terça-feira, 28 de janeiro de 2014

CRÍTICA DA SÉRIE 'A TEIA'

Estreou hoje na TV Globo 'A Teia'. Estrelado por João Miguel e Paulo Vilhena, a série tem como grande chamariz o fato de ser comparada a grandes trabalhos feitos em Hollywood. 'A Teia' foi isso tudo mesmo? Confira nossas impressões lendo a matéria completa:

Por Sandro Bahiense


Padrão norte americano
Produção da Globo capricha em série que promete empolgar

'A Teia' estava causando curiosidade antes de sua estréia. Isso porque, dizia-se, que sua qualidade visual era de "padrão Hollywoodiano". Foi? Foi sim. Apesar de eu achar que o melhor ainda está por vir.

A Globo fez questão de subliminar este comparativo aos trabalhos "made in USA" colocando uma (excelente) trilha sonora gringa, em especial a inesquecível Come as you are do Nirvana, música que acompanha a todas as cenas de ação. Um mais desavisado iria achar que estava vendo uma série americana na Fox ou Warner

A qualidade visual foi o ponto forte da estreia, em especial a fotografia (a sequência na Chapada dos Guimarães foi linda) e a edição, com planos face to face, imagens em close, utilização de câmera de mão, e filmagem participativa da ação (junto ao personagens, às vezes tremida e fora da foco, mas que dá o ar que você está junto na cena). A trilha sonora, como já dito, também foi um deleite.

Feito para ganhar

Porém nada se sustenta somente pelo visual. Sabendo disso, a Globo investiu pesado no time de roteiristas de 'A Teia', "somente" Bráulio Mantovani, de Cidade de Deus e Tropa de Elite, e Carolina Kotscho, de 2 Filhos de Francisco que assinaram o projeto. Será que com essa dupla havia como dar errado? Aliás, partiu de Kotscho o argumento inicial da série. Ela nasceu de uma pesquisa que a roteirista fez sobre experiências do delegado aposentado da Polícia Federal Antonio Celso dos Santos.


Antônio Carlos, aliás, que será interpretado por João Miguel (foto acima). O delegado é o primeiro papel de protagonista do ator na Globo. Miguel já havia estrelado grandes papéis no cinema, a exemplo de Nonato, de Estômago (2007), e Ranulpho, de Cinema, Aspirinas e Urubus (2005), porém, contudo, admite que o protagonismo na TV o desafia "— Isso chega de uma forma diferente, você já lê o roteiro com a sensação de que o personagem é para você. Protagonizar uma série que tem uma pegada forte na realidade, fala da questão da corrupção, é um desafio. Fiz com muito gás e muita paixão".

Todavia, o investimento em João Miguel não foi à toa. Talentoso, e com o perfil necessário à trama, o baiano foi uma aposta certa da Globo. O elenco, inclusive, é outro time escalado para não errar. Desta time, a jovem, porém experiente Andreia Horta, volta às séries "— É muito presente na Celeste uma vergonha de si mesma, do cabelo, da bolsa de oncinha. Ela se sente muito inferior" — observa a intérprete sobra a personagem.

Paulo Vilhena

Os créditos dados a Paulo Vilhena parecem-me acertados. Longe de ser um santo na vida por trás das câmeras, o ator mostrou evolução e foco. "— É um momento importantíssimo na minha história profissional" disse o cara. Eu diria mais, Paulo, essa é A CHANCE de sua carreira. Se falhar agora, acho difícil conseguir papéis similares no futuro.


Para o primeiro dia Vilhena foi bem. Mostrou-se tranquilo e sem afetações, expediente muito usado por atores de mau qualidade (as famosas caras e bocas). A química com Horta foi perfeita e as chances de êxito neste trabalho é grande.

Beijo gay

'A Teia' só vai arriscar em um ponto: Rolará o tão famoso beijo gay na série. Juliana Schalch (foto abaixo) e Inês Peixoto farão um casal homossexual na trama "será tranquilo, temos um casal gay na novela das 21h, então teremos um olhar menos preconceituoso" disse Schalch, veterana nos cinemas e em séries.


'A Teia' promete grandes emoções e realmente um trabalho técnico de primeira. A Globo está de parabéns. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.

Segundo episódio

Bem... Como fiquei muito impressionado com o primeiro episódio, esperei o segundo para ratificar, ou retificar, minhas impressões iniciais. Então posso dizer: Se eu já havia gostado da série, gostei ainda mais após sua segunda exibição.

O roteiro é ágil e inteligente, a direção é vibrante a edição moderna e a fotografia de não sentir inveja às séries americanas. O elenco é ótimo, e o Paulo Vilhena tem o personagem de sua vida em mãos e não tem fraquejado. À medida que ganha mais espaço na trama, Andreia Horta mostra seu reconhecido talento. João Miguel idem. E... Cara, que elenco de apoio excelente!

O segundo episódio, sem os inevitáveis didatismos da estreia, foi ainda mais instigante, nos revelando novas facetas dos acontecimentos que ainda estariam por vir. Os personagens, com o desenrolar da trama, vão surpreendendo com novidades impensadas.

A trilha sonora é um deleite pra quem gosta de rock internacional. A belíssima Angie dos Rolling Stones foi a principal trilha sonora da noite. Já fiquei curioso pela opção musical do terceiro capítulo.

São só dois episódios, mas 'A Teia' já é a melhor coisa do ano!

2 comentários:

  1. Adoro na Teia, série intrigante, que prende o telespectador do inicio ao fim. Realemte uma das melhores. Os atores estão demais, surpreendente. Pena que é uma vez por semana, agente fica com gostinho de quero mais. SIMPLISMENTE MUITO BOM

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  2. O Paulo Vilhena convence tanto como bandido, como o Fernandinho Beira-Mar convenceria como playboyzinho. Péssima escolha no elenco para uma boa série.

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