sexta-feira, 25 de novembro de 2011

CRÍTICA DO FILME "NÃO SEI COMO ELA CONSEGUE"





O maior trunfo da comédia 'Não sei como ela consegue', de Douglas McGrath, é o charme de Sarah Jessica Parker - aposta segura, dada a grande receptividade da atriz que estrelou 'Sex & the City' por seis anos, sem contar dois longas baseados na bem-sucedida série, em 2008 e 2010.

Tal como a Carrie Bradshaw do seriado, a personagem de Sarah aqui é pilhadíssima - Kate Reddy, uma executiva financeira, que se divide entre um trabalho estafante, que a obriga a frequentes viagens, um marido, o arquiteto Richard (Greg Kinnear), e dois filhos pequenos.

Sarah Jessica Parker é o grande "trunfo" de um filme recheado de clichês
Com vocação para supermulher, Kate não consegue delegar muita coisa - quer ser a mãe capaz de bater um bolo de madrugada para a filha levar na escola no dia seguinte, mostrar-se apaixonada na cama com o marido e ainda segurar todas as barras num emprego complicado e competitivo. Só pode render estresse e cobranças de todo lado. Na verdade, tudo isto poderia ser um drama.Mas o roteiro de Aline Brosh McKenna (de 'O Diabo Veste Prada'), que por sua vez se baseia no livro homônimo de Allison Pearson, procura o tom mais leve.
Contudo, mesmo sendo comédia, o grande problema do filme é que ninguém parece uma pessoa de verdade - nem Kate, nem as mães dos amiguinhos de sua filha, nem seus colegas, ou mesmo seus sogros, todos verdadeiros clichês ambulantes. A história parece existir num vácuo, num mundo paralelo em que analistas financeiros são praticamente beneméritos e a crise mundial por conta da especulação financeira nunca existiu. Até o ensaio de um romance por parte de Kate parece, neste contexto, um tanto artificial.

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