quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

TUDO SOBRE 'TAINÁ - A ORIGEM' FILME QUE ESTARÁ EM CARTAZ NO ES NESTE FIM DE SEMANA

Um dos investimentos mais pesados do cinema nacional, a trilogia 'Tainá' chega a sua última empreitada com 'Tainá - A Origem', filme que conta com a lenda referente a guerreira indiazinha começou. Confira maiores informações na matéria abaixo.

Divulgação

Indiazinha Wiranu Tembé é o trunfo de novo Tainá; assista o trailer

Último filme da trilogia conta as origens da personagem e foi 100% rodado na floresta


Quando a reportagem encontrou pela primeira vez a pequena Wiranu Tembé, em um set de filmagens em plena Amazônia, há pouco mais de dois anos, ela era uma menina recém-saída de sua aldeia Tekohaw, no nordeste do Pará. Ainda tinha dificuldade para falar e entender o português, mas se saía muito bem diante das câmeras. Ela havia sido escolhida, entre mais de duas mil meninas, para ser a nova Tainá no cinema. 

Semanas atrás, quando a reportagem a viu novamente, ela já era uma garotinha articulada, que, em vez de se esmerar para aprender português, ensinava tupi para seus companheiros de cena, o garoto Igor Ozzy e a menina Beatriz Noskoski. “Como é água? É iga. E como é cachorro? E gato? E Wiranu? Sabe o que quer dizer?”, perguntou ela à reportagem, que na visita ao set de “Tainá - A Origem”, já havia aprendido que Wiranu é ema branca. “Destas que não param um minuto, que correm para lá e para cá”, brincou o preparador de elenco Claudio Barros, que acompanhava as crianças na maratona de entrevistas da campanha de lançamento do filme, que começou há cerca de um mês. 

“Veja como tudo faz sentido. Os índios nem sempre dão imediatamente os nomes aos filhos. Às vezes demoram, mas são precisos quando o fazem”, comentou Claudio, que, depois de dois anos buscando a nova estrela, descobriu Wiranu nos jogos indígenas de 2009, que são anualmente realizados na cidade paraense de Paragominas. 

Enquanto Claudio falava, Wiranu passeava pela sala de entrevistas. “Gosto de dar entrevista. Mas filmar é mais legal”, disse ela, voltando à conversa. “O que eu mais gostei foi fazer as cenas do balão. O que eu menos gostei foi a cena da água e das tartarugas. Estava muito frio”, completou ela, em português fluente. “E de São Paulo eu gostei dos prédios, bonitos. Mas não gostei que tem muita gente. Por que tanta gente na rua? De noite aqui tem mais barulho que na floresta. Os carros acordam a gente muito mais que os bichos quando fazem barulho à noite.”

No filme, Wiranu dá vida a Tainá, uma indiazinha órfã de 5 anos, que sonha em se tornar uma guerreira e descobrir sua verdadeira origem, que faz amigos surpreendentes como Laurinha (Beatriz Noskoski), uma garota da cidade, perdida na selva, e Gobi (Igor Ozzy) um indiozinho nerd. 

Desde seu nascimento aos pés da Grande Árvore, o filme passa pela revelação de quem é a sua mãe e segue até o momento em que a pequena guerreira se vê às voltas com uma nova ameaça à natureza: o inimigo ancestral de sua família, Jurupari, a encarnação do Mal, que quer destruir a floresta. “Esta nova história fala de algo profundo, que é a relação mítica dela com a mãe, que finalmente aparece. É uma surpresa e um momento que fez com que as mães que viram o filme se emocionassem”, conta o produtor Pedro Rovai. “Além disso, há o périplo de Tainá pela Amazônia em busca de sua identidade guerreira. Ela é mulher e, pela lei indígena, não pode ser guerreira. Mesmo assim, vai em busca de seu destino.”

Para a diretora Rosane Svartman, além de tratar de temas com os quais os adultos também se identificam, “Tainá – A Origem” toca o público infantil por abordar com seriedade assuntos que elas também vivenciam. “Ainda que adorem as cenas de aventura e ação, as crianças se identificam com o drama de Tainá. Elas querem saber quem é sua mãe, querem que ela vença a tarefa de se tornar guerreira”, comenta Rosane. 


LOCAÇÕES REAIS 
Foram muitos os desafios enfrentados pela equipe de filmagens. “Tudo foi rodado em locações. Se algo quebrasse, seria preciso nos virar com o que tínhamos. O grande diferencial foi a fidelidade ao real. Quando buscávamos a Grande Árvore, disseram que podíamos criá-la digitalmente”, conta a diretora Rosane Svartman. “Mas não seria a mesma coisa. Acabamos achando a árvore no Amapá, na Ilha de Santana. Este cuidado também valorizou as cenas de close, que não poderiam ser filmadas na Floresta da Tijuca. Por mais que filmar na Amazônia encarecesse a produção, no final, agregou valor inestimável ao filme.” (AE)


Assista ao trailer de Tainá - A Origem


Fonte: Agência Estado

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