VEJAM QUEM SÃO 'OS FILHOS DO FIM DO MUNDO'

Crianças que nascem mortas e, as com menos de um ano também morrem misteriosa e repentinamente. Um cenário de caos é instaurado e o mundo definha e morre pouco a pouco. O que é isso? São 'Os Filhos de fim do Mundo'. Continue lendo e saiba quem são eles.

'Filhos do Fim do Mundo' traz um retrato jornalístico do pré-apocalipse

Obra mostra jornalista atrás de informações sobre misterioso evento

O que aconteceria se os bebês simplesmente parassem de nascer e, para piorar, todas as crianças nascidas no último ano morressem? Em “Filhos do Fim do Mundo”, o jornalista, cineasta e escritor Fábio Madrigal Barreto acompanha um repórter obrigado a deixar a esposa grávida em casa para cobrir os acontecimentos que podem ou não representar o fim da humanidade como conhecemos.

A narrativa pré-apocalíptica (o evento, em si, ainda não aconteceu) de um acontecimento global poderia ter base em qualquer canto do mundo e ser protagonizada por qualquer pessoa; até porque Barreto não ambienta sua ação em uma cidade específica e, assim como José Saramago costumava fazer, não dá nome a seus personagens, que atendem por suas funções sociais (o Repórter, o Diretor de Redação, a Esposa... e por aí vai).

“Optei por uma história global. Acredito muito na literatura fantástica nacional, mas o público ainda está se acostumando com o Brasil como berço dessas histórias”, explica o autor, há cinco anos morando fora do Brasil, em entrevista.

Para ele, esse tipo de literatura atrai o leitor por tratar de um acontecimento definitivo que mudaria o mundo e possibilitaria que a população se reinventasse a partir de um novo começo. Ele acredita que o leitor não quer ver o fim do mundo definitivo, ele quer é ser o herói ou alguém sortudo e valente o suficiente para sobreviver. 

“Queremos nos provar, superar desafios”, pondera Barreto, que garante ter levado muito de seus dias como jornalista para a escrita do livro. “Sempre temos que ser criativos ao contar histórias, não? Muito do que aprendi nas redações serviu nessa transição”, completa, citando a escola literária estadunidense do início do século passado, que teve Ernest Hemingway como expoente, como um modelo de contar história a ser seguido.

Foto: Divulgação

Confira:
Filhos do Fim do Mundo
Fábio M. Barreto
Fantasy Editora
288 páginas
Quanto: R$ 34,90

Estrutura

Mesmo que não se caracterize como um texto jornalístico, “Filhos do Fim do Mundo” é objetivo e possui as construções econômicas e diretas que levam o leitor direto ao ponto que merece destaque (ou ao que o autor quer destacar). Ainda, o autor viu em seu livro a oportunidade perfeita para retratar a profissão como ela realmente é, sem os estereótipos e as caricaturas normalmente presentes das caracaterizações de jornalistas na ficção. 

Em sua jornada, o Repórter realmente acredita no poder da única coisa que pode fazer: conseguir informações do desconhecido. “Podemos ter perdido a guerra para os blogs, mas servimos como base para o modo de se comunicar de hoje em dia”, ressalta o autor, que ressalta a importância de escritores como Isaac Asimov e Neil Gaiman, além da dos já citados Saramago e Hemingway, para seu texto.

De leitura fácil e rápida, “Filhos do Fim do Mundo” parece um roteiro pronto para ser filmado. Um curta com um prólogo da história já está disponível na internet e Fábio não descarta a possibilidade de levar seu texto para outras mídias como cinema e televisão. “Quem sabe eu não possa mostrar que literatura brasileira não tem apenas potencial, como pode, e deve, ganhar as telas?” 

Fonte: A Gazeta

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