quarta-feira, 9 de novembro de 2011

GIGANTES DE AÇO



Gigantes de Aço é aquele típico filme com intuito de dar uma lição de moral no final sobre a relação entre filhos e pais, principalmente quando esse último se faz ausente. O filme me fez lembrar de outro que Sylvester Stallone fez no final da década de 80 e que passava muito na sessão da tarde: "Falcão - O Campeão dos Campeões". Eu achei muito semelhante não pelo tema principal do filme que é boxe (teria que ser o filme: Rocky) mas sim, pelo tema coadjuvante que é a relação entre pai e filho. O pessoal que viu Falcão sabe do que eu estou falando. Aquela relação conturbada de ter de aceitar uma pessoa em seu mundo, saber que ele é seu pai, mas sem nenhum pingo de afetividade.

Eu, particularmente, adoro filmes que trabalham relacionamentos conturbados como esse, mas assim como Falcão - O Campeão dos Campeões e assim como Gigantes de Aço, ambos são muio previsíveis. A história é bem cativante e Hugh Jackman, que eu até então pensava ter nascido só pra fazer Wolverine, me enganei. Ele faz muito bem o papel do pai canalha, mas carinhoso, que vai aprendendo, mesmo que com atraso, o lado bom de ser pai. Evangeline Lilly (a Kate de Lost) também está no filme e se faz notar mesmo que discretamente, porque, meus amigos o filme é mesmo do menino que faz o filho do Hugh: Dakota Goyo. Apesar de ter um nome de menina e um sobrenome meio que japonês, o ator é canadense e soube conduzir, ter jogo de cintura e atuar bem, ao lado de Jackman! Tenho que adimitir foi o destaque! Fez com muita determinação, o papel de um menino determinado! A cumplicidade que vai se formando entre os dois mostra como eles estavam bem entrosados durante as filmagens. O roteiro faz o resto, mostrando que mesmo sem jamais ter convivido com o pai, Max carrega o seu DNA, que envolve auto-confiança, paixão pelo boxe e dedicação ao que ama.

Estamos em 2020 e o boxe, que perdeu o trono de luta mais popular do planeta para o MMA, evoluiu para algo ainda mais violento, mas politicamente aceito, o boxe de robôs. Charlie (Hugh Jackman) tenta sobreviver participando de rinhas ilegais em que os autômatos se socam em lutas "mortais" valendo muito dinheiro. Apesar de experiente, o ex-pugilista não sabe segurar o seu ímpeto e sua ganância, e está devendo dinheiro para mais gente do que deveria. coma chegada de Max (Dakota Goyo), o próprio pai se surpreende com o entusiasmo do menino sobre as lutas entre robôs, sabendo, ele, tanto ou mais que seu pai.

As lutas têm uma fluidez impressionante, frutos de coreografia, captação de movimentos e muitos pixels trabalhando a favor da sétima arte. Esse filme pode ser considerado um transformes mais Humano! Shawn Levy o diretor do filme se saiu muito bem outra vez. Ele que também já fez Uma Noite no Museu, mostrou que tem capacidade para ir além das comediazinhas família de Ben Stiller, e também, ele, através de Max, faz a gente se apaixonar pelos Robôs.

Portanto, é um filme tranquilo, com atuações tranquilas, com uma direção bem tranquila também. A diversão mais radical fica mesmo no porradeiro entre os robôs gigantes.

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