Lucimar
Simon nasceu em Linhares – ES em
1977. Suas influências são diversas perpassando por autores de Clássicos da
Literatura Brasileira e Estrangeira. Busca ler e acompanhar a Literatura
Contemporânea bem como os ditos “poetas marginais”. Seus textos compõem uma
escrita simples dedicada a fatos cotidianos, memórias, experiências acadêmicas
e sua vida pessoal, e podem ser conferidos em Antologias e Coleções Poéticas da
Câmara Brasileira de Jovens Escritores em: “Novos Talentos do Conto
Brasileiro”, “Contos de Outono”, “Livro de Ouro do Conto Brasileiro”(2009) e
“Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos Nº 54” , todos publicados em
2009. Lucimar Simon é Graduado em História pela UFES. Pós Graduado em
História e Literatura – Texto e Contexto pela UFES. Confira, abaixo, a crônica
“O homem que não sabe amar”:
O HOMEM QUE
NÃO SABIA AMAR
Andava pelos cantos e sempre triste a pensar. Via
as pessoas e pensava: como podem ser tão felizes essas pessoas, o que as mantêm
assim tão unidas? Até os pássaros causavam com o seu namorico nos fios
elétricos e árvores inveja ao homem que não sabia amar. Quando ele via os
passeios em praças, os cães se acariciando, ele se perguntava. O que faz com
que estes animais fiquem tão juntos em tão bela harmonia? O homem não sabia, o
homem era um ser que não sabia amar. Quando não se sabe amar, se perde os
valores das coisas. Quando não se sabe amar, se furta das próprias belezas da
vida e as tuas felicidades ficam alheias. A dúvida era a única coisa que o
movia, pois o homem queria saber como era amar. Se amar era tão bom, porque ele
não sabia amar? O homem queria saber deste sentimento que une as coisas, seres
humanos e animais. Ele tentava, e tentava, mas o homem que não sabia amar nunca
amou. E assim seus dias foram finitos até seus olhos cansarem sem seu coração
sentir e sem ele mesmo descobrir o prazer de amar. São assim os homens que não
sabem amar.
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