terça-feira, 31 de dezembro de 2013

CRÍTICA DO FILME 'ATÉ QUE A SORTE NOS SEPARE 2'

Continuação do sucesso protagonizado por Leandro Hassum, 'Até Que a Sorte Nos Separe 2' estreou nos cinemas e a equipe do Outros 300 esteve lá para assistir. Confira nossas impressões lendo a matéria completa.

Por Sandro Bahiense

Até que a Sorte nos Separe 2

Nós não somos tão simples!
Humor extremamente simplório de filme é uma afronta ao intelecto do espectador brasileiro

Quem acompanha com razoável assiduidade as nossas críticas já deve ter percebido uma reclamação recorrente nossa: A simplicidade (extrema) de nossos filmes, em especial os de comédia. 

O mercado cinematográfico do país esquentou, contudo os investidores ainda são muito zelosos, logo preferem apostar "no certo" e não perder dinheiro. Lê-se com isso, então, que a fórmula mágica é fazer filmes de comédia bobos, repetitivos e previsíveis. Nessa linha 'Até Que a Sorte Nos Separe 2' tem grande chance de ser o campeão.

O filme é de uma pobreza argumentativa ainda pior do que sua primeira edição. Pobres, a família de Tino ganha uma herança deixada por Tio Olavinho, contudo, para ganhar a grana, tem de ir a Las Vegas para jugar as cinzas do tio. Chegando lá Tino perde todo o dinheiro no cassino.

Até que a Sorte nos Separe 2 - Foto

Isso mesmo? A mesma coisa. Do mesmo jeito. Só trocamos o Rio por Las Vegas e pronto. Porém a impressão que passa é que a segunda parte do filme foi feita com menos cuidado ainda do que a primeira, pois desde a troca da protagonista (Dani Winits por Camila Morgado), até a forma como Tino perde toda a fortuna são reproduzidas de forma improvisada e superficial até para um filme de comédia.

As piadas são de dar pena. Hassum vestido de mulher, trocadilhos infames, piadas com gordos, escatologia e até um guaxinim que come o saco do Tino, esses são os repertórios do filme que conseguem fazer o Zorra Total ser sofisticado perto dele.  

O que me estranha até, pois o filme, em raríssimas vezes, que fique claro, até apresenta um humor sofisticado, brincando com seu caráter improvisatório, e fazendo citações aos artistas e a outros personagens e filmes. Porém o trabalho como um todo não tem uma cara. Na mesma hora em que se traz uma situação inteligente o personagem de Hassum solta um peido em seguida. Uma pena.

Até que a Sorte nos Separe 2 - Foto

Leandro Hassum, aliás, é o mesmo de sempre. Caras e bocas. Gritinhos. Barriga grande balançando... Camila Morgado não agradou como figura cômica (um problema facial que a fazia ficar com tiques nervosos foi constrangedor) e, claro, coube a Jerry Lewis e Bertra Lohan serem as únicas figuras descentes em cena (descentes e não engraçadas, ok?). Anderson Silva? Bem... Foi o Anderson Silva.

Uma trama (trama?) horrível, interpretações caricatas, piadas pesadas e sem graça. 'Até Que a Sorte Nos Separe 2' foi uma bomba. Mas se você quiser só distração... Vá lá o risco é seu.

sorte

2 comentários:

  1. Gostei muito do filme!E para gostar e se divertir,não precisa ser impecável ou politicamente correto. Me emocionei com o meu ídolo Jerry Lewis,um gênio do cinema. Se a pessoa se propõe a fazer comédia,precisa se preparar com essas situações citadas anteriormente.

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  2. Que comentario mais imbecil..Sera que entende mesmo de cinema? O filme hpje é a linguagem dos adoslescentes atuais. Emocionante e fala sobre o amor. Formidavel .Os adolescentes e adultos estão adorando. Uma comedia nem sempre tem sentido. É uma pena que voce esta muito arcaico e muito antigo pra entender que os jovens mudaram e a linguagem tbm. Não é atoa que o filme é campeão de adiencia.. Show de bola o filme!

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