E Meryl Streep provou mais uma vez porque merece ganhar o Oscar! Ela realmente é uma atriz "camaleoa", faz de tudo e sempre com muita qualidade e com total entrega ao personagem!
A Dama de Ferro não é aquele filme que prende, mas que tem bastante diálogos interessantes. A Margareth Thatcher de Streep é a única coisa que realmente se destaca no longa. Tanto a parte histórica quanto a política ficam em segundo plano na trama do filme, que prefere martelar a doença e a solidão da ex-premiê britânica, que comandou o país com "mão de ferro" por mais de uma década e está lá, ainda viva, em Londres.
Meryl foi mesmo, a única coisa boa que aconteceu no filme. Mas, o diretor pecou quando quis inventar uma protagonista como sendo uma senhora doente, que sofre com o Alzheimer e tem alucinações com o marido morto há muitos anos. E como o filme tem Flashbacks, mostrando a tragetória de Margareth, as três épocas diferentes vão se alternando sem conseguir empolgar de verdade e criar com o público a empatia necessária para que nos preocupemos com a personagem.
A superação, o clímax aparecem lá no meio, deixando para o terceiro ato a decadência política e o seu estado de saúde, sem o desfecho digno para uma pessoa que rompeu barreiras ao entrar em um mundo controlado por homens e se manteve firme ao tomar decisões polêmicas, o que a tornou uma figura política ora idolatrada, ora odiada.
Com um roteiro desses o filme tinha tudo para afundar, mas só não afundou, porque era Meryl que entrou em cena irreconhecível, toda envelhecida e escondida atrás da prótese dentária com uma irretocável peruca enlaquezada e um tom de voz quase Julia Child para salvar o dia.
O filme e a Margareth Thatcher podem não ser lá essas coisas, mas a atriz que interpretou, essa meus amigos não é uma dama de ferro, mas sim a "dama do cinema"!
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