segunda-feira, 7 de novembro de 2011

CONTÁGIO




Cuidado: Contágio te contagia!!!

Muitos devem ter olhado para o cartaz do filme Contágio e ter pensado: "outro filme chato de epidemia !" Não! Não é! Muito pelo contrário, é um dos melhores filme que já vi, tratando sobre epidemias e problemas de saúde de uma maneira global!

O diretor: Steven Soderbergh foi muito feliz na produção do filme. mesmo tendo um elenco de estrelas contando aí com: Matt Damon, Kate Winslet, Jude Law, Marion Cotillard, Laurence Fishburne, Gwyneth Paltrow, John Hawkes, Jennifer Ehle e dentre outros, o filme não tem um personagem principal, mas todos eles contribuem de fato para que o filme alcance seu objetivo que é de aterrorizar o espectador e levá-lo a refletir em como tem sido sua higiêne, e também de pensar o quanto estamos propensos a contrair vírus ou bactérias, não sabendo da sua grande periculosidade. O filme, claro uma ficção, se refere bastante à gripe espanhola (que matou milhares de pessoas) e também a gripe aviária que teve sua importância

Ficção ou não o filme abordou um tema que não esteve muito obstante de nós nos últimos anos, prova disso a H1N1, que provocou pânico geral na população mundial e nas instituições públicas de saúde. Pânico é a melhor palavra que descreve o filme, mas também descreve que por trás de grandes problemas, sempre tem pessoas dispostas a fazer a situação melhorar, e outras, a piorar mais ainda. Papel este que coube ao ator Jude Law, que interpreta a figura de um blogueiro e repórter investigativo tentando se dar bem as custas do pânico dos outros, mas também tem outros que fizeram um papel extraordinário tentando decifar o código do vírus e descobrir uma cura, e coube a uma atriz que adoro muito e que infelizmente não tem sido bem aproveitada, mas com tamanha competência que desempenha seus papéis, nunca deixa a desejar em nada de faz, sua figura sempre se destaca, a querida: Jennifer Ehle, que faz o papel de uma médica- pesquisadora que descobre a cura do vírus.

Jennifer Ehle e Kate Winslet, são as figuras mais carismáticas do filme, não sei se foi por que me identifiquei com elas, ou porque elas realmente interpretam algo que as favorece, que são as figuras médicas, as quais realmente lutam para por um fim na epidemia, mas elas realmente parecem determinadas em seus papéis. Jude law faz um blogueiro chato, mas com competência tamanha que no filme é impossível não se desejar que ele se dê mal no final. Gwyneth Paltrow e Laurence Fishburne passaram um tanto que despercebidos no filme. A personagem de Marion Cotillard poderia ter sido melhor aproveitada ou desenvolvida mais. Uma pena, uma atriz tão boa jogada para escanteio. Já Matt Damon, esse teve história demais, sem necessidade. Não precisava de tanta embromação para a dor de cotovelo que seu personagem sentia, mas enfim... Um elenco tão grande, tem realmente disso, uns são colocados mais em destaque, outros, menos. Realmente uma pena.

Mas voltando ao filme a ideia de Steven Soderbergh é contar não apenas como o apocalipse se aproxima e se estabelece, mas acompanhar a reação do cidadão comum e das principais instâncias de poder do mundo diante do fim iminente. A pandemia de Contágio, que começa misteriosamente na Ásia, mata infectados em alguns dias e, semanas depois, está plenamente instalada em quatro continentes atingindo todo e qualquer cidadão.

A principal força de Contágio não está, porém, no roteiro, e sim na encenação. Soderbergh filma com enquadramentos bem econômicos e simples, e com a câmera à meia distância dos atores, ele propõe um jeito aparentemente desapaixonado de encarar um tema tão dramático, mas esse estilo ajuda a dar ao filme um tom mais clínico. O distanciamento é uma boa forma, também, de valorizar os close-ups quando eles acontecem. Há dois tipos de close-ups que fazem a diferença em Contágio. O primeiro são os detalhes em maçanetas e em mãos que pousam sobre comidas e objetos. É essa opção de estilo que torna o filme tão eficiente como peça de alarmismo. E há os close-ups propriamente ditos, nos rostos de personagens atônitos com o que está acontecendo ao seu redor. São close-ups sem cortes rápidos, a duração um pouco mais longa dos planos permite ver mudanças de expressão, permite ver o pavor e o choque.

Mas certamente o filme tem esse intuito de transmitir o choque, o pavor ao seu espectador. é impossível sair da sala de cinema sem pensar em tudo de errado que você já fez sobre a sua forma de higiêne. Se a pessoa for obcecada por higiêne é melhor nem ver o filme, e para aqueles que não assistiram ao filme e pretendem conferí-lo no cinema cuidado em quem você encosta, aonde você senta e em quem tosse do seu lado! Bom filme!



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