A peça "Rosas Brancas para Salomé", sucesso de crítica – com a boa interpretação de Mauro Pinheiro (foto acima) – que é atração no projeto cultural "Quartas no Teatro Carlos Gomes", da Secretaria de Estado da Cultura (Secult). O espetáculo começa, hoje, às 19h.
O trabalho de Pinheiro faz uma boa parceria com a direção de Gladston Ramos. Os artistas passam longe do risco de transformar o mote numa produção piegas. Na trama, a partir da constatação de que ficará sozinha, e de que sua própria família não lhe quer, a cantora (que é fã incondicional de Ângela Maria) põe-se a relembrar o caminho percorrido.
Divide suas memórias começando pela adolescência passada no interior do Espírito Santo até o sucesso e estrelato nos palcos paulistas da noite LGBT. Entre uma e outra história, relata casos e fatos que, se para ela podem soar engraçados, dão o que pensar para o público. O efeito desejado é fazer a plateia cair em si e constatar o quanto pode ser preconceituosa e maléfica, sob a convenção de que precisa educar "decentemente" as crianças.
A personagem se defende sozinha no palco, transformando aquele momento em seu divã de terapia. No entanto, a maneira como Salomé se coloca frente ao que viveu torna a peça envolvente e atraente, ficando longe daquele monólogo estilo "senta que lá vem história".
*Dados extraídos do portal gazetaonline
Vi este trabalho há alguns anos no Festival de Curitiba. Excelente interpretação, direção e texto.
ResponderExcluirUma obra que faz refletir, esclarece muitos conceitos. Minha visão sobre o transformismo mudou totalmente depois de assistir Rosas Brancas para Salomé. Uma história emocionante.