terça-feira, 9 de julho de 2013

CRÍTICA DA SÉRIE 'VAI QUE COLA'

Mais uma empreitada da Multishow na área de humor estreou ontem. Trata-se da série 'Vai que cola', programa que promete ser o carro-chefe do canal no que tange a comédias. Leia, abaixo, a crítica do Outros 300 acerca do seriado.


Feito para o sucesso
Programa tem bom roteiro, direção e elenco, mas falta engrenar

Quarenta episódios, diários, em uma TV fechada. Não é à toa que a Multishow se cercou por todos os lados para fazer sua série de humor 'Vai que cola' da forma mais impecável possível. Não havia espaços para erros, pois senão o desperdício seria grande.

Não é de hoje que a Multishow tem investido em humor (tal gênero tem sobrepujado até a música, viagens e sexo no canal), mas havia a necessidade de se investir em algo grandioso e realmente ambicioso. Daí surgiu a ideia da série, uma espécie de 'Sai de baixo' dos anos 2000.

O investimento é grande, uma vez que uma TV fechada não dispõe dos mesmos recursos de uma TV aberta, logo, conforme dito acima, qualquer erro sairia literalmente caro. Por isso que todos os envolvidos no projeto foram escolhidos a dedo. 


A dispor: Escrito por Leandro Soares; com João Fonseca e César Rodrigues na direção; Rosana Hermann, Renato Fagundes, Fil Braz e Gabriella Mancini no roteiro; e, principalmente Paulo Gustavo, Samanta Schmutz, Mateus Majella, Cacau Protásio, Fernando Caruso, Catarina Abdalla, Emiliano D'Ávila e Fiorella Matheis no elenco.

O preciosismo foi tanto que, por exemplo, dois diretores, um de teatro (Fonseca) e um de TV e cinema (Rodrigues) foram elencados para, cada um, dar sua colaboração na parte em de que mais entende. No roteiro, Hermann, estreia em TV fechada. No elenco, além das estrelas da própria Multishow, globais como Protásio, Matheis, Schmutz e D'Ávila, dão credibilidade à coisa. E, é claro, a aposta em Paulo Gustavo, em grande momento na TV (no '220 Volts' também da Multishow), no teatro e no cinema (com 'Minha mãe é uma peça').


O programa

Após se meter em uma falcatrua, o malandro Valdomiro (Paulo Gustavo) vai morar  em uma pensão, localizada no subúrbio carioca, tentando fugir da Polícia Federal. A trabalhadora Dona Jô (Catarina Abdala), dona da pensão, o recebe como hóspede e vê que nele existe um bom coração.

Enquanto tenta reescrever sua história por linhas tortas, Valdo tem que lidar com as provocações do criado insolente Ferdinando (Marcus Majella), do assédio da fogosa Terezinha (Cacau Protásio), das esquisitices do misterioso Wilson (Fernando Caruso) e das confusões do jovem casal Jéssica (Samantha Schmutz) e Máicol (Emiliano D’Avila).

Para gerar ainda mais confusão, chega à pensão a linda, alta e loira Velna (Fiorella Mattheis), que se passa por uma gringa e deixa os homens enlouquecidos.


A crítica

A Multishow caprichou. Ao contrário das atrações musicais, no humor a emissora manda bem. Tudo foi bem redondinho, bem executado, sem erros. Talvez neste fato (não ter erros) foi que o programa soou, por mais paradoxal que seja, chato.

Houve boa vontade do roteiro e não nos deparamos com muitas piadas manjadas, longe disso até. Tentou-se rir de situações e não de piadas bobas e previsíveis. A ideia é clara: O programa é popular. Para o papai, a mamãe e os filhinhos, mas passa ser longe de ser popularesco. Disto, tiro só o fato do desnecessário "figurino" de Fiorella Mattheis, que passou o programa todo de biquine, num descartável apelo sexual.

O programa gira todo em cima de Paulo Gustavo (uma espécie de Caco Antibes mais pobre) e ele tem um bate bola legal com todos do elenco.  Aliás, diga-se de passagem, o roteiro foi bem bacana, pois deu espaço para todos do elenco brilharem, cada um a seu momento.


O cenário é que foi bem bacana. O palco é girado por um eixo que divide três espaços distintos. A sala, o quarto e o banheiro da pensão. Fórmula bem bacana.Não entendi muito bem as risadas, digamos, efusivas, no inicio do programa, pois, até então, o mesmo só se preocupava apenas em apresentar os personagens, isto soou, no mínimo, suspeito. Achei o elenco um pouco cheio demais. Dois ou três personagens talvez fossem desnecessário (a não ser que eles revezem durante os programas).

Paulo Gustavo, uma espécie de capitão do time, estava muito preocupado em acertar e isto o travou. Ele, por exemplo, inibiu os cacos (improvisos) de Caruso, que provavelmente seriam bem engraçados dado o timing do comediante. Houve quem elogiasse Samanta Schmultz. Me permito discordar. Schmultz se acha gostosa, mas não o é. Logo a adolescente funkeira gostosona que ela está interpretando não passa verdade.

Mattheis está na série, presumo, somente porque é bonita. Não à toa que ficou de biquine o programa todo, pois nunca vi menina tão sem graça e expressão. Majella fez um gay tão estereotipado que também não deu pra ver graça ali. Protásio e Caruso, que pareciam ser os personagens mais engraçados, foram, por incrível que pareça, os menos explorados. 


O programa foi bom, mas não foi engraçado (em alguns momentos talvez), mas tenho certeza absoluta que, pelo capricho da direção e elenco, que pegará no tranco. 'Vai que cola' é uma boa opção, principalmente para os fãs de um humor mais simples, singelo, mas não bobo.

20 comentários:

  1. Vc não falou sobre a Catarina Abdalla. O canal acertou ao colocá-la como a dona da pensão e com a maior parte do texto ao lado de Paulo Gustavo ???? Na minha opinião acertou ! A sobriedade da atriz a fez se destacar. Abraços !
    Emerson Assad

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  2. Vida curta para o programa.
    Me vi assistindo um teatro amador.
    Preconceito com o bairro,para autores que acham que o Rio de Janeiro termina onde começa o Rebouças.
    Piadas antigas,estereótipos.Só riu mesmo a platéia, que assistindo de graça-(como se dizia:Até injeção na testa.)
    Parabéns só para a Catariana, experiente.Mais tinha que dizer aquele texto ignóbil e sofrível.Teatro amador ganha.

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  3. O que de melhor aconteceu na TV brasileira nos últimos tempos...muito legal

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  4. Concordo com a parte que a Fiorella Mattheis está sobrando no eleco, porém, discordo sobre o que falou da Samantha SCHMÜTZ (e não Schmultz). Ela não se acha gostosa - ela é uma atriz/comediante bastante versátil, só ver os personagens que ela já interpretou, e acredito que ela acertou mais uma vez com esse. Aliás, a sua Jéssica é um dos maiores destaques do programa. No mais, é divertido sem ser apelativo e tem seus bons momentos. Tomara que decole

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  5. Uma pena! esperava bem mais do programa, até porque o Paulo Gustavo é ótimo no 220W e no filme, só assisti o programa por ele, e ele se apaga totalmente...
    As histórias são repetidas de outros programas e sem graça, concordo com o crítico que diz: o programa é alegre, mas não engraçado.

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  6. Dois fatos que precisam ser corrigidos: 1 - esse precondeito insistente e repetitivo com o "meyer" que já ficou chato.
    2- Dar alguma "utilidade" na história para o personagem da Fiorella que não diz nada que se aproveite e se limita a ficar semi-nua na trama. Ela que já não tem "timming" de comédia virou só um objeto de cena sem graça.

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  7. Elenco bom e roteiro tão fraco mas tão fraco... Eu juro que tentei rir mas foi impossível.

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  8. Adoro o vai que cola, antes eu detestava o Paulo Gustavo por conta da sua voz. Mudei meu conceito após assistir Vai que Cola. Claro que não são todos os episódios que nos fazem rir, mas que é engraçado é. Sucesso ao programa!

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  9. ADORO O PROGRAMA VAI QUE COLA TODOS ESTAO DE PARABENS

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  10. Joao Marcos Cerqueira18 de agosto de 2013 às 21:04

    Gosto muito de todos os personagens. Samanta magela( o cabelo de pudoll com a cara de drama e demais!), SilVio guindane( conheco desde Como nascem os anjos, ta otimo!)

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  11. A Samantha está representando bem a categoria "periguete funkeira". A maioria é só fachada, mesmo, no quesito gostosura. Ou melhor, elas "se acham" sem realmente serem. A escolha foi excelente. Samantha é tão boa que já estão confundindo personagem com intérprete. Ela não se acha a gostosa, a personagem é que pede isso...

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  12. O programa e excelente. Adoro a Cacau e o Marcus.

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  13. E o programa é um verdadeiro sucesso... Concordo q aquela menina de biquini o tempo todo é desnecessário, e ela falar outra língua também atrapalha. Mas fora isso... Amoo Marcos Majella, ele está fazendo um papel incrível (amooor amooor). E a Samantha é sim uma das mais engraçadas, ela é bonita, não é gostosa, mas não sei se vc percebeu, mas desde quando periguete precisa ser gostosa? A escolha do elenco foi ótima, até a Fiorella, pena q sacanearam o personagem dela.

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  14. Gosto do programa, mas estou achando muito chato a constante citação relacionada a macumba. Até o galo tem nome esquisito: Satanás. Acredito que não precisam citar questões que envolvam assuntos que eles desconhecem, principalmente, sendo questões ligadas à religiões.

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  15. gosto do programa, mas não entendo a participação de Fiorella. Não é boa atriz, é completamente inexpressiva, tem um sotaque mto carregado carioca, uma apelo sexual somente, enfim.. dispensavel

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  16. Ao contrário do 220V que é um programa autêntico e inteligente, essa série é um fiasco na minha opinião: Só se fala em macumba, palavrões exagerados e apologia ao homossexualismo ( é muito gay e lésbica para um série só)... Eles não mudam o repertório! Desnecessário também a Fiorella andar o tempo todo de biquíni e junta com a personagem "Terezinha" passarem a série toda se esfregando em todos os homens que aparecem...

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  17. Mais um programa sem graça e preconceituoso.

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  18. E gente a série é tao ruim que vai virar filme kk. E eu coubesse na primeira fileira , pq eu amoo cai que cola . Haha 😘😘

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  19. Eu gosto do vai que cola, não sei oque é o Méier mas eu também não achei muito conveniente colocar defeito, eles poderiam inventar um nome qualquer para não deixar quem mora no Méier meio assim...
    Mas do programa gosto de mais do Paulo Gustavo, da Cacau, Caruso e do Ferdinando.
    Só odeio ve-lo dançando mas fora isso o programa é nota 10.

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