sábado, 6 de setembro de 2014

OS PRÓXIMOS LANÇAMENTOS DE FILMES DE TERROR

Esta é para quem que, assim com eu, adora filmes de terror. Confira a lista com os filmes do gênero que estrearão ainda neste ano e em 2015. Destaque para 'Livrai-nos do Mal',  'Anabelle' e 'Invocação do Mal 2'. Confira a lista completa.


Livrai-nos do Mal: O filme acompanha a vida do policial de Nova York Ralph Sarchie (Eric Bana), que investiga uma série de casos de atividades paranormais e possessões. Irlandes e católico, por acaso, o agente encontra Mendoza (Édgar Ramirez), um padre renegado disposto a entrar para equipe de investigações sobrenaturais. A trama tem roteiro e direção de Scott Derrickson (O Exorcismo de Emily Rose) e estreia no Brasil no dia 18 de setembro.


Amityville: The Awakening volta mais uma vez a casa mal assombrada de Long Island, dessa vez uma mãe solteira e seus dois filhos ignoram a história da casa e passarão por maus bocados. A franquia começou em 1979 e teve quatro sequências e uma nova versão em 2005, inspirados na história real da família DeFeo, cujo filho matou os pais e os irmãos com uma espingarda e que, desde então, assombram a casa. Será lançado em janeiro de 2015 nos EUA e no Brasil não tem previsão.


Anabelle é um spin-off do sucesso Invocação Do Mal. A história vai focar na boneca amaldiçoada, sua origem e os males que causou a outras famílias. Novamente é baseado em uma história real, assim como o casal caça-fantasmas do filme anterior, a boneca também existiu e a lenda da sua maldição é bem conhecida. Estreia em outubro nos EUA e por aqui não tem data ainda.


Além de Anabelle, também haverá o Invocação do Mal 2, que acompanha um novo caso de manifestações demoníacas nas mãos do casal de investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren. Patrick Wilson e Vera Farmiga retornam para viver esse casal que realmente existiu, e a estreia do filme será no Halloween do ano que vem.


A Mulher de Preto 2 mostra que A Mulher De Preto continua aterrorizando 40 anos depois. A nova trama se passa em uma mansão transformada em hospital psiquiátrico para veteranos de guerra e a luta de uma jovem enfermeira para proteger os pacientes dessa maldição. O filme estreia em 13 de fevereiro de 2015.


Atividade Paranormal 5: isso mesmo, as famílias vão continuar sofrendo com portas fechando sozinhas e sons estranhos em casa. O novo filme da franquia está previsto para outubro do ano que vem e terá outra família em foco, mas novamente volta a protagonista do primeiro filme, Katie (Katie Featherston).


Drácula: A História Nunca Contada é mais uma releitura do vampiro mais famoso do mundo. Desta vez, protagonizado por Luke Evans na pele de Vlad Tepes, contando a origem e a trajetória do homem que se tornou o Drácula.


Leprechaun é uma lenda irlandesa sobre um duende do mal e inspirou um filme em 1993, protagonizado por Jennifer Aniston e que virou um clássico cult do terror. Ainda este mês irá estrear na Irlanda a continuação do filme, chamada Leprechaun: Origins e com o duende interpretado por Dylan Postl, um lutador profissional de WWE.



[rec] 4: Apocalipse continua a história de um vírus que se espalha em um prédio e transforma as pessoas em monstros com sede de sangue. [rec], [rec] - Possuídos, [rec 3] Genesis e esse se passam na mesma situação do edifício em quarentena, e acompanham a repórter Ángela Vidal (Manuela Velasco) documentando tudo e tentando sobreviver. O longa só será lançado em DVD na Espanha em outubro, e não tem previsão de quando chegará ao Brasil.


Poltergeist - O Fenômeno é outro clássico do terror cult, lançado em 1982 e que foi indicado ao Oscar e teve duas continuações. O remake, que será uma reinicialização da franquia, se chama Poltergeist e será lançado no Brasil em fevereiro do ano que vem, novamente acompanhando uma família que tem que lidar com fenômenos paranormais em sua casa, construída sobre um cemitério.


Sexta-Feira 13 é outra franquia de sucesso com nada mais nada menos do que 12 filmes estrelando o assassino Jason e sua máscara de hóquei, em um deles ele até lutou contra Freddy, o psicopata de A Hora Do Pesadelo (1984). O novo filme homônimo estreia em março de 2015 e será no estilo found footage, ou seja, imagens que simulam gravações reais antigas.


O aterrorizante Sobrenatural também receberá mais uma sequência. Nos dois primeiros filmes a história gira em torno de uma família cujo filho entra em coma e consegue transitar entre o mundo real e o espiritual, atraindo demônios e seres do mal para o mundo dos humanos. Sobrenatural: Capítulo 3 terá uma família diferente, e está marcado para maio de 2015.


Frankenstein também terá uma nova adaptação do livro de Mary Shelley de 1818. Dessa vez James McAvoy (X-men: Primeira Classe) será o médico Victor Von Frankenstein e Daniel Radcliffe (Harry Potter E A Pedra Filosofal) seu assistente Igor. Paul McGuigan (Heróis) dirige o filme que estreia em outubro de 2015.

'DUPLA IDENTIDADE' NA GLOBO

Nova série da TV Globo estréia no próximo dia 19. Saiba mais sobre a trama e o elenco e confira nossa primeiras impressões acerca da trama lendo a matéria completa.


Gloria Perez fala do suspense de seu seriado com serial killer: ‘Quem será a próxima vítima?’

Gloria Perez fala da criação de seu serial killer, o Edu (Bruno Gagliasso), do seriado 'Dupla Identidade'

A autora Gloria Perez promete levar muito suspense para a telinha a partir do dia 19 de setembro com a estreia do seriado Dupla Identidade, protagonizado por Bruno Gagliasso e Débora Falabella. A escritora se inspirou nas séries de suspense psicológico para criar a sua própria história e diz o que irá prender a atenção do público.

O atraente é que, nesse caso, caçar o criminoso implica em descobrir e seguir os rastros deixados pela sua mente. O suspense não está em quem matou, mas sim no jogo de gato e rato travado entre o serial killer, suas vítimas, a sociedade e a polícia. O nosso enfoque é a mente do psicopata: quem será a próxima vítima? Qual será o próximo passo? Será que a polícia consegue prendê-lo? Como ele consegue enganar tanta gente? Mostrar como ele se mantém perto de nós sem que ninguém perceba, e através da observação de detalhes sutis, os caçadores de mente conseguem chegar a ele”, comentou ela.


Glória ainda falou sobre as suas pesquisas para formar a personalidade de Edu (Bruno Gagliasso). “O que mais me inspirou na composição do Edu foram as entrevistas dos próprios serial killers e das pessoas que conviveram com eles ou conseguiram identificá-los. Como em todos os meus trabalhos, gosto de ouvir diretamente da fonte”.

Com a trama prestes a estrear, a autora destaca o ponto forte do seriado. “O núcleo investigativo é o coração da trama. Temos a polícia, que busca identificar o criminoso através de pistas concretas: DNA, fibras etc. E os caçadores de mentes, especialização de Vera (Luana Piovani), que buscam as pistas não materiais – aquelas deixadas pela mente do assassino”, comentou.

Primeiras impressões do Outros 300

Acompanhando as propagandas na TV e trailers na internet dá para ver que finalmente teremos uma boa opção na TV aberta nas noites de sexta-feira. Agora, o que nem a Globo e tampouco a autora Glória Perez citou é que 'Dupla Identidade' é um misto de 'Dexter' com 'CSI'. Bem parecido mesmo. Mas como as duas séries são ótimas...

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

CRÍTICA DO LIVRO 'O DOADOR DE MEMÓRIAS'

Livro de Lois Lowry que chegará aos cinemas nas próximas semanas é o próximo a ser analisado pela equipe do Outros 300. Será que vale a pena ler 'O Doador de Memórias'? E ver o filme, valerá? Confira abaixo.

Por Sandro Bahiense


Esperança de tempos melhores
Autora bebe na fonte de monstros sagrados como Huxley e Orwell

Ganhadora de vários prêmios, Lois Lowry contrói um mundo aparentemente ideal onde não existe dor, desigualdade, guerra nem qualquer tipo de conflito. Por outro lado, também não existe amor, desejo ou alegria genuína. Os habitantes da pequena comunidade, satisfeitos com suas vidas ordenadas, pacatas e estáveis, conhecem apenas o agora - o passado e todas as lembranças do antigo mundo foram apagados de suas mentes. Uma única pessoa é encarregada de ser o guardião dessas memórias, com o objetivo de proteger o povo do sofrimento e, ao mesmo tempo, ter a sabedoria necessária para orientar os dirigentes da sociedade em momentos difíceis. 

Aos 12 anos, idade em que toda criança é designada à profissão que irá seguir, Jonas recebe a honra de se tornar o próximo guardião. Ele é avisado de que precisará passar por um treinamento difícil, que exigirá coragem, disciplina e muita força, mas não faz idéia de que seu mundo nunca mais será o mesmo. Orientado pelo velho Doador, Jonas descobre pouco a pouco o universo extraordinário que lhe fora roubado. Como uma névoa que vai se dissipando, a terrível realidade por trás daquela utopia começa a se revelar. Premiado com a Medalha John Newbery por sua significativa contribuição à literatura juvenil, este livro tem a rara virtude de contar uma história cheia de suspense, envolver os leitores no drama de seu personagem central e provocar profundas reflexões em pessoas de todas as idades.

Este foi o resumo entregue pela Editora Arqueiro para os resenhistas a respeito de 'O Doador de Memórias'. Quem conhece as obras 'Admirável Mundo Novo' e '1984' notou certa semelhança. Sim, Lois Lowry bebeu - e muito - na fonte dos escritores futuristas e tecnocistas Audous Huxley e George Orweel. 

Daí surgiu 'O Doador de Memórias', um livro que fala de um futuro pessimista em que os humanos preferem estar torpes a viverem as agruras naturais a qual nossa existência infelizmente nos traz.

Se não há sofrimentos, também não há alegrias. Os humanos não são máquinas, mas se comportam como tal, afinal a razão sobressaí decisivamente sobre a emoção na maioria dos casos. Para manter tal regime, um estado forte e dominador impede firmemente quaisquer questionamentos acerca de sua prática, punindo com rigor possíveis desertores. 

Dentro deste imbróglio surge Jonas, o jovem que fica com a honraria de ser o guardador destas memórias ditas proibidas. Ao ter contato com elas, o jovem se deslumbra e decide fugir a fim de transmitir ao máximo de pessoas possível a beleza de gozar de seu livre arbítrio emocional.

A capa do livro nos EUA. Bem menos pop adolescente

A Crítica

É impossível não remeter a Orwell e Huxley. Partiu dos dois geniais escritores do início do século passado a premissa de escrever sobre sociedades futuristas, de forma nada positiva. Enquanto o primeiro, em '1984', descreve a ação do governo que controla a tudo e a todos através da visão do "grande irmão", o segundo em 'Admirável Mundo Novo', tece uma sociedade criada em laboratório, onde todos tem, desde o nascimento, sua carreira e história de vida definidas.

Daí o que Lowry fez? Pegou a pitada de um, com um cadiquinho do outro e inseriu certas doses de romance aventuresco adolescente e voilà: Surgiu 'O Doador de Memórias', um romance extremamente agradável e inteligente que conta com várias bolas dentro.

A começar por trazer este tema ao universo juvenil. É importante que nossa molecada se apegue à força bélica e política a qual estamos (e poderemos estar ainda mais) sujeitos no nosso mundo. Vislumbrar o quanto estes podem ser decisivos nas nossas vidas é algo extremamente salutar e, acredito, também porá os nossos garotos e garotas a pensar.

A forma como o universo de Jonas antes e depois de se deparar com as verdadeiras sensações humanas foram muito bem elaboradas, com uma bela riqueza de detalhes que, infelizmente admito, é incomum nos livros para o público adolescente.

A trama linear ajuda e efetivamente nos faz torcer pelo protagonista. Jonas, aliás, também é muito bem descrito. Um herói que não sabe ao certo no que e em que está se metendo. A braveza quase involuntária do protagonista se desapega ao enjoada estereótipo que os últimos "heróis adolescentes" estavam sendo criados. Jonas não é uma Katniss Everdeen, mas também não é um Edward Cullen.

Mas como todo romance adolescente temos também alguns furos aqui e acolá. A iniciar pelo número pequeno de páginas (184). Percebeu-se nitidamente a vontade de se criar uma saga onde, entendo, não se fazia necessário, principalmente porque toda a trama poderia se desenrolar num só romance um pouco mais longo. E isso me preocupa, pois a tendência é que à medida que outros livros sejam lançados a criatividade diminua e qualidade caia.

Cena do filme. Livros precisam do endosso do cinema para ganhar credibilidade. Porquê?

Outro senão fica com o lançamento no Brasil já com a capa do filme baseado neste. Porque temos que nos ater à leituras que somente virarão filmes? Isso é algum tipo de endosso? Tomara que não, afinal os maiores clássicos já escritos na literatura mundial nunca tiveram boas adaptações para a telona,  'Admirável Mundo Novo' e '1984', por exemplo, que o digam.

Mas noves fora isso, 'O Doador de Memórias' é um bom livro, um romance leve, e um ótimo divertimento sub pensante. Desde já indico o livro (sem entusiasmos exagerados, que fique claro) e também o filme que promete ser um bom divertimento. 

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

CLÁSSICOS DA LITERATURA BRASILEIRA VIRAM QUADRINHO

'Dom Casmurro', 'O Guarani', 'O Cortiço', 'O Alienista' e 'Memórias de um Sargento de Milícias' são alguns dos clássicos da literatura nacional que se transformaram em histórias em quadrinho. Saiba mais desta novidade lendo a matéria completa.


Clássicos da literatura brasileira viram quadrinhos
Obras como O Alienista, e Dom Casmurro de Machado de Assis são adaptadas por artistas das HQs

Grandes obras literárias brasileiras como 'Dom Casmurro', 'O Guarani', 'O Cortiço', 'O Alienista' e 'Memórias de um Sargento de Milícias' acabam de ser lançadas em adaptações para quadrinhos.

O Cortiço, por Ronaldo Antonelli e Francisco Vilachã, e Memórias de um Sargento de Milícias, por Índigo e Bira Dantas, fazem parte da coleção Literatura Brasileira em Quadrinhos, formada por volumes de 50 a 66 páginas e voltada a estudantes do ensino médio.

Já O Alienista ganhou a atenção dos gêmeos Fábio Moon e Gabriel Bá, indicados recentemente ao Oscar dos quadrinhos americanos, o Eisner Awards, pelo trabalho De: Tales, coletânea de histórias já publicadas no Brasil.

Os lançamentos, porém, não são novidades do gênero. Além da coleção Literatura Brasileira em Quadrinhos há também a Domínio Público, que lança as revistas sem editora, por meio de leis de incentivo.


O objetivo dos quadrinistas é levar ao leitor o jeito como o escritor usou as palavras, além, claro, de histórias interessantes. E, ao contrário do que muitos podem pensar, as HQs não vêm para substituir a leitura dos livros, mas para estimular o leitor a procurar novas fontes da história que acabou de ler, além de tirar o ar infantil que algumas pessoas atribuem aos quadrinhos.

CRÍTICA DO LIVRO 'A CULPA É DAS ESTRELAS'

A um leitor mais exigente ficará o questionamento: Mas só agora? Isso porque o livro chegou ao Brasil no fim de 2013. Mas a verdade é que já estamos em setembro e a trama de Hazel e Augustus continua entre as mais vendidas no país e neste meio tempo John Green, o autor do romance, teve relançado mais dois livros. Então fica a questão: Vale a pena ler 'A Culpa é das Estrelas'? Vale a pena ler John Green? 

Por Sandro Bahiense


Uma mistura de Nicholas Sparks com Stephenie Meyer
John Green mistura romance água com açúcar de um com engenhosidade de outra.

Sim, estou atrasado (aliás, bem atrasado, eu sei). Mas minha motivação em escrever esta crítica se deu por três motivos: Primeiro, são poucas as críticas (fora aquelas apaixonadas, feitas por fãs adolescentes) do livro na internet. Segundo, o livro (e o filme) continuam bombando, e terceiro, depois da 'A Culpa é das Estrelas', John Green relançou mais dois livros. Então, vale a pena ler 'A Culpa é das Estrelas'? Vale a pena ler John Green? 

Depende. Se você gosta de Nicholas Sparks e Stephenie Meyer, sim, vale muito a pena. Se você nunca se apeteceu pelas estorinhas dos dois autores supra citados, passe longe, bem longe mesmo, dos livros do Green.


Parece que já ficou claro, Green escreve para adolescentes e mulheres, e elas são seu público alvo (a frase na capa desta matéria diz tudo, não é?). Sua escrita é de razoável qualidade, pois o autor sabe falar a língua dos leitores, deixando sua estória simples, porém não necessariamente pobre. 



O grande mérito aqui é a criatividade no cenário do livro. Um casal adolescente com câncer terminal não é lá tão comum na literatura atual. E um casal adolescente com câncer terminal que leva essa terrível enfermidade com bom humor, também não.

Mas a engenhosidade Sthepenie Meyeriana acaba aí e passamos a nos deparar com um romance básico, destes que jorram aos litros nos livros de Nicholas Sparks e é aí que 'A Culpa é das Estrelas' perde a graça.

Isso porque o livro nos apresenta situações atrás de situações que forçam (e forçam é a palavra mesmo!) ao choro, algumas delas, inclusive, extremamente desnecessárias e acintosas. 

Em contra ponto, temos um casal que tenta manter o bom humor a todo custo, mas prevejo que esta característica advém mais da vontade do autor em manter o clima das leitoras lá no alto do que propriamente seja uma essência da dupla protagonista do livro. Temos essa desnecessária mania de só absorvemos o que nos faz bem, como se isso fosse uma premissa. 

E porque adolescentes só gostam de livros com adolescentes? E porque mulheres só gostam de livros onde mulheres (na maioria das vezes feias, impopulares e inexperientes) conhecem caras lindos, ricos e gostosos que nunca dariam mole para mulheres feias, impopulares e inexperientes, mas que, por algum motivo misterioso, nestes livros, dão?


Dupla de atores que fez o casal protagonista no cinema


Essa coisa de achar que você é - ou poderia ser - a personagem da estória só serve para deixar os livros mais pobres e, principalmente a sua leitura mais pobre.

Voltando ao 'A Culpa...' pelo menos o livro não é uma auto ajuda barata, mas é um romance barato, destes que só servem para distrair apesar das várias críticas apaixonadas que vocês já devem ter lido por aí.

E os outros livros?

Na mesma linha. O cenário inicial é bom (especialmente do 'Cidades de Papel'), mas depois a coisa vai pela linha do romance e talz... 'Teorema Katherine', por sua vez, não tem lá um cenário inicial tão inusitado, mas tem um desenrolar menos esperado.

John Green apesar de ter somente como grande mérito falar a língua adolescente tenta, pelo menos, não tratá-los como bobos. Percebe-se uma grande vontade de fazer algo bom, apesar de faltar um longo caminho para isso.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

DWAYNE JOHNSON É HERCULES

Quando surgiu no cinema Dwayne Johnson era conhecido como "The Rock" o ex lutador que agora combatia o crime. Seus primeiros filmes fizeram grande sucesso e achou-se que o norte americano ficaria relegado ao mesmo personagem para sempre. Todos acharam... menos ele. E foi através de uma grande dose de persistência - e muita lábia -  que Johnson conseguiu convencer o diretor Brett Ratner a escalá-lo como "Hércules", filme que estréia em breve no estado. Saiba mais sobre Dwayne e "Hércules" lendo a matéria completa. 

Por Fernanda Brambilla 


Dwayne Johnson se distancia de The Rock para elevar status em Hollywood

Quando Dwayne Johnson soube que um novo filme sobre Hércules estava em curso, não teve dúvidas. Foi até a casa do diretor, o cineasta Brett Ratner (de "Um Homem de Família" e da franquia "Hora do Rush"), para convencê-lo pessoalmente de que ele era o ator perfeito para o papel do herói.

"Dwayne olhou nos meus olhos e disse: 'Brett, eu nasci para ser Hércules. Você vai ter que confiar em mim'", contou o diretor ao UOL, lembrando da surpresa em ver o homenzarrão californiano de 42 anos e de 1,93m, peitoral de touro e cara de bad boy, em sua sala de estar. "Eu não o tinha em mente para o papel, sinceramente. Para mim, ele era somente The Rock, o ex-lutador, não via nada nele além de um cara extremamente musculoso e careca. E quando o vi, ali, na minha casa, não parei de pensar que jamais havia imaginado que um cara daquele tamanho pudesse ter tanto carisma, ser tão atraente e charmoso."

Há 15 anos, o ator novato Dwayne Johnson, então recém-chegado a Hollywood, já falava em Hércules, mas como um sonho de infância. "O personagem sempre teve um significado especial para mim por ser o primeiro super-herói que existiu. Ele serviu de inspiração para o Super-Homem", contou o ator ao UOL. "Mas eu não tinha contatos, dinheiro, não sabia nem como começar nessa indústria". Naquela época, ele era apenas The Rock, apelido que rende homenagem ao pai, o lutador samoano Rocky Johnson, e que o iniciou no esporte que foi sua primeira carreira.

Mas, hoje, Dwayne Johnson dispensa sutilmente o nome de guerra e se define como um empresário do showbiz. Seu discurso manso e eloquente contrasta com a imagem de brucutu, e é cheio de ambição e expectativas. "Hércules", então, é o primeiro de seus projetos pessoais e, ele adianta com sorriso aberto, serão muitos. "'Hércules' é uma transição. Eu tive a chance de trabalhar em filmes grandes, mas sempre fui parte de uma franquia. É diferente quando o seu nome vem acima do título no pôster do filme. Isso quer dizer mais chances", diz o ator.

Popularidade (e riqueza) em alta

A popularidade de Dwayne Johnson anda em alta e ele colabora. O ator gosta de manter contato direto com os 7,5 milhões de seguidores que possui no Twitter, onde anuncia projetos, publica fotos e faz até pequenos desabafos pessoais online, como quando, há dois meses, sua mãe foi vítima de um acidente de carro que a levou ao hospital. "Quero revolucionar a maneira de como se utilizam as mídias sociais", diz.

Mas a prova definitiva de seu novo patamar em Hollywood veio no ano passado, quando Johnson esteve no topo da lista de atores mais bem pagos da revista "Forbes", com um ingresso de US$ 1,3 bilhão, à frente de nomes como Robert Downey Jr. e Steve Carell. Um feito curioso para um ator que só viu a carreira decolar após uma década, quando a parceira com blockbusters o alçou ao estrelato.

Com sua entrada em "Velozes e Furiosos 5" (2011), o título lucrou US$ 600 milhões, quase o dobro do que o filme anterior. No ano seguinte, Johnson herdou de Brendan Frasier a sequência "Viagem 2: A Ilha Misteriosa", uma aventura que superou US$ 300 milhões. No ano passado, veio "G. I. Joe", ao lado do ídolo Bruce Willis, outros quase US$ 400 milhões de bilheteria. Ainda em 2013 Johnson filmaria "Velozes 6", um turbilhão de ação que beirou os US$ 800 milhões. A sétima parte da franquia que parece inesgotável, aliás, está prevista para abril de 2015.

Os ensinamentos de Hollywood

Nada mal para quem entrou na indústria cinematográfica quase por acaso. Hollywood o recebeu como a um animal exótico: a força física, o corpo tatuado com tribais e o porte avantajado o levaram facilmente a trilhar o caminho dos filmes de ação. "Quando cheguei em Hollywood, fiz 'O Retorno da Múmia' (2001). Naquela época, Arnold Schwarzenegger, Bruce Willis e Sylvester Stallone eram os maiores astros do mundo. E os três foram muito acolhedores, e me disseram: 'Você tem um futuro aqui, cara. Só precisa persistir, trabalhar duro e manter o foco'. Eu nunca esqueci esse dia".



Antes de sua recente escalada por filmes arrasa-quarteirão, porém, Johnson teve sua boa porção de escolhas equivocadas, como "O Fada do Dente" (2010). No âmbito pessoal, chegou ao fim o casamento com Dany García, seu amor de colegial e com quem tem uma filha, Simone, de 12 anos. A má fase trouxe a certeza de que ele precisava retomar o foco.

"Hércules", hoje, traz a ele uma lembrança desse período de fraqueza. "Ele [Hércules] perdeu a fé em si mesmo e eu passei por isso. Tive meu momento em que me senti preso, estagnado, sem poder me libertar", conta o ator. "Todos nós já passamos por algo assim, uma grande decepção ou depressão. Só há uma saída: Juntar forças e encarar o que estiver nos derrubando", pondera.

O novo Schwarzenegger

Na apresentação de "Hércules" na Cidade do México, o diretor Brett Ratner chama Dwayne Johnson, com um físico ainda mais impressionante, de "o novo Schwarzenegger". Johnson agradece, tímido, mas quer deixar esse tipo de comparação também para trás. "Eu me sinto lisonjeado, é claro. Mas eu quero mais dessa indústria", diz.

Depois de "Hércules" virá "San Andreas", drama sobre um terremoto que leva no título o nome da falha geológica na região da Califórnia, filmado na Austrália e previsto para 2015. Nesse mesmo ano ele estreará no universo dos quadrinhos com "Shazam", da DC Comics. Antes disso, em novembro, debuta na TV na série "Ballers", da HBO, em parceria com Mark Wahlberg. "Nesse papel não vai ter nada de força, só o meu charme e minha boa aparência", brinca.

Se Dwayne Johnson estará tranquilo desinflando músculos, ainda é cedo para dizer. Talvez seja essa a sua prova de Hércules. "Eu não sei se algum papel no futuro vai me exigir tanto e, se isso nunca mais acontecer, tudo bem. Acho que me despedi com um patamar difícil de superar".

"Hércules", com Dwayne Johnson, chega ao Brasil nesta quinta, 4

Herói mitológico, filho de uma humana com Zeus, e de força sobre humana. Assim é descrito o personagem principal da nova produção "Hércules", assinada pelo diretor Brett Ratner, com ninguém menos do que Dwayne "The Rock" Johnson vivendo o protagonista, que chega ao Brasil nesta próxima quinta-feira (4).

E para quem espera os clássicos 12 trabalhos de Hércules na telona, temos uma notícia. O longa trará o herói após a lenda, depois de matar o leão da Neméia, matar a Hidra de Lerna, capturar o javali de Erimanto, capturar a corça de Cerinia, expulsar as aves do lago Estinfalis, limpar as estrebarias de Aúgias, capturar o touro de Creta, capturar os cavalos de Diómedes, obter o cinturão de Hipólita, rainha das Amazonas, buscar os bois de Gerião, buscar os pomos de ouro do jardim das Hespérides e capturar o cão Cérbero.

A trama acompanhará um Hércules atormentado, com uma rotina bastante humana, trabalhando ao lado de alguns amigos por dinheiro.

Entretanto, ao ser procurado pelo rei da Trácia e sua filha, que buscam ajuda para derrotar um guerreiro tirânico, Hércules se vê responsável por mais uma tarefa heróica, e terá que decidir se está pronto para esta responsabilidade mais uma vez.

Vale ressaltar que, com nomes como Irina Shayk, John Hurt, Ian McShane, Joseph Fiennes, Ian Whyte,Rufus Sewell, Robert Maillet, Joe Anderson e Ingrid Bolsø Berdal no elenco, a produção é inspirada nas HQs "The Thracian Wars e The Knives of Kush", de Steve Moore.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

KEANU REEVES 50 ANOS

Um dos maiores astros da atualidade em Hollywood, Keanu Reeves completa hoje 50 anos. O que pouca gente sabe é que a vida do libanês (sim, o galã nasceu no Líbano!) é recheada de tragédias pessoais, decisões inusitadas e desapego material e à fama. A vida daria um filme. É muito legal, garanto. Confira lendo a matéria completa. 

Por Roberto Sadowski

destaque28

Keanu Reeves completa 50 anos como o astro mais imprevisível de Hollywood

Um dos memes mais populares da internet é o “Sad Keanu”, ou “Keanu Triste”. Começou com a foto do ator Keanu Reeves num restaurante, sozinho, espalhada por um paparazzo. Evoluiu para os vídeos de Reeves no metrô em Nova York, cedendo seu lugar aos mais velhos, um sujeito para lá de normal. A fala pausada, o ar melancólico, a solidão perene: tudo contribui para aumentar o mistério em torno de Keanu, que completa hoje 50 anos de idade como um artista imprevisível, peculiar e em constante transformação.
O fato de Keanu Reeves ter se tornado um astro de escopo internacional, capaz de carregar um filme pelo mundo, contrasta com sua personalidade discreta. Nascido no Líbano, filho de um geólogo e uma figurinista e corista, Keanu (seu nome significa “a brisa fria sobre as montanhas”) logo se viu em um lar despedaçado quando seu pai, preso por tráfico de heroína, abandonou a família quando o garoto tinha apenas 3 anos – ele viu seu pai pela última vez aos 13. Em sua adolescência ele acompanhou sua mãe de Sydney, na Austrália, a Nova York, e depois para Toronto, no Canadá, onde ele foi criado pelos avós. Problemático na escola, Reeves preferia jogar hóquei à vida acadêmica e nunca terminou o colégio.
picture-of-keanu-reeves-and-alex-winter-in-bill-x26-ted-x27-s-excellent-adventure-large-picture
O chamado artístico veio cedo, já que Keanu atuava no teatro desde os 9, alternando palco, comerciais e TV pela adolescência. O drama Veia de Campeão, protagonizado por Rob Lowe em 1986, foi o ponto de partida de seu relacionamento com o cinema. Dois anos depois, lá estava ele ao lado de Glenn Close em Ligações Perigosas, de Stephen Frears. O cinemão não conseguia encurralar Keanu num canto, já que ele saltava da comédia acelerada Bill & Ted – Uma Aventura Fantástica(1989, que ganhou continuação dois anos depois) para o drama indie Garotos de Programa (1991) com a mesma desenvoltura.
Os papéis adolescentes foram ficando para trás, e nos anos 90 Keanu encarou um thriller (Caçadores de Emoção, de 1991), uma superprodução gótica (Drácula de Bram Stoker, que Coppola dirigiu em 1992) e surgiu, irreconhecível, em O Pequeno Buda, que Bertolucci fez em 1993. Quando Hollywood achava que Keanu seria o tipo de coadjuvante bacana que levaria mocinhas para o cinema em diversos gêneros (afinal, Caçadores de Emoção lhe rendeu um MTV Movie Award de “Macho Mais desejável”), ele abraçou o cinema de ação de forma surpreendente com Velocidade Máxima. Aos 30 anos, Keanu Reeves era, finalmente, um astro.
Tem uma bomba no ônibus, e ela não tem nada a ver com Sandra Bullock: Keanu em Velocidade Máxima
Um astro eclético. Velocidade Máxima não colocou Keanu Reeves num pacote, e ele recusou 11 milhões de dólares para aparecer na continuação, preferindo seguir o papel no drama Caminhando nas Nuvens com uma temporada no teatro – onde interpretou Hamlet – e uma turnê com sua banda de rock, Dogstar, na qual era o baixista. Mesmo com o fracasso de Johnny MnemonicReação em Cadeia e o indiePaixão Bandida, Keanu agora dava as cartas. Reduziu seu salário para garantir Al Pacino no elenco de Advogado do Diabo – o que ele faria alguns anos depois emVirando o Jogo, para ter Gene Hackman no elenco – e reencontrou o sucesso.
Nada o preparou, porém, para uma ficcão científica modesta que ele foi rodar na Austrália com dois irmãos ambiciosos que só tinham um drama policial/sexy no currículo. Matrix, dos irmãos Wachowski, chegou aos cinemas no fim de abril de 1999 e se tornou o filme mais impactante do ano – o que não é pouco, já que foi a mesma temporada que viu Star Wars: A Ameaça FantasmaClube da LutaA Bruxa de BlairDe Olhos Bem Fechados. No papel do herói cyberpunk Neo, Keanu achou o papel perfeito, que equilibrava sensibilidade e filosofia com a energia cinética de um filmaçio de ação original e inovador. Infelizmente, o ano ficou marcado para o ator por outros motivos. Sua namorada, Jennifer Syme, perdeu a filha do casal que nasceu prematura e não resistiu. Dezoito meses depois, Jennifer foi a única vítima de um acidente automobilístico. Foi o último envolvimento romântico público do ator.
Neo-Matrix-Keanu-Reeves-Ammunition-New-Hd-Wallpaper-
Até então, a vida de Keanu Reeves era a de um nômade. Sem um teto para chamar de seu, ele vivia em hotéis e em casas alugadas – só me 2003 ele comprou uma residência modesta em Hollywood, seguida de um apartamento em Nova York. Longe de ser materialista, Keanu doou 50 milhões de dólares dos 70 milhões que recebeu pelas continuacões de Matrix (lançadas em 2003) para a equipe de efeitos especiais do filme. “O que tenho já me garante uma vida confortável pelos próximos séculos”, chegou a dizer. Com o cachê de seus filmes, Reeves alimenta uma organização de caridade para pessoas com câncer, além de um sem número de outras instituições – embora ele insista no anonimato.
A essa altura, Hollywood já havia desistido de categorizar Keanu Reeves. Ele continuava alternando sucessos de bilheteria (Alguém Tem Que CederConstantine,A Casa do Lago, que o reuniu com a estrela de Velocidade Máxima, Sandra Bullock) com filmes independentes e experimentais. Nessa leva, ele voltou ao universo cyberpunk em O Homem Duplo (2006), de Richard Linklater, e fez o delicado A Vida Íntima de Pipa Lee (2009). Mesmo o candidato a blockbuster O Dia Em Que a Terra Parou, de 2008, não se encaixava como um “produto” hollywoodiano comum. A segunda década do século 21 trouxe serenidade e novos rumos artísticos. Se a música ficou de lado, Keanu foi para trás das câmeras com sede. Produziu o documentário Side by Side, em que entrevistava diretores como James Cameron e Martin Scorsese sobre a migração da película para o cinema digital; e dirigiu O Homem do Tai Chi, que arrancou elogios do diretor John Woo e mostrou habilidade narrativa e visual.
Keanu em cena em O Homem do Tai Chi, que marcou sua estreia como diretor
Sua volta para o terreno dos blockbusters foi o equivocado 47 Ronins, em que mais uma vez ele é o herói relutante, em busca de seu lugar no mundo e de sua verdadeira identidade. Mesmo com ritmo desacelerado, Keanu Reeves continua a buscar novas formas de expressão, sempre com dedicação. Seus 50 anos serão comemorados com mais um filme de ação incomum, John Wick, em que ele faz um assassino obrigado a perseguir um amigo que lhe tem como alvo. “Eu cheguei para as filmagens com meu roteiro na ponta da língua”, lembra Shia LaBeouf, que dividiu a cena com Reeves em Constantine. “Keanu é outro nível: ele tinha cadernos e mais cadernos cobertos com anotações, tudo sobre exorcismo, reencarnação, Deus e o Diabo, coisas que jamais entrariam no filme. Mas ele queria saber, queria estar preparado.” Keanu Reeves, 50 anos, sempre preparado. Menos para as surpresas da vida.
John Wick Movie