terça-feira, 17 de abril de 2012

CRÍTICA - MUSICAIS SÃO OS NOVOS QUERIDINHOS DO TEATRO

musical `Hair`Alinhar ao centro

Um fato curioso - e bom - tem acontecido nos palcos do Espirito Santo e do Brasil. São cada vez maiores os números de musicais nos teatros tupiniquins, e mais, fazendo grande sucesso. Tal fenômeno surpreende, uma vez que, em tempos não tão distantes atrás, os brasileiros pareciam avessos a este estilo de apresentação.

Sucesso nos Estados Unidos os musicais sempre apareciam por aqui, pois havia a espectativa de produtores que o sucesso obtido pelos norte americanos logo seria identico aqui. Ledo engano. Um dos motivos talvez era que os musicais ou eram cantados em inglês ou traduzidos de forma precária e pouco cuidadosa. Peças como “Ópera do Malandro” de Chico Buarque (1978) foram raras produções de sucesso.

A coisa começou a mudar no inicio da década passada quando os produtores decidiram investir em musicais que tratassem da vida de grandes artistas. Daí vimos Tom & Vinicius, Cazuza, Maysa e Renato Russo, só para exemplificar rapidamente, expostos nos teatros. Isso seduziu um público antes arredio. Com o sucesso não foi surpresa novas tentativas com peças adaptadas. Com mais cuidado nas adaptações as peças finalmente cairam no gosto do brasileiro.

Daí tivemos peças como Hairspray, Hair (foto acima), Cats, Blue Jeans, A Família Addams e Priscilla, a Rainha do Deserto que estiveram ou estão em cartaz com grande público. Atualmente um grande sucesso tem sido também a peça que retrata a vida de Tim Maia. No estado quem investiu nos musicais foi a turma da peça Boulevard 83 que também fez grande sucesso ficando em cartaz por mais de um ano por aqui.

Um efeito negativo desse sucesso repentino dos musicais são as enxurradas de versões e criações de peças - algumas de teor muito suspeito - que estão tentando pegar carona neste filão. Compete ao espectador filtrar o que é de qualidade ou o que é mero oportunismo. Tomara que essa moda venha pra ficar. Seria mais lindo ainda se os musicais também voltassem aos monstes aos cinemas, quem sabe né?

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