O ano
de 2012 está acabando bem para Nasi. Depois de ver sua banda, o Ira!, terminar
de forma pouco amigável após brigas com o irmão e empresário, e de ter pedido
de interdição na Justiça feito pelo próprio pai – ambos acontecimentos dos idos
de 2007 –, o cantor e compositor mostra que deu a volta por cima. “A Ira de
Nazi”, biografia lançada há alguns meses, passando a limpo sua trajetória, foi
o início desse processo de ressurgimento na cena artística nacional. Processo
que culmina agora com “Perigoso”, o novo disco solo do artista.
Tempo
de vinil
“Perigoso”
foi gravado em um mês nos estúdios Trama e tem dez faixas. “Foram quatro
semanas, de segunda sexta. Como optei pelo formato bem ao vivo e por uma
sonoridade crua, de rock e blues, não foi necessário muito tempo”, disse Nasi,
em entrevista. Ainda no quesito tempo, o artista afirma que seu norte foi o
tempo de duração de um disco na época do vinil. “Eram aproximadamente 19
minutos por lado (o vinil tinha ado A e Lado B) para os sulcos não reproduzirem
o som com defeito. Por isso são canções pop e rock de três a quatro minutos”,
diz.
No
repertório, cinco composições inéditas e cinco versões. “Ouvi muita coisa até
um mês antes de entrar no estúdio”, afirma. Dentre as versões, destacam-se “As
minas do Rei Salomão”, de Raul Seixas e Paulo Coelho, e “Dois animais na selva
suja da rua”, de Taiguara. “Raul já é um cara que faz parte do meu DNA musical.
Já o Taiguara, eu não sabia que essa música era dele. Conhecia com o Erasmo
Carlos. Não é que eu quis dar um tom de erudição”, justifica.
Quanto
aos músicos que o acompanham, Nasi explica que foram todas escolhas naturais e
muito orgânicas. “O cerne é o quarteto que me acompanha há alguns anos depois
do final do Ira!. E os outros são músicos que fazem parte do meu dia a dia. O
que eu escolhi mais a dedo foi o Igor Pardo, que é o melhor guitarrista de
blues do Brasil”, afirma.
Nasi
se diz bastante satisfeito com o resultado final de “Perigoso”. “O Marcelo Sussekind
diz uma coisa que é muito interessante: ‘Disco a gente não termina, a gente
desiste’. Tirei o melhor resultado possível. Dos discos que eu já desisti, foi
um dos melhores que eu mixei”, define.
Fonte:
Omar Gusmão e Arcervo Pessoal.
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