sexta-feira, 19 de setembro de 2014

CRÍTICA DA SÉRIE 'DUPLA IDENTIDADE'

Estreou na noite de sexta-feira a série da TV Globo 'Dupla Identidade'. Protagonizada por Bruno Gagliasso e Luana Piovani, a série promete ser um mix de drama, aventura e muito mistério. Confira nossas primeiras impressões lendo a matéria completa. 

Por Sandro Bahiense

Acompanhe o primeiro capítulo da série 'Dupla Identidade' TV Globo//Divulgação

Yes, nós temos banana (e séries policias boas)
TV Globo se especializa no gênero e parte para a segunda empreitada de sucesso

A TV Globo parece estar se especializando em produzir séries policiais. Depois de viver grandes momentos com a ótima 'A Teia', a empreitada da vez, 'Dupla Identidade', promete ser ainda melhor.

Nas propagandas que anunciavam o programa a achei que seria uma mistura de CSI com Dexter e, quando a assisti, confirmei. Na verdade 'Dupla...' é uma mistura de várias séries, novelas, filmes e etc. Enfim uma (boa) salada de influências.

Apresentação

Ao primeiro episódio, por mais que se tenha tentado fugir disso, coube a 'Dupla..' a apresentação de seus personagens. Pelo menos todas as principais figuras da trama nos foram mostradas de forma adulta, sem que nós não fossemos tratados como idiotas.

Ao fim do primeiro programa, porém, todo o principal elenco já tinha suas características definidas e perspectivas na trama estabelecidas.

Marcelo Novaes e Luana Piovani tentaram provar que são mais do que rostinhos e corpinhos bonitos o tempo todo, quer dizer, quase o tempo todo.

Primeiras impressões

Filmagem com poucas cores, quase em preto para salientar o clima sombrio da série. A fotografia, aliás, foi o grande ponto do primeiro programa. A trilha sonora, por sua vez, parece ter tido pouco espaço, ao contrário de 'A Teia' onde tinha, neste aspecto, um grande trunfo.

O elenco tinha muito a provar. Marcelo Novaes e Luana Piovani, por exemplo, tentaram provar que são mais do que rostinhos e corpinhos bonitos. Bem, no primeiro episódio, não conseguiram, apesar de prever melhoras.

Marcelo Novaes e Luana Piovani tentando fazer ar sombrio e preocupado. Convenceram?

Débora Falabella, por sua vez, não precisava provar nada. Contudo não entendi muito bem sua personagem. Porque ela tinha que ficar rindo o tempo todo, como idiota, nas cenas de flerte com o personagem do Bruno Gagliasso? Tá, ok, ele é bonitão e tudo, e ela, bem, é somente simpatiquinha, mas tamanho ar de estranheza e choque pela atenção dele para com ela foi, no mínimo, esquisito. 

Aderbal Freire Filho esteve bem na pele do político pretensioso e desalmado Oto. Já Marisa Orth foi, hã, como vou dizer, foi Marisa Orth. O cara que fez o filho dos personagens de Aderbal e Marisa, que esqueci o nome agora, sempre fazendo papéis esquisitos. Que sina! 

Bruno Gagliasso está em grande fase. Convincente como o psicopata acima de qualquer suspeita. No mais, seu personagem que promete ser sedutor e inteligente, usou das duas características neste primeiro episódio. Bruno, além do roteiro, parecem ser o ponto alto da série.

 
Débora Falabella e seu insuperável riso neste primeiro episódio

Crítica

O personagem de Débora Falabella perde a amiga, vai pra praia, toma uma bolada, se interessa por um cara cujo grande xaveco é um eloquente "oi", ri histericamente...  Isso tudo em um único episódio. Marcelo Novaes e Luana Piovani tentando fazer ar sombrio e preocupado. E Marisa Orth fazendo parte do elenco. Sim, estes fatos depõem contra 'Dupla Identidade', mas a bela fotografia, o roteiro (pelo menos na parte dos crimes) bem pensado, a direção firme e a perspectiva de uma trama bem bolada e original sobressaem aos "males" da série.

Para o primeiro episódio o saldo foi positivíssimo. Parece que a Globo realmente aprendeu a fazer séries sérias e não somente aquelas baboseiras que eles insistem em dizer que são comédias. Yes, nós temos bananas e boas séries também!  

Bruno Gagliasso, além do roteiro, parecem ser o ponto alto da série.

11 comentários:

  1. A personagem da Débora Falabella é uma borderline, um tipo de transtorno de personalidade, que inclui a citada histeria. A Luana Piovani de fato não convence. O Bruno Gagliasso esteve excelente nesse 1 episódio. O roteiro da Glória - ainda bem - foi bom, longe daqueles roteiros horríveis das novelas que ela escreve. A premissa da série é bem parecida com "The fall", mas, como o tema é o mesmo, era de se esperar. Achei a série, no geral, bem bacana. Quero ver mais. Lembrando que, além de "A teia", a Globo fez "O caçador", outra série policial interessante.

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  2. Incomodou-me, como noutras experiências da Globo, essa necessidade de copiar a estética dos estúdios norte-americanos, seja na fotografia seja na "estampa" dos personagens, que estão muito parecidos com personagens de policial dos EUA. Uma polícia (civil ou federal) sem agentes ao menos pardos, numa ambientação que sugere o Brasil?

    Evidentemente, a Globo é uma santa indústria que fabrica produtos conforme o tal Deus "mercado", que se delineia pelos preceitos ditados pela indústria cultural. Logo, não é assustadora essa escolha estética.

    Mas a subserviência incomoda quando nos damos conta de que podemos criar uma estética televisiva com nossas marcas (como já o fizemos), em se tratando de séries ou minisséries. Temos autores para isso, mas não a Glória Perez, muito circunscrita a clichês.

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  3. A série é muito boa, mas eu achei que teve duas falhas no roteiro ou, na melhor das hipóteses, duas situações que ainda serão explicadas. A primeira: Bruno Gagliasso vê Débora Falabella na delegacia e depois, quando está na praia, ela também está. Não é coincidência demais, não? Ou, então, ele a seguiu. A segunda: O filho do político encontra um celular tocando em sua cama e, do outro lado da linha, Luana Piovani mente, falando que o celular é dela, e pede o endereço para ir pegar o aparelho. O cara acredita numa boa, achando que era a prostituta do pai dele que havia deixado lá. Ué? Mas se o celular fosse mesmo dela, ela não deveria saber qual era o local? Então, ou o personagem não é muito esperto ou Glória Perez errou mais uma vez. Gosto muito das histórias dela, mas ela erra pra caramba!

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    1. Olá, na verdade as "coincidências" se explicam de uma forma natural.
      A primeira é: Na Delegacia a Débora Falabella e chama a atenção ao passar por Bruno Gagliasso, falando ao celular com amiga pedindo que a encontrasse no posto 04 naquele momento.
      A segunda: O filho do político encontra um celular tocando em sua cama e, do outro lado da linha, Luana Piovani mente, falando que o celular é dela, e pede o endereço para ir pegar o aparelho. O cara acredita numa boa, essa ficou um pouco estranho realmente, mas talvez por achar que realmente seja uma prostituta, não tenha certeza do endereço que largou o celular.
      A principio me pareceu que o personagem de Bruno Gagliasso tem um Interesse/ Admiração muito exagerado pelo tal politico Oto, coincidência ou não a vítima e dona do celular era amante do mesmo.

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  4. Essas historias de encontrar por acaso, coincidências, são recorrentes nas histórias de Glória Perez.
    Outro erro e'a forma como os serial killers, psicopatas estão sendo.explicados. Não há uma unicidade. Muitos têm sim, comprovados problemas mentais, o que não gera o mecanismo da culpa, matam conhecidos, o que ela disse que não acontece, e podem ser pessoas sem estudo ou boa aparência, tendo o instinto de matar. Se e' para não ser realista, que a canastra da Luana Piovani não fique destilando informações erradas.
    Mais um exemplo: o maníaco do parque era lindo, bem vestido?
    E mais: essa série em canal aberto glamourizando psicopatas, pode produzir efeito "copycat", ou seja, psicopatas que se instigam a imitar séries, filmes. Digo isso porque atingindo TV aberta, sendo eleito como lindo e sábio, o personagem impulsiona mentes fracas a imitá-lo. Isso já documentado pela psicologia.

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  5. Danylo, não foram furos. Na cena da delegacia, Débora Falabella sai nervosa falando no cel. com alguém (discubrimos depois que é sua amiga) e diz:" Você não sabe o que aconteceu!!! Me encontra no posto 4" ou algo do tipo assim e o Bruno q estava na delegacia, vê ela passando e ouve o papo, como bom psicopata q se preze, e que esperamos que ele demonstre ser com o passar do tempo, ou ele sacou a ligação da Debora com a assassinada? ou ele se interessou por ela? ou ele a viu como provável próxima vítima, não acredito nesta ultima. Já o seu segundo provável furo não vou tentar explicar pq, como vc mesmo disse, era uma prostituta, poderia ter feito mais de um job na noite, e só pediu o endereço pra saber em qual casa esqueceu... ou simplesmente alguém poderia ter saído para a rua com o celular da garota e ela só pediu o endereço pra não perder a viajem.

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  6. Para mim teve dois erros grosseiros, primeiro ele não usa luva para matar, e como a policia brasileira é compatível com a do CSI em termos de equipamentos, porque não identificaram o mais fácil, as digitais no corpo? Segundo: porque acusaram o filho do senador se ele chegou de viagem várias horas depois da morte da garota? Isso poderia ser checado com um simples telefonema ou, como é comparada ao CSI, com um simples acesso em seu sistema de última geração, e conseguiriam ver não só o deslocamento do filho do senador como a sua gravação nos aeroportos. Querem imitar mas ainda tem muito que aprender.

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  7. Matar sem luvas, corpo que entra na mala não deveria já estar enrijecido? Corpo jogado na água totalmente mole...e o serial ouve a solicitação de varredura em toda a área de mata e fica indo lá passear de meia em meia hora??? Hehe

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  8. O cara mata sem luvas, e não descobrem as digitais! Que lixo! Já assisti até a 7 e já notei erros grotescos.

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  9. O episódio de ontem foi o mais ridículo... Na verdade estava amando a série e vi que estava em cima de pesquisas e séries retratadas de como envolve um psicopata, como são inteligentes e articulosos, porém esse do dia 05/12 foi mais uma prova que a globo manipula tudo e coloca tudo a perder por conta da audiência que ela sempre quer provocar estando acima de todas as outras e por isso passa por cima de fugir totalmente das praticas exigidas para qualquer psicóloga forense que sabe que jamais se faz um interrogatório com um psicopata sem algemas e ainda dando as costas para o mesmo! É realmente todos os programas da globo não tem jeito, manipulação é a marca registrada dela.

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  10. alguem me explica o final nao entendi nada

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