domingo, 16 de setembro de 2012

CRÍTICA - CHARLIE BROWN JR. A BANDA QUE NUNCA FOI

 

— Você deveria estar muito grato por ter sido aceito de volta depois de tudo que fez.

— Eu fui muito injustiçado... Meu filho apanhou na escola por causa dessa p...., nego passou na porta da minha casa me xingando.


— Tirei o microfone dele porque ele vai mentir. Champignon é um "anjo". Ele anda com nove mil anjos. Champignon, você é o cara mais honesto do Brasil. 


Essas foram algumas das frases que o vocalista da banda Charlie Brown Jr. Chorão proferiu ao baixista Champguinon durante show em Apucarana PR (vídeo abaixo). A briga (ou esporro monólogo?), ocorrida durante o show,  aconteceu no sábado da semana retrasada, dia 8. Esperamos a poeira baixar porque, ao contrário do CbJr, o Outros 300 não é oportunista. Hoje, oito dias depois, que a gente pergunta: O que o Charlie Brown Jr. representou/representa ao rock nacional?


Esse episódio é mais um numa galeria com outros micos que Chorão tem pagado. Além desse tivemos agressão a integrantes dos Los Hermanos,  a primeira separação com Champguinon da banda, troca de gravadora, acusações de que Chorão queria ganhar mais do que os outros...

Primeiramente escrevo essas linhas com o coração apertado, pois gosto do CBJr (tenho os seus primeiros 5 cd's), mas tenho de admitir, o grupo tinha tudo pra ser uma das maiores bandas de rock brazuca de todos os tempos, mas não foi. Meu pior questionamento (ou auto-análise musical) é: Será que algum dia a banda realmente fez por merecer tais esperanças?

Quando surgiu, ao lado dos Raimundos, o CBJr parecia um fio de esperança a um terrível domínio musical dos grupos de pagode romântico, sertanejos românticos, e bandas de axé (que nem se quisessem seriam românticos) que dominavam as paradas musicais do país. Ao contrário do Raimundos, o Charlie Brown fazia um rock mais puro (com influência do hip-hop é verdade) o que fazia os fãs do ritmo se animarem.

'Proibida pra mim' parecia ser o start para uma banda que faria muito sucesso e que marcaria a história musical do Brasil. 'Zóio de Lula' e 'Papo Reto' - em menor escala - pareciam corroborar tal espectativa. Mas, dali em diante, o que vimos foi uma banda perdendo o vigor e o rumo.

Nos cd's seguintes os sucessos rarearam, e as confusões, principalmente protagonizadas por Chorão, aumentaram na mesma escala. Após a saída de Champguinon (e de outros integrantes) que a banda se perdeu de vez. O grupo perdeu espaço para outras bandas iniciantes e sumiu das paradas de sucesso. 

Hoje 15 anos depois percebo que o CBJr nunca teve o valor que foi dado por fãs e criticos e, se um dia foi esperança de ser a salvação do rockBR, hoje é, no máximo, tema das revistas de fofoca. Que Chjorão continue pagando micos públicos, porque senão nem nos sites de fofoca o Charlie Brown aparecerá mais. 

Um comentário:

  1. Chorão pagou mais um mico hoje!
    E a banda sempre foi uma bosta!
    E só!

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