sábado, 7 de janeiro de 2012

CINEMA NACIONAL 4: "A DONA DA HISTÓRIA"

“A dona da história” é um filme brasileiro de 2004, do gênero romance, dirigido por Daniel Filho e com roteiro baseado em peça teatral de João Falcão. A obra é estrelada por Marieta Severo, Débora Falabella, Antônio Fagundes e Rodrigo Santoro.

Rio de Janeiro, 1968. Quando tinha 18 anos Carolina (Débora Falabella) conhece o grande amor da sua vida, Luís Cláudio (Rodrigo Santoro), seu primeiro e único namorado, com quem se casa. Quando ela tinha 55 anos, com os quatro filhos já crescidos, eles pretendem vender o apartamento em que vivem, morar num apart-hotel e viajar.

Por ele a viagem dos sonhos seria Cuba, mas ela sempre quis conhecer Paris. No decorrer da venda do imóvel acontecem pequenos conflitos, pois Carolina (Marieta Severo) passa a crer que o amor que tinham um pelo outro acabara e propõe a Luís (Antônio Fagundes) terminarem o casamento. Ele, por sua vez, retruca dizendo que é mais uma discussão passageira. O imóvel é vendido. Os dois pegam o elevador do prédio e, antes de cada um ir para um canto, Luís insiste que deveriam viajar e entrega a Carolina uma passagem aérea, que ela não dá importância. Ela vai tomar um banho e então começa um grande momento de reflexão, no qual "se encontra" com a jovem Carolina, ou seja, ela mesma, e começa a pensar como teria sido sua vida se, no dia que Luís a pediu em casamento, ela tivesse dito não.

Através de um confronto e diálogo com a jovem que foi aos 18 anos, ela revive os sonhos do passado e as possibilidades de ter seguido outros rumos e conhecido outros amores. Na maturidade Carolina viverá plenamente o privilégio de rever a sua própria história e se reencontrar no que foi, no que não foi e no que poderia ter sido, ao lado ou longe do grande amor de sua vida.

Fascinante e leve. Um filme bem familiar, com um roteiro muito bem escrito, com um assunto muito bom em discussão. Marieta Severo está ótima como sempre, e Débora nem tanto assim. É um filme bem pensado. A obra tem profundidade. Apresenta um questionamento quanto as decisões que são tomadas no passado. O confronto das duas, essa dicotomia, enriquece os diálogos internos. Proporciona e provoca uma reflexão sobre as escolhas feitas ao longo do tempo. Confira!

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