E Wagner Moura provou mais uma vez que é o melhor ator de cinema da atualidade e que qualquer papel ele transforma em um show de interpretação! Traça Tudo!!!
Mais uma vez Wagner Moura me surpreendeu com tamanha dedicação e competência e mais uma vez o cinema brasileiro me surpreendeu. E quem disse que a gente não pode trabalhar o gênero fantasia ou ficção "sei lá" (risos). Quem disse que os filmes brasileiros tem que retratar só nossos problemas socias, o cotidiano do Brasil, palavrões (como se fosse só o nosso povo que xingasse), etc e etc... na na nina não!!!! O cinema brasileiro pode sim e deve trabalhar outros temas e enredos, a gente não precisa necessariamente ficar dando "cabeçadas" em uma só coisa não!" Daniel Filho provou que é possível fazer um ótimo filme trabalhando esse lado fantasioso, em "Se eu fosse você 1 e 2" e Claudio Torres provou também, em " A mulher Invisível e agora em "O homem do futuro". E nada melhor para trabalhar esse gênero do que uma "colherada" de ficção cientifica e uma boa "dose" de humor. Pronto, tá feito um ótimo filme!
Wagner faz o papel de um professor de física de uma universidade que se chama Zero, e que se torna uma pessoa amargurada, depois da decepção amorosa, sofrida há 20 anos atrás. Aline Moraes, que também tá no elenco, faz o par amoroso de Wagner Moura, e seu nome é Helena. Helena se torna portanto, o problema mal resolvido de Zero por anos, até que tudo acontece. Tentando criar uma máquina que seria fonte de energia inesgotável, ele acaba, consequentemente, inventando uma máquina do tempo e nela ele consegue ser enviado ao fatídico dia e ano em que tudo aconteceu, ou seja, na festa em que Helena "chuta" ele de sua vida. E com a convicção de que agora ele pode acertar as coisas ele tenta modificar a ordem natural de tudo. Aí o filme caí na história: "Não há como mudar o passado, por mais que você tente não tem como modificá-lo, tudo vai acontecer da forma que foi ".
Os atores estavam muito bem em seus papéis: Maria Luisa Mendonça, Gabriel Braga Nunes, Fernando Ceylão e é claro Wagner Moura e Aline Moraes, que gente, ela me surpreendeu no filme com um vozerão. Aline Moraes canta muito bem e nos encanta ao extremo, eu nunca pensava em dizer isso, mas ela divide "pau a pau" ali com o Wagner. Não deixa a desejar não. Ela realmente assumiu e ajudou a levar o filme com muita competência e muita disposição. Espero que ela possa crescer muito mais. Pelo que eu vi, ela promete. E o Wagner, não há mais o que falar dele, todos os elogios são poucos, ele é um ator "camaleão", 1001 utilidade, faz tudo!!!
Quem assistiu à trilogia estrelada por Michael J. Fox, enxerga claramente aqui um resumo dos dois primeiros filmes da série, inclusive com o protagonista subindo ao palco para animar os colegas no baile e tudo mais. A reciclagem da ideia, porém, não chega a incomodar, pois a homenagem é clara e feita com respeito.
Ao misturar a ficção cientítifica com a comédia romântica, Cláudio Torres age como um trapezista seguro, andando sem tropeçar na linha que separa o cinema comercial do autoral. De uma só vez ele consegue falar do que quer, no caso, a ficção científica e as viagens no tempo que ele não esconde curtir, enquanto o público vê o que também quer, que é uma história divertida, bem contada e com rostos que eles estão acostumados a ver na televisão diariamente.
E pra encerrar, não há como não se arrepiar com a música: " Tempo Perdido" do Legião, que resume praticamente o filme todo. "Caiu como uma luva" para o filme. O filme merece ser visto, merece muito ser conferido!
"Então me abraça forte
E diz mais uma vez
Que já estamos
Distantes de tudo
Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo..."
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