Além do bombástico A filha do mal outra ótima opção para o cinema neste fim de semana é o excelente Histórias cruzadas. Não é à toa que o filme venceu três prêmios na cerimônia do Sindicato dos Atores de Hollywood (SAG), no último domingo, e recebeu quatro indicações ao Oscar, incluindo a de Melhor Filme.
Dirigido por Tate Taylor História cruzadas foi baseado no livro "A Resposta", de Kathryn Stockett, o roteiro tem foco na discussão acerca dos direitos civis dos negros no Sul dos EUA, na década de 1960, e faz uso de conflitos raciais para emocionar seus espectadores.
A trama conta a história de Eugenia Skeeter (Emma Stone), uma jornalista recém-formada que retorna à pequena Jackson, no Mississipi, e, pela primeira vez, percebe o racismo que impera na cidade. Incomodada com a situação, e a fim de mostrar para uma editora que pode escrever textos sérios, ela resolve escrever um livro pelo ponto de vida das empregadas negras que não só cuidam das casas, mas são as grandes responsáveis pela educação das filhas das dondocas sulistas, como aconteceu à própria Eugenia.
A escolhida, a princípio, é Aibileen (Viola Davis), uma doméstica com mais de 17 crianças no currículo, que trabalha para Elizabeth Leefolt e é a única responsável criação da filha da perua. Com o tempo, outras negras, como Minny Jackson (Octavia Spencer), também aderem ao projeto.
O filme faz um excelente trabalho de reconstrução de época, com excelentes design de produção e figurinos. A fotografia também faz um trabalho correto ao retratar a casa dos negros com cores mais fortes e mais texturas, em oposição à limpeza e perfeição da casa dos brancos.
O filme é bonito, forte, mas gostoso de assistir e emocionante na medida certa sem cair em pieguismos ou em levantas bandeiras. É uma boa pedida para o seu cineminha do fim de semana.
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