga, através da apresentação do Coral Mais Educação. Após, haverá recitações do Folclore Brasileiro e, o carro chefe da noite, o lançamento do livro infantojuvenil “Pescando Histórias à Beira-Mar” de Daniel Libardi. O autor, que é formado em psicologia, transferiu anos de pesquisa sobre memorias psicossociais e a reconstrução sócio-histórica do nosso munícipio para sua mais recente obra.
Para encerrar, haverá uma roda literária musical em comemoração aos 45 anos da Biblioteca Pública Municipal da Serra, com a participação de poetas, escritores, compositores, seresteiros, violeiros e músicos para brindar toda à comunidade.

O projeto é desenvolvido pela Secretaria de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer através do Sistema Municipal de Bibliotecas.

DIRETOR MARCOS VERONESE ESCOLHE ELENCO PARA O FILME "O PÁSSARO DE FOGO".




Nesta segunda, 29, e terça-feira, 30, de 8h às 12h, o diretor e roteirista Marcos Veronese estará na Escola Técnica Municipal de Teatro (FAFI) para escolher atores que atuarão no filme “O Pássaro de Fogo”.

A obra audiovisual vai retratar a lenda cariaciquense que envolve os montes Moxuara, em Cariacica, e Mestre Álvaro, na Serra, e fala sobre o amor proibido entre dois jovens índios, que tinham a ajuda de uma ave misteriosa para se encontrarem.

De acordo com Marcos Veronese, todos que estiverem interessados e se acharem aptos para os papéis, podem participar do teste. Quem for ator ou já tiver participado de algum trabalho como ator, pode levar o currículo. O teste será feito para a escolha de todos os personagens que farão parte do filme.

O filme será financiado com recursos da Lei de Incentivo à Cultura de Cariacica “João Bananeira”. A previsão de acordo com Marcos é que as primeiras imagens sejam filmadas já no final do mês de novembro. “As locações ainda estão sendo escolhidas, mas adianto que o filme será gravado em Cariacica”, revela.


Escola Técnica Municipal de Teatro – Fafi
Endereço: Avenida Jerônimo Monteiro, nº 656, Centro de Vitória

Contato
Marcos Veronese
Telefone: (27) 9294-9672


A Lenda do Pássaro de Fogo

"Há muito tempo atrás, uma belíssima princesa indígena e um belo jovem índio guerreiro de tribos inimigas se apaixonaram perdidamente. Aumentou, por isso, a rivalidade entre as tribos.

O cacique pai da princesa ficou muito zangado quando soube do romance de sua filha com o inimigo. Ordenou que o feiticeiro da sua tribo perguntasse aos oráculos se o amor dos dois era sincero. Os oráculos responderam que o amor entre eles era mais do que sincero, era eterno.

Em consequência disso, foram estabelecidas rigorosas divisas entre as terras ocupadas pelas duas tribos, terras dos atuais municípios de Cariacica e Serra. Mas nada impedia o jovem casal apaixonado de se encontrar.

Desesperado, o cacique ordenou que seus melhores guerreiros cercassem a tribo, não deixando o guerreiro inimigo se encontrar com sua filha. No entanto, não há amor sem esperança, e como o jovem índio amava muito a princesa, esperou.

Numa tarde, ele encontrou na floresta, uma ave misteriosa. Ele a seguiu até o alto de uma colina. Logo em seguida, a ave alçou voo para a tribo da princesa, conduzindo-a até outra colina, próxima de sua tribo. Os dois então podiam se ver. A índia cantava e a delícia da sua voz chegava ao eleito do seu coração. Continuaram, assim, se vendo todos os dias.

Até que o malvado cacique ficou sabendo que sua filha continuava se encontrando com o inimigo. Furioso, ele ordenou que o feiticeiro transformasse os dois apaixonados em pedras quando se encontrassem novamente. Além disso, mandou transformar a ave numa bola de fogo. Assim aconteceu. No dia seguinte, a princesa índia e o jovem guerreiro foram transformados em rochas. O jovem guerreiro se tornou o Monte Mochuara, localizado em Cariacica, e a princesa, o Mestre Álvaro, localizado na Serra.

Mas o cacique e o feiticeiro não sabiam que a ave misteriosa era uma fada encantada. A ave amiga, transformada em uma bola de fogo, serve desde então, de mensageira entre os dois apaixonados, e com uma mágica, faz com que uma vez por ano, na noite de São João, os dois tomem forma humana e, de modo invisível, se encontrem."

(Do Manual de Atendimento ao Turista de Cariacica)

LICENÇA PARA CONTAR: TATIANA BRIOSCHI




TATIANA BRIOSCHI, poeta e contista, é capixaba de coração e escreve desde os 10 anos. É formada em comunicação pela UFES e representou o Brasil em Tóquio no concurso cultural Miss e Mister Universitários Internacional, ganhando o concurso. Participou do livro da SECUL "Edital de Contos" e lançou os livros "Vila Velha Mundo" e “Se os desse a você - poemas” (virtual), assim como dois concursos de contos pela internet. Tem incursões em várias áreas, como teatro, cinema e dança, além de ter vários poemas seus publicados no DIO-ES. Sua temática tende a observar os fatos do cotidiano, a realidade social.  Confira, abaixo, a terceira parte do conto “A enseada e a vendedora”:  

A ENSEADA E A VENDEDORA (3ª parte)

[...]

Decidi então ensinar português a um grupo de cinco pessoas utilizando uma salinha ao lado do depósito, que fora o cheiro de podre deu um bom lugar para as aulas, e assim fiquei por vários meses mas ao chegar no adjunto adverbial já estava entediada e então comprei passagem ferroviária só de ida para Constantinopla (que na estação descobri havia mudado de nome para Istambul) e pus-me a caminho. Havia comprado assento de segunda classe e lá pude observar as inúmeras brigas de casais por motivos banais, o que  causou-me pena, pedi licença e intrometi-me nas brigas tomando partido hora de um, outra de outro, até que os casais já vinham naturalmente a mim antes de brigarem efetivamente para pedir-me conselhos. Estes aconselhamentos matrimoniais continuaram por toda a viagem e combinei com o bilheteiro para trazer outros casais da primeira classe para aconselhamentos também. 

O  bilheteiro, embora meio lento, era simpático, e começamos a flertar involuntariamente até que nosso romance tornou-se inevitável e terminei a viagem entre beijos e abraços. Em Istambul vivi com o bilheteiro, que trocou de emprego para  ficarmos juntos, por felizes quatro meses e meio, tempo suficiente para descobrir nossa incompatibilidade de gênios e nos separamos amigavelmente, tão amigavelmente que ele comprou-me um bilhete até Veneza. Parti acenando um lenço branco entre a fumaça da estação e deixei-o lá em pé com o boné no peito o que causou-me tamanho impacto que tomei doses cavalares de tranqüilizante para morrer. Acordei e fui para a Piaza San Marco dar milho e posar como suporte de pombos - e cocô de pombo - para os turistas.  Porém os excrementos eram tão ácidos que afetaram minha saúde e acabaram com minha fonte de renda e forçou-me a buscar outra saída. Ofereci-me em uma papelaria chique como revisora da carta fiorentina, meu portfólio corroborou muito devo dizer, no que fui aceita como trabalhadora autônoma por tempo provisório. Sentei-me na prancheta exposta para venda e trabalhei arduamente na carta e transformei as florzinhas azuis sem graça em orquídeas amarelas que combinaram perfeitamente com os delicados traços e os dourados, além de acrescentar alguns toques de bromélias laranja bem alegres só que em tamanho reduzido para ficar proporcional, o que na minha opinião ficou perfeito, na minha, porque o casal dono da papelaria achou horrível e exótico demais, o que obviamente discordo com todas as minhas forças, mas como eu era a parte fraca no acordo reuni meu portfólio e fui-me embora não sem antes reclamar na secretaria italiana do trabalho e exigir indenização por assédio moral. Como fiquei na rua da amargura não tive outra alternativa a não ser ficar nela e tentar sobreviver, o que foi possível vendendo balas de hortelã nos pontos de travestis brasileiros. 

Quando juntei algumas liras comprei uma passagem no expresso do oriente e embarquei na primeira classe, sendo recebida por um funcionário uniformizado e cheio de botões dourados, muito simpático por sinal, que durante toda a viagem serviu-me lautas refeições e deliciosas bebidas de frutas, se bem que gostaria de ter bebido umas caipirinhas mas desisti ao não encontrar cachaça mineira e açúcar de cana. Entre paisagens, refeições à luz de velas e passeios interessantes cheguei a Londres em um lindo dia de sol. Após correr um pouco no Hyde Park procurei emprego numa loja de chapéus e luvas no centro da cidade e comecei imediatamente. Parecia que nasci para a coisa pois nunca a loja vendeu tantos chapéus e luvas em sua vida de duzentos e dez anos o que
resultou em um quadro com minha foto como funcionária do mês, enchendo-me de orgulho. Porém eu não parava de espirrar e fui ao médico, que diagnosticou alergia ao feltro usado nas mercadorias, obrigando-me a pedir demissão  contrariada. Pelo menos recebi um bom dinheiro pela rescisão do contrato de trabalho e adquiri via internet um bilhete eletrônico para o Suriname, onde cheguei animada, hospedando-me no spa das especiarias que fazia tratamentos à base de pimenta, noz moscada, açafrão, erva-doce, cravo, tomilho, além de mel, chocolate e aveia. Minha pele ficou maravilhosa e comi do bom e do  melhor com poucas calorias e pouca gordura. Com os cabelos cortados e tratados, as unhas manicuradas, a pele macia e roupas de algodão cru saímos o pessoal do spa em grupo para o bar mais quente da cidade a fim de vermos e sermos vistos. Saboreando uma espiga de milho quase engasguei ao ver atrás de nossa mesa um homem perfeito, charmoso, bonito, e inteligente, como pude averiguar quando o pessoal da nossa mesa chamou-o para juntar-se a nós. Após conversarmos umas três horas ininterruptas estava cada vez mais admirada com aquele cara que tinha gostos tão familiares, jeito tão confortável. E quando olhei nos seus óculos escuros, que ele mesmo vendia, vi meu reflexo e com ele hasteei a bandeira da escola onde trabalho, uma acadêmica em Vila Velha como sempre quis.

Veja a primeira parte do conto “A enseada e a vendedora” no link: http://outros300.blogspot.com.br/2012/10/licenca-para-contar-tatiana-brioschi.html

E a segunda parte no link: http://outros300.blogspot.com.br/2012/10/licenca-para-contar-tatiana-brioschi_28.html

domingo, 28 de outubro de 2012

CRÍTICA DO SHOW 'KID ABELHA 30 ANOS'


Sábado passado a banda Kid Abelha esteve em Vitória fazendo seu show 'Kid Abelha 30 Anos Multishow' na Arena do Álvares Cabral e a equipe do Outros 300 esteve lá para conferir.  

Público maduro, porém animado!

O que se viu no Álvares foi uma união entre a turma da casa dos 30 com a molecada. A maturidade do público fez com que o ambiente do show transcorresse na maior paz, contudo na maior empolgação.

O bacana foi ver a molecada cantando os sucessos antigos da banda, enquanto os maduros também estavam com os novos sucessos do Kid na ponta da língua. Realmente o ambiente era muito agradável e propício a um grande show!


Inicio com músicas lado B deixa show morno

Engana-se quem pensa que quando uma banda faz estes show tributos a 10, 20 ou 30 anos de carreira que só super sucessos comporão o set list dela. Normalmente raridades (os famosos lados B), músicas que a banda gostou de cantar e não fizeram sucesso e músicas inéditas também fazem parte do pacote. E foram com essas músicas que a banda que iniciou seu show que, claro, ficou o mais morno possível. 'Amanhã é 23', 'Grand Hotel' e 'Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda' foram as excessões e o público respondeu cantando de forma uníssona os hits.


Paula mandou "soltar as frangas" e o show esquentou, e muito!  

Já tinhamos mais de 30 minutos de show quando Paula Toller deu o sinal: "Podem soltar as frangas" disse ela, mas quem soltou as frangas, ou melhor, os hits, foi o Kid Abelha. Logo de cara sucessos como 'Lágrimas e Chuva', 'Eu Só Penso Em Você', 'Alice' e 'Fixação' botaram a galera pra ferver. 'Eu Tive Um Sonho', a excelente 'Nada Sei', e 'Te Amo Pra Sempre' fecharam o show.

Bis pra quebrar geral

Logo após a banda sair do palco para voltar ao tradicional bis, o público proporcionou um belo momento cantando o refrão de 'Pintura Íntima' criando assim uma situação inusitada: A banda, já pronta pra voltar ao palco, teve de ficar ao lado dele para não quebrar o bonito momento. Quando finalmente voltaram eles tocaram os super sucessos 'Como Eu Quero' e 'Pintura Íntima' e fecharam com chave de ouro a noite.


Paula Toller e seu 'Gangnam Style'

Sem dúvida quem roubou a noite foi Paula Toller. Comunicativa, falou com a platéia diversas vezes, lembrando de shows e passagens anteriores pelo estado. Linda, vestida em uma blusinha e um short curto, ela mostrou estar com tudo em cima, principalmente a animação ao imitar o sul coreano Psy e sua inconfundível coreografia de 'Gangnam Style' durante a música 'Fixação'. Só ela valeu o ingresso! A banda volta ao estado em janeiro para shows em Guarapari. O Outros 300 indica sua ida a eles, pois será diversão na certa.