Tarantino revela sua
personalidade forte em duas entrevistas à PLAYBOY
Quentin Tarantino, em 10
anos, deu duas entrevistas para a PLAYBOY. Ambas foram conduzidas pelo
jornalista americano Michael Fleming, onde o diretor de Pulp Fiction, Kill Bill e Bastardos Inglórios mostrou seus traços
de personalidade forte, que acabam refletidos em suas obras. Sua última
criação, Django Livre, teve cinco indicações ao Oscar 2013 e recebeu aprovação
de público e crítica.
Comparamos as entrevistas,
publicadas em 2003 e 2013 na PLAYBOY Brasil, e selecionamos as frases que
melhor mostram a personalidade de Tarantino. Confira:
“Muita gente já me deu boas ideias. Mas
não sou do tipo que passa uma cópia do roteiro para todo mundo e sai recolhendo
as impressões da galera. Recolho comentários na montagem do filme, mas, se as
pessoas tiverem algum problema com o roteiro, provavelmente não vamos fazer o
filme juntos.”
“Esse é um problema que eu tenho: penso em algumas
pessoas e não
levo em conta que estou pensando neles
há 20 anos.”
“Diretores não ficam melhores à medida que
envelhecem. Geralmente os piores filmes de suas filmografias são os últimos
quatro. Eu sou totalmente dedicado à minha filmografia, e um filme ruim ferra
com três bons.”
“Lá em 1994, acho que todos eles estavam
bem impressionados comigo, e isso foi bacana, mas eu me sentia um outsider, um
punk rebelde, e só esperava não ferrar com tudo. Ainda faço as coisas do meu
jeito, mas também não saí de cena.”
“Antes mesmo de Pulp Fiction, comecei a
descobrir como é cool ser diretor. Quando passei a freqüentar o circuito dos
festivais, estava transando o tempo todo. Nunca havia saído do país, e eu não
só estava transando adoidado como transando com garotas estrangeiras.”
“Não me surpreendo quando as pessoas ficam
surpresas. Elas não assistiram a todos os filmes que eu vi e não estão
enfastiadas com filmes como eu estou. Preciso fazer essas coisas para a
experiência de filmar valer a pena.”
“Fui para a cadeia em três situações
diferentes, todas por violações de trânsito. Estava com 20 anos e quebrado.
Ganhava 8 mil dólares por ano.”
“A primeira vez que fui à Grande Muralha
da China, estava rolando uma rave, que durou a noite inteira. Havia bandas de
rock e fogos de artifícios. A gente estava fumando maconha e tomando ecstasy.
Foi o máximo.”
“Sou daqueles que não se preocupam muito
em ser analítico antes do tempo. Apenas deixo as histórias tomarem o rumo que
elas tomam.”
“Existe uma boa ponta de orgulho no fato
de ter abandonado o colégio e conquistado o que consegui. Isso me faz parecer
um pouco mais esperto. Quando digo isso a alguém, eles ficam genuinamente
impressionados.”
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