“Micmacs – Um plano complicado”, de 2009, é um filme francês dirigido por Jean-Pierre Jeunet (“O Fabuloso Destino de Amelie Poulain”).
Bazil (Dany Boon) nunca teve sorte com armas. Quando criança, uma mina terrestre matou seu pai. Já adulto, ele é atingido por uma bala perdida quando está em pleno trabalho, em uma locadora. Ele se recupera mas se torna uma bomba-relógio, já que pode morrer a qualquer momento. Sem conseguir recuperar o antigo emprego, ele passa a viver nas ruas de Paris. Até que, um dia, é acolhido por um grupo de vendedores de ferro-velho, que vive como se fosse uma família e cujos integrantes possuem poderes surpreendentes. Bazil logo se enturma aos novos amigos e inicia nova vida. Só que ao passar por um rua onde há dois edifícios enormes, um de cada lado, Bazil percebe que se trata das sedes das empresas fabricantes de armas que arruinaram sua vida. Ele então decide se vingar, tendo ao seu lado seus talentosos amigos.
Remetente às comédias do cinema mudo (em especial Charles Chaplin) e explicitamente engajado, o filme de Jeunet é primoroso em sua linguagem dinâmica e no impactante visual. E nesta proposta, de converger idealismo em gênero que o filme acerta. Fora esta aposta, o diretor faz o resgate de uma estética particular do cinema francês.
“MicMacs – Um Plano Complicado” brinca com o absurdo e com a (in)competência de nossa raça. Não dá muito tempo para reflexões, mas faz questão de entregar suas intenções grosseiramente nos momentos finais (e geniais). Para apreciar todos os detalhes é preciso ver o filme diversas vezes. Confira essa grande obra!
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